Capítulo 21 - Threats

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Astrid estava terminando de beber o sangue de um animal, quando ouviu alguém se aproximar de si, sorrateiramente. Ela percebeu quando a pessoa ia atacá-la e se virou de repente, o segurando pelo pescoço.

Sou eu – Bily disse com dificuldade – me solta.

Você me assustou – Astrid o soltou – desculpa.

Tudo bem – Bily massageou o pescoço dolorido – devo me lembrar de nunca assustar um vampiro que está se alimentando.

Não mesmo – ela sorriu – onde está a Melinda?

Resolvendo umas coisas.

Com meus pais? – ela arqueou a sobrancelha.

Por enquanto eles estão sob controle, a Melinda os convenceu a ajudá-la em algo.

Ajudar em que? – perguntou curiosa.

Surpresa – Bily apertou as bochechas dela.

É para meu aniversário? – ela sorriu com expectativa.

Não.

Eu sei que é.

Se sabe, por que pergunta? – ele revirou os olhos – Quantos anos?

Dezoito, quer dizer, eu estaria fazendo dezoito, mas agora que morri, não envelheço mais – Astrid suspirou.

Sinto muito, não era para nada disso acontecer com você – Bily segurou a mão dela.

Ah, com certeza não, era só para eu continuar sendo humana e ser entregue para um vampiro psicopata que quer me usar para algum ritual maluco – disse brincalhona.

Acho que o final ia ser ruim de qualquer jeito.

Eu vou ficar para sempre com dezessete anos e com essa aparência? – apontou para seu próprio corpo.

Sim, mas olhe pelo lado bom.

Qual o lado bom disso? – ela o encarou.

Você é muito bonita para uma menina de dezessete anos, imagine se você fosse aquelas meninas magricelas e feinhas – disse em tom brincalhão.

Eu não sou tão bonita – ela resmungou.

É sim, e acredite em mim, se você fosse mais velha, com certeza teríamos algo.

E se eu quisesse, coisa que não iria acontecer – Astrid sorriu largo.

Você não era petulante assim quando era humana.

Eu também não era uma assassina – Astrid olhou para o chão.

Não foi sua culpa e as coisas vão melhorar – Bily levou as mãos ao pescoço e retirou de si um medalhão – quero que fique com isso – ele entregou para ela.

O que é isso? – Astrid perguntou enquanto observava o medalhão.

Ele era redondo e todo em prata com exceção das figuras que eram em preto, no centro do medalhão havia um círculo e dele saíam retas, em cada reta havia três traços na ortogonal e nas pontas havia um símbolo meia lua.

É um Ægishjálmur.

O quê? – ela o olhou confusa.

Também é chamado de Elmo do Terror, é um símbolo nórdico de proteção, esse medalhão é mágico, ele me protegeu desde que me transformei.

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