Astrid estava terminando de beber o sangue de um animal, quando ouviu alguém se aproximar de si, sorrateiramente. Ela percebeu quando a pessoa ia atacá-la e se virou de repente, o segurando pelo pescoço.
– Sou eu – Bily disse com dificuldade – me solta.
– Você me assustou – Astrid o soltou – desculpa.
– Tudo bem – Bily massageou o pescoço dolorido – devo me lembrar de nunca assustar um vampiro que está se alimentando.
– Não mesmo – ela sorriu – onde está a Melinda?
– Resolvendo umas coisas.
– Com meus pais? – ela arqueou a sobrancelha.
– Por enquanto eles estão sob controle, a Melinda os convenceu a ajudá-la em algo.
– Ajudar em que? – perguntou curiosa.
– Surpresa – Bily apertou as bochechas dela.
– É para meu aniversário? – ela sorriu com expectativa.
– Não.
– Eu sei que é.
– Se sabe, por que pergunta? – ele revirou os olhos – Quantos anos?
– Dezoito, quer dizer, eu estaria fazendo dezoito, mas agora que morri, não envelheço mais – Astrid suspirou.
– Sinto muito, não era para nada disso acontecer com você – Bily segurou a mão dela.
– Ah, com certeza não, era só para eu continuar sendo humana e ser entregue para um vampiro psicopata que quer me usar para algum ritual maluco – disse brincalhona.
– Acho que o final ia ser ruim de qualquer jeito.
– Eu vou ficar para sempre com dezessete anos e com essa aparência? – apontou para seu próprio corpo.
– Sim, mas olhe pelo lado bom.
– Qual o lado bom disso? – ela o encarou.
– Você é muito bonita para uma menina de dezessete anos, imagine se você fosse aquelas meninas magricelas e feinhas – disse em tom brincalhão.
– Eu não sou tão bonita – ela resmungou.
– É sim, e acredite em mim, se você fosse mais velha, com certeza teríamos algo.
– E se eu quisesse, coisa que não iria acontecer – Astrid sorriu largo.
– Você não era petulante assim quando era humana.
– Eu também não era uma assassina – Astrid olhou para o chão.
– Não foi sua culpa e as coisas vão melhorar – Bily levou as mãos ao pescoço e retirou de si um medalhão – quero que fique com isso – ele entregou para ela.
– O que é isso? – Astrid perguntou enquanto observava o medalhão.
Ele era redondo e todo em prata com exceção das figuras que eram em preto, no centro do medalhão havia um círculo e dele saíam retas, em cada reta havia três traços na ortogonal e nas pontas havia um símbolo meia lua.
– É um Ægishjálmur.
– O quê? – ela o olhou confusa.
– Também é chamado de Elmo do Terror, é um símbolo nórdico de proteção, esse medalhão é mágico, ele me protegeu desde que me transformei.
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Blood Choice
FanfictionVampiros, lobos, bruxas e caçadores, talvez você já tenha ouvido sobre as lendas. Dizem que essas criaturas já existiram, criaturas sobrenaturais e criadas para o mal. Criaturas que matam, que caçam, que trazem dor e sofrimento. Você já deve ter ouv...