Ano 1862:
Astrid estava sentada numa cadeira bordando um lenço para o seu bebê, ao seu lado estava sua sogra, cortando um tecido.
– Está ficando muito bom – Gertrudes comentou, observando o bordado – mas já pensou se não for uma menina?
– O Steven acha que é e eu tenho pensado muito nisso também.
– Vai ser a menina mais linda de Berk – Gertrudes sorriu.
– E a mais amada também – Astrid parou o bordado e acariciou a barriga.
– Ai – Gertrudes exclamou ao fazer um corte em seu dedo com a tesoura.
– A senhora se machucou? – Astrid perguntou fitando o sangue.
– Foi só um corte.
– Eu preciso sair daqui – Astrid se levantou apressada, derrubando o lenço e a agulha no processo.
– Algum problema, querida? – Gertrudes perguntou preocupada.
– Não, eu só preciso de um pouco de ar – Astrid forçou um sorriso.
– Eu a acompanho.
– Não – Astrid gritou – não precisa.
Ela prendeu a respiração, tentando não sentir o cheiro do sangue.
– Você não está bem, é melhor se sentar – Gertrudes se aproximou de Astrid e segurou nos ombros dela, na tentativa de ajudá-la a se sentar.
Astrid segurou com força os braços de Gertrudes e a encarou.
– Se afaste.
– Seus olhos, estão vermelhos – Gertrudes a olhou surpresa.
– Eu.. eu.. eu preciso ir.
Astrid empurrou Gertrudes para longe e se virou na intenção de sair da casa, mas ao dar o primeiro passo, sentiu uma dor forte em sua barriga e um líquido escorrer entre suas pernas.
– Não, não, não – disse desesperada – o que está acontecendo?
– O bebê vai nascer – Gertrudes comentou.
– Agora? – Astrid arregalou os olhos – Mas ainda não está na hora.
– Pelo jeito ele decidiu vir antes, venha – Gertrudes caminhou até a nora e a segurou pelos ombros – vou te levar para o quarto.
Astrid assentiu e seguiu a mulher até o quarto, já não sentia o cheiro do sangue, sentia apenas uma dor profunda no pé da barriga.
Gertrudes colocou Astrid deitada na cama e se afastou, começando a pegar alguns lençóis dentro dos armários.
– O que eu faço? – Astrid a encarou aflita.
– Respira, vou pegar água morna.
– Vai me deixar aqui sozinha?
– Não se preocupe, volto logo – Gertrudes abriu um leve sorriso e saiu do quarto.
Astrid tentou respirar, mas estava cada vez mais difícil e a dor só aumentava.
Depois de alguns minutos, Gertrudes voltou para o quarto, a mulher colocou uma bacia com água morna em uma cadeira ao lado da cama e se posicionou em frente a Astrid.
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Blood Choice
FanfictionVampiros, lobos, bruxas e caçadores, talvez você já tenha ouvido sobre as lendas. Dizem que essas criaturas já existiram, criaturas sobrenaturais e criadas para o mal. Criaturas que matam, que caçam, que trazem dor e sofrimento. Você já deve ter ouv...