Capítulo 12 - Too good to ignore

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Ano: 1862

Astrid estava em seu quarto, já fazia algumas horas que havia voltado para casa e até o momento, a única coisa que fazia era chorar. Não queria ir embora de Berk. Não podia. Não quando o Steven estava quase voltando e iriam se casar.

A porta do seu quarto foi aberta de repente, fazendo-a se assustar.

Sou eu – Melinda entrou no quarto.

E os meus pais? – Astrid perguntou receosa.

Eles não vão te machucar, estão se alimentando agora.

O que vai acontecer com eles?

Com o tempo eles vão aprender a se controlar.

Por que você os transformou?

Precisamos da maior força possível ao nosso lado. Eu e o Bily sempre fomos muito sozinhos, isso acaba nos deixando em desvantagem diante dos outros grupos de vampiros. Por isso vamos embora.

Eu não posso ir.

Não é questão de poder ou não, logo terão mais vampiros à sua procura. Quer ficar aqui e correr risco de vida?

Sim – Astrid disse firme.

Por que?

Eu vou me casar.

Com o pai do seu filho? – Melinda apontou para a barriga da loira que assentiu – Uma moça grávida sem estar casada é uma vergonha para a sociedade, mas acredite em mim, essas regras sociais são o que menos importa quando se trata de seres místicos. Você deveria agradecer pelo o Bily tentar proteger esse bebê, os outros não são como ele, acha mesmo que algum outro vampiro vai te poupar? – perguntou irritada.

Me deixe pelo menos entrar em contato com ele e explicar – Astrid a olhou suplicante.

Não podemos correr esse risco, nós vamos embora amanhã, então pare de chorar e faça as malas – Melinda disse autoritária e saiu do quarto.

Assim que Astrid se viu sozinha, correu para o guarda- roupas, pegou alguns lençóis e começou a amarrar um ao outro. Não iria embora de Berk com aqueles vampiros, sabia que se fosse, corria o risco de nunca mais ver Steven e isso ela não ia aguentar.

Depois de amarrar a quantidade de lençóis que julgava ser o suficiente, Astrid os escondeu embaixo da cama. Trocou de roupa, colocando um vestido mais leve, pegou uma vela e saiu do quarto. Andou cautelosa pelos corredores, não queria que o episódio de mais cedo se repetisse.

Ouviu um barulho estranho vindo do porão e desceu as escadas que levavam ao local. Ao chegar em frente a porta levou sua mão até a maçaneta e devagar a girou.

Astrid ergueu a vela em suas mãos, tentando ver o interior do porão, foi quando viu seus pais acorrentados e se alimentando de alguém. Quis gritar, mas se controlou, não queria chamar a atenção deles.

Sentiu alguém segurar seu braço com força e foi puxada para fora do galpão. Quando percebeu, já estava na sala no andar de cima.

O que você estava fazendo? – Melinda perguntou irritada.

Eu só queria ver com meus próprios olhos que eles estão bem – Astrid abaixou o olhar temerosa.

Melinda respirou fundo, se acalmando e soltou o braço de Astrid que massageou o local dolorido em seguida.

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