Capítulo 38 - Special drink

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Ano 1862:

Astrid estava sentada no sofá na sala da casa de seus sogros, ela encarava suas mãos sujas de sangue enquanto chorava. Ela estava com seus braços esticados em cima das pernas e seus pais estavam inclinados sobre eles, bebendo seu sangue.

Ela ergueu a cabeça para frente e ao ver os corpos de seus sogros no chão, seu choro aumentou, ainda não acreditava que tinha matado eles.

Quando estava quase perdendo a consciência devido a fraqueza, seus pais se afastaram e se levantaram.

Como eu sempre digo, o seu sangue é o melhor, Astrid. – Harald falou e em seguida passou a mão na boca, limpando o sangue.

Agora se livre dos corpos e vamos. – Olívia disse séria. – Vamos te esperar em casa.

Os dois foram em direção a porta, mas pararam ao ouvir um choro de bebê.

O que é isso? – Olívia franziu o cenho.

Nada. – A voz da Astrid saiu fraca.

Tem um bebê aqui? – Harald cheirou o ar.

Olívia e Harald se entreolharam por alguns segundos e foram em direção ao choro.

Não. Fiquem longe dela. – Astrid pediu, mas seus pais já tinham saído.

Mesmo com dificuldade, Astrid se levantou e foi até o quarto da filha. Olívia e Harald estavam em frente ao berço, observando Camicazi, que por sua vez, chorava cada vez mais.

Astrid. – Harald se virou em direção a filha ao notar sua presença. – Que bebê é esse?

Vão embora. – Astrid se aproximou deles. – Podem ir para casa, eu vou me livrar dos corpos.

Essa bebê, é seu? – Olívia perguntou.

Astrid não respondeu, apenas fitou o chão.

Responda. – Olívia disse autoritária.

Sim, é minha filha.

Você mentiu para nós, disse que tinha perdido o bebê. – Harald falou irritado.

Por favor, vão embora. – Astrid começou a chorar.

Não podemos simplesmente deixar o bebê aqui, Astrid. – Olívia disse simplista. – Pelo que vemos, esse bebê é sua fraqueza.

Não, ela não é.

É sim, você pode não perceber, mas uma filha só vai te trazer problemas e decepções, acredite em mim.

A senhora nunca me quis? Nem por um momento?

Não, nunca. – Olívia disse séria. – Você nunca foi útil para nada, a não ser é claro, para nos alimentar agora que viramos vampiros.

Será que o sangue dela é tão bom quanto o seu? – Harald perguntou voltando a olhar para a bebê.

O quê? – Astrid o olhou cética. – Do que está falando?

Deve ser, ela se parece com você e o sabor do sangue deve ser ainda melhor, já que ela é humana. – Ele sorriu.

Vocês não podem tocar nela. Ela é apenas uma bebê. – O choro de Astrid aumentou.

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