Capítulo 36 - A tasteless lie

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Ano 1862:

Astrid estava no escritório em frente aos seus pais. Não conseguia entender, mas sentia uma felicidade enorme em vê-los de volta.

Ela fez menção de abraçá-los, mas apenas com um gesto, sua mãe a parou.

Pensei que não iriam voltar mais. – Ela comentou.

E não iríamos, mas a vida fora de Berk pode ser bastante difícil. – Olívia suspirou.

Aconteceu algo? – Astrid perguntou preocupada.

Aconteceu sim. Descobrimos que existe algo chamado regra de território. – Harald falou.

Regra de território? – Astrid franziu o cenho. – O que é isso?

O primeiro vampiro a chegar em um lugar se torna o dono desse território e qualquer outro vampiro precisa de autorização desse dono para ficar.

Acontece que os vampiros que são donos de territórios não são muito hospitaleiros. – Olívia bufou irritada.

Vocês conheceram outros vampiros?

Sim e a maioria são prepotentes e egocêntricos.

Achamos que a nossa vida ficaria mais fácil fora de Berk, mas foi o contrário. Além desses outros vampiros, ainda tínhamos que caçar, era tão cansativo. – Harald falou de forma dramática enquanto se sentava em uma poltrona. – Sem falar na caça aos vampiros.

Caça aos vampiros? – Astrid arregalou os olhos. – Estão nos caçando?

Em alguns lugares, devido aos muitos ataques, os humanos começaram a desconfiar da existência de vampiros e iniciaram uma caça. Então decidimos voltar. Nos diga Astrid, apareceu algum vampiro aqui em Berk?

Não, apenas eu.

Ótimo. – Olívia sorriu. – Somos os primeiros vampiros aqui, significa que Berk é nosso território, se algum outro vampiro quiser ficar, vai precisar da nossa autorização.

E como somos os únicos vampiros, significa que temos muita comida. – Harald passou a língua nos lábios. – Todos os berkianos à nossa disposição.

Vocês querem se alimentar de todos os berkianos? – Astrid perguntou cética. – Isso é errado.

Somos superiores, Astrid, errado seria não nos aproveitarmos disso. – Olívia deu de ombros.

Estamos falando de pessoas. Há pouco tempo éramos como eles. Vocês não podem matá-los.

Mas não será nós quem os mataremos. – Olívia disse simplista. – Será você.

Não, por favor, não me obriguem a matar de novo. – Astrid choramingou.

Precisamos nos alimentar, Astrid, então pare de reclamar e vá logo atrás de sangue. – Harald falou autoritário.

Agora? – Astrid o encarou.

Sim. Só volte quando estiver totalmente cheia, assim teremos muito sangue seu para bebermos.

Astrid assentiu e foi em direção a porta.

Astrid. – Olívia a chamou antes dela sair do escritório. – O que aconteceu com o seu bebê?

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