Ano 1862:
– Astrid, não! – Steven correu até ela. – Você não pode fazer isso.
– Eu preciso.
– Não, você prometeu que não iria mais machucar ninguém.
– Eu sei, mas é a única forma, ele sabe que tem algo estranho comigo e com a Cami. – Astrid o olhou suplicante. – Eu não posso ficar parada sem fazer nada.
– Eu entendo a sua preocupação, mas vamos pensar em algo, você não precisa matá-lo.
– Matá-lo? – Astrid franziu o cenho. – Mas eu não pretendo matá-lo.
– Não? – Steven a olhou confuso.
– Claro que não, eu vou apenas mordê-lo, assim consigo controlá-lo e obrigá-lo a esquecer o que viu.
– Você consegue fazer isso?
– Sim. Você pensou que eu ia matá-lo?
– Sinto muito, mas foi o que pareceu.
– Não precisa se desculpar, eu entendo. – Astrid se aproximou dele e segurou suas duas mãos. – Steven, eu prometo, eu nunca mais vou matar ninguém.
– Sem querer interromper esse momento, mas já interrompendo. Do que estão falando? – O médico intercalou o olhar entre os dois.
– A única coisa que o senhor precisa saber, é que vai doer um pouco.
– O que vai doer? – O médico franziu o cenho.
– Isso. – Astrid abriu a boca, mostrando suas presas e mordeu o médico.
Após algum tempo ela se afastou e o olhou nos olhos.
– O senhor vai fazer tudo o que eu falar, certo? – as pupilas dela se contraíram e sua voz ficou mais melodiosa. O médico assentiu. – O senhor não viu nada estranho naquele dia, na casa do Steven, o senhor ajudou no parto que foi igual aos outros. Minha recuperação foi normal e não aconteceu nada que cause indagações ou curiosidades. Entendeu?
– Sim, foi tudo normal.
– Ótimo, o senhor não quer mais falar comigo e não quer examinar a minha filha.
– Não quero.
– Assim que eu e o Steven sairmos daqui, o senhor vai se esquecer que nos viu hoje.
– Vou esquecer.
– Agora volte ao que estava fazendo.
– O médico abaixou a cabeça e começou a ler alguns papéis.
– Isso foi muito estranho. – Steven comentou cético.
– Eu sei, mas deu certo, é o que importa. – Ela sorriu. – Vamos?
Steven assentiu e saiu do consultório com Astrid.
– Está tudo bem? – Astrid perguntou enquanto os dois caminhavam.
– Sim.
– Não parece.
– Bem, é que nunca pensei em vê-la mordendo alguém.
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Blood Choice
FanfictionVampiros, lobos, bruxas e caçadores, talvez você já tenha ouvido sobre as lendas. Dizem que essas criaturas já existiram, criaturas sobrenaturais e criadas para o mal. Criaturas que matam, que caçam, que trazem dor e sofrimento. Você já deve ter ouv...