Blood Choice

Capítulo 23 - A message

Ano 1862:

Astrid estava sentada nos degraus da cabana, ela encarava o local onde tinha enterrado os corpos de Bily e Melinda.

Levou suas mãos ao medalhão em seu pescoço e fechou os olhos com força, desejando que ao abri-los tudo não tivesse passado de um pesadelo.

Sentiu um movimento em sua barriga e levou a mão até o local.

– Oi meu bebê, me desculpe – os olhos dela se encheram, de lágrimas – eu sinto muito por tudo, sinto muito pelo fato de sua mãe ser um monstro, você não merecia isso. Eu espero que você não se pareça comigo e sim com seu pai.

O choro de Astrid aumentou ao se lembrar de Steven, ela sentia tanta falta dele.

– Ele já deve ter voltado, ele deve ter me procurado e agora deve estar pensando que eu o deixei – alguns soluços escaparam da garganta dela – mas é melhor ele pensar isso, do que saber a verdade.

– Astrid.

A loira ergueu a cabeça, vendo sua mãe se aproximar.

– Pare de chorar pelos vampiros mortos – Olívia disse autoritária e no mesmo momento, Astrid parou de chorar – quero que vá a um lugar para mim.

– Que lugar? – Astrid perguntou confusa.

– Na nossa casa.

– O quê? – Astrid se levantou.

– Precisamos de roupas, as nossas estão todas sujas de sangue.

– É melhor eu ir à noite, agora com a claridade do dia, alguém pode me ver.

– Não me importo, vá logo e aproveite e morda alguém, eu e o seu pai estamos com sede, mas não queremos caçar, então nos alimentaremos de você.

– Sim, mamãe – Astrid abaixou o olhar.

– E não demore.

Astrid assentiu e entrou na floresta.

Em poucos minutos chegou em frente à sua casa. Encarou o local por um tempo, antes de decidir entrar. Se sentia estranha de estar ali mais uma vez.

Ela respirou fundo e entrou na casa. Estava do mesmo jeito que haviam deixado com a diferença de que agora estava suja.

Astrid decidiu pegar logo as roupas, estava indo em direção ao quarto dos seus pais, quando ouviu um barulho vindo do seu quarto.

Cheirou o ar, sentindo o cheiro de uma pessoa. Rapidamente correu até o cômodo e abriu a porta, se deparando com um homem no local.

– Steven? – ele estava de costas, mas ela o reconheceu imediatamente.

Steven se virou em direção a loira, surpreso.

– Astrid? – Steven abriu um sorriso largo e fez menção de se aproximar da loira.

– Não – ela ergueu a mão, sinalizando para que ele parasse – não se aproxime.

– O que houve? Você está bem? Onde você estava?

– Eu precisei ir embora, sinto muito.

– Você está tão linda – ele a olhou de forma carinhosa e deu um passo em direção a ela, mas Astrid recusou alguns passos, o deixando confuso – Astrid..