Capítulo 42 - You are not the only one

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Ano 1862:

Astrid andava de um lado para o outro com Camicazi em seu colo, enquanto esperava Magda acordar.

– Ainda não consigo acreditar nisso. – Claire comentou. – Ela é mesmo sua filha?

– Sim. – Astrid disse séria.

– Você engravidou quando ainda era humana, mas ela nasceu depois que você se tornou vampira?

– Sim.

– Ela sobreviveu à transformação?

– Sim.

– Isso é algo incrível, nunca ouvi falar de nada assim. – Claire sorriu. – Uma bebê humana, filha de uma vampira.

– Sim.

– Você só vai me responder com sim?

– Ela já não devia ter acordado? – Astrid parou de caminhar e olhou para Magda.

– Tenha paciência, Astrid, em algumas pessoas demora mais do que outras. – Claire deu de ombros. – Devia estar mais preocupada com outra coisa.

– Que coisa? – Astrid perguntou confusa.

– Com o fato de que ela vai acordar com muita sede, e sabe qual vai ser a primeira coisa que ela vai querer? Sangue e quem é que tem sangue humano aqui? – Claire arqueou a sobrancelha.

– Ela não vai tocar na Camicazi. – Astrid disse séria.

– Você deve se lembrar do início da sua transformação, a sede que você sentia, não é algo que dá para controlar.

– Eu não posso ficar longe da Cami, mas também não posso ficar longe da Magda, por algum motivo, sinto que preciso cuidar dela.

– É a ligação, você a transformou, acostume-se com isso. – Claire sorriu.

– Ela está acordando. – Astrid comentou ao ver Magda começar a se mexer.

– É melhor levar a mini humana daqui.

Astrid assentiu e levou Camicazi para o quarto, depois voltou para o quarto onde estava Magda.

Estranhou ao perceber que Claire tinha sumido, mas não teve tempo para pensar nisso, já que Magda abriu os olhos e se sentou.

– Astrid?

– Oi, Magda. – Astrid abriu um leve sorriso e se aproximou dela.

– O que aconteceu? – Magda perguntou confusa. – Tinha um homem estranho, ele queria a Camicazi, falou alguma coisa sobre você ser uma...

– Vampira? – Astrid a interrompeu. – É verdade, e agora você também é.

– Eu sou uma vampira? – Magda levou as mãos até seu pescoço. – O que está acontecendo comigo, a minha garganta está queimando.

– Você está com sede, você precisa de sangue.

– Sangue? – Magda cheirou o ar. – Eu posso sentir, sangue.

Magda foi em direção a porta, mas Astrid a interceptou.

– Não. Sei que está com sede, mas se acalma. A única com sangue humano aqui é a Cami e eu não vou deixar você machucá-la.

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