18.

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DORMI na casa de Johny na última noite depois que ele me avisou que tinha expulsado John Kreese, eu fiquei tão orgulhosa dele que acabei ficando pela casa dele mesmo. Eu acordei mais cedo e fui para padaria, quando cheguei em casa, Johny já estava acordado e bebia cerveja.

- Pai! - repreendo, pegando a bebida da mão dele e colocando café no lugar.

- Sonhei com Carmen. - ele admite.

Franzo o cenho, colocando a sacola de pão em cima da bancada.

- A mãe de Miguel? Uau, pai. Não sabia que você tinha uma quedinha por ela.

Johny me olha feio, pegando um pão novinho e dando uma mordida.

- Sabe, eu me alimento bem melhor quando você está aqui. - ele confessa.

- Claro, você é um adulto vivendo como adolescente.

- Me respeita, pestinha.

- Eu não sou uma pestinha. - retruco - Nunca fui.

- 'Tá brincando? Quando você ficava comigo quando era pequena, destruía a casa toda.

Hesito, me sentando no sofá e comendo um pouco do cereal que já tinha na casa de Johny.

- Isso é porque eu queria sua atenção. - confesso - Eu sabia que estava bagunçando e sabia que era errado.

Johny afirma, sem saber o que dizer ao certo, e termina de mastigar o pão.
Ele se levanta, vindo até mim, e se senta ao meu lado. Johny fica quieto por um momento.

- Eu sei que nunca fui um pai perfeito. - ele diz - E que te deixei na mão várias vezes, e sinto muito por isso, se eu pudesse mudar o passado, eu mudaria.

- Eu sei, pai, eu sei. - murmuro, então respiro fundo e balanço a cabeça - Vamos mudar de assunto. O que vai fazer agora?

- Vou ir tocar na Carmen e chamá-la para sair. - ele diz.

- Boa, pai. Atacando primeiro. - damos um toquinho.

- E você? - ele pergunta.

- Depois do treino? Não sei. Acho que vou no shopping com Moon e uns amigos dela.

Terminamos de tomar café e eu vou me arrumar para ir ao Cobra Kai. Eu iria na frente já que Johny ainda iria passar na casa de Carmen e a chamaria para um encontro.

Ao chegar no dojô, vejo Tory se alongando junto de Miguel e me aproximo deles, pegando um pedaço da conversa e percebendo que eles estavam marcando um encontro. Falcão entra no dojô e Miguel se retira para ir falar com ele. Aproveito o momento sozinha com Tory para fofocar.

- Então, você e Miguel. - eu digo.

Tory revira os olhos, mas vejo um sorrisinho.

- É, a gente vai sair.

- Finalmente, depois de se beijarem umas trinta vezes. - digo.

- Não foram umas trinta vezes, exagerada. - ele me empurra, dando uma olhada em Falcão e Miguel - E você e o Falcão?

- Não existe mais eu e Falcão, Tory. - estico minhas costas, encostando minha mão no meu pé - Nós terminamos, fim da história.

Tory balança a cabeça.

- Você sabe que ainda vai voltar com ele, certo?

- Quando ele deixar de ser um babaca, eu sei. - respiro fundo - Eu sei.

Johny sai do escritório dele. Graças a Deus, Kreese não o está acompanhando.

- Em formação. - ele diz.

DUMB BLONDE [Falcão - Eli]Onde histórias criam vida. Descubra agora