Capítulo 37 - A farewell

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Ano 1862:

Astrid estava em seu quarto, deitada em sua cama. Ela virava de uma lado ao outro, na tentativa de se acalmar, mas não conseguia. Ela se sentou e olhou para o relógio em cima do criado mudo, era por volta das 02h da manhã.

Fechou os olhos com força, tentando não pensar no cheiro e no gosto de sangue. Sem perceber, começou a mexer as mãos compulsivamente. Abriu os olhos e se levantou começando a andar de um lado para o outro. Sentiu sua boca seca e sua garganta doer, precisava de sangue.

Foi até a janela, na intenção de sair, mas se sentiu fraca e precisou se apoiar na parede para não cair. Estava com sede, mas não conseguia sair, precisaria descansar mais.

Voltou a se deitar na cama e fechou os olhos, tentando dormir, mas não conseguiu.

A sede aumentava cada vez mais.

Voltou a se sentar, estava inquieta.

Olhou para seus braços vendo as marcas de mordida dos pais. Ergueu o braço até a boca e mordeu sentindo o seu próprio sangue.

Seus pais tinham razão, o gosto era muito bom.

Astrid.

Ouviu o grito da sua mãe e se levantou. Passou a mão na boca, a limpando e saiu do quarto. Encontrou os pais na sala.

Bom dia, mamãe e papai.

Está na hora, precisa sair e beber mais sangue.

Vocês beberam muito ontem, vamos esperar um pouco para continuar.

Não. – Harald falou sério.

As pessoas estão começando a desconfiar de tantos desaparecimentos e cada dia eu preciso me alimentar mais, porque cada dia eu preciso de mais sangue para ficar satisfeita, minha sede está aumentando, se continuarmos nesse ritmo, vou matar toda Berk antes do final do mês.

Se toda Berk morrer, vamos para outra cidade. Então não se preocupe com isso e faça a sua parte. – Olívia disse autoritária.

Sim, mamãe.

Astrid soltou um longo suspiro e saiu da casa.

Passou o dia todo se alimentando. O fato de beber sangue todos os dias e ter seu sangue sugado até quase a última gota, estava fazendo-a ficar cada vez com mais sede, uma sede que quanto mais bebia, mais ela aumentava.

Quando escureceu, Astrid foi para a casa dos seus sogros. Todo dia era assim. Passava o dia se alimentando e à noite, antes de voltar para casa, ia ver sua filha.

Assim como de costume, Astrid escalou a parede e entrou pela janela no quarto da filha. Se aproximou do berço e observou a pequena bebê que dormia.

Você está crescendo muito rápido, meu amor. – Astrid suspirou. – Logo você vai estar correndo por aí.

Astrid tocou de leve o rosto de Camicazi.

Não se preocupe, eu vou dar um jeito, eu quero que você cresça aqui. Vou impedir que eles me obriguem a destruir Berk, prometo.

Astrid ouviu um barulho vindo da sala e se virou para ir embora, mas parou aguçando seus sentidos. Tinha alguma coisa errada.

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