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ENQUANTO os senseis conversavam do lado de fora do dojô, nós estávamos todos reunidos na porta para vermos e escutarmos o que estava rolando.

- Daniel LaRusso. - o esquisito de rabo disse - É bom vê-lo de novo.

- Até parece! Que papo furado!

- Entendo. Se eu fosse você, também reagiria assim. Meu comportamento no passado foi... imperdoável. Se eu pudesse voltar e desfazer tudo, eu faria. Agora tudo que posso dizer é que sinto muito. Garanto a você que não sou mais aquele homem.

Pela cara de Daniel ele não pareceu engolir aquele discurso.

- Não sei de que hospício você saiu ou qual joguinho vocês pretendem fazer, mas se não saírem da minha propriedade agora, juro que...

- Seu pai 'tá puto. - digo à Sam - Quem é aquele cara?

- Sei lá.

- Ele parece um highlander. - diz Bert.

- O highlander. Só pode haver um. - corrige Nate.

- Certo. - continua o do rabo - Bom, eu tentei. Manteremos nossos alunos longe das brigas até o torneio, se isso vale de algo. Claro, espero que você faça o mesmo.

- Lembrem-se do nosso acordo. - Kreese entra no meio e só de escutar a voz daquele homem sinto meu sangue ferver - Se o Cobra Kai vencer o Regional, vocês param de ensinar para sempre.

- Isso não vai acontecer. Vocês vão perder, agora deem o fora.

Os senseis do Cobra Kai se afastaram do Miyagi-Do e nós saímos de dentro do dojô.

- Vocês estão liberados por hoje.

Me aproximo de Johny.

- Ei. Semana que vem devo ir pra sua casa.

Johny afirmou.

- Ok, agora vaza.

Corro para acompanhar os meninos e seguro o braço de Eli, hoje eu estaria tomando uma atitude.

- Podemos conversar? - peço.

Eli afirma.
Entramos dentro do meu carro e eu dirijo para longe do dojô, sem querer público para essa conversa, então estaciono num estacionamento do McDonald's perto de casa, fazendo Eli sorrir.

- Como sempre acabamos aqui? - ele pergunta.

- Eli eu quero voltar. - admito em voz alta.

Eli para por um segundo, travado, então ele abre um sorriso, esconde a cabeça entre as mãos e depois a joga para trás, encostando no banco do carro. Ele inclina a cabeça e me olha, posso ver suas bochechas levemente rosadas.

- Eu te amo. - ele diz.

Perco minha respiração por um momento.

- O que? Você... Você me ama?

O sorriso de Eli aumenta.

- Eu te amo.

Abro um sorriso e pulo no pescoço do garoto.

- Oh, Eli, eu também te amo!

O garoto passa a mão pelas minhas costas e me aperta contra si, beijando meu pescoço.

- Vamos voltar. - ele sugere.

- Vamos voltar. - eu concordo.

* * *

NO outro dia na escola eu estava radiante enquanto andava de mãos dadas com Eli ao lado de Demetri, que lia informações na internet sobre Silver.

- O veterano virou empresário, teve alguns altos e baixos, mas ainda é muito rico. - conta Demetri - Não há muita sujeira, exceto pelo escândalo de lixo tóxico em Bornéu nos anos 80.

DUMB BLONDE [Falcão - Eli]Onde histórias criam vida. Descubra agora