Trinta (+18)

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Não muito tempo depois, Rodolffo entrou no quarto, me mantive de costas para ele, sentada no sofá, fingindo ver algo em meu celular. Sabia que se olhasse para seus olhos castanhos, eu me desarmaria inteira. E eu estava muito brava com ele.

- Não gostei de te ver conversando com aquele cara.

- Conversando? – perguntei incrédula. – Eu mal troquei duas palavras com ele, antes de você sair sabe-se lá de onde, igual um cão de guarda me agarrando pela cintura. Só faltou fazer xixi em mim pra marcar o território.

- Ju...

- Nem vem, eu odeio quando me trata como se eu fosse sua posse, você sabe que isso me incomoda.

- É tão errado eu querer que seja minha, só minha? – ele se aproximou de mim, sentando ao meu lado no sofá, e eu ainda tentava não manter o contato visual com ele.

- Rodolffo, eu sou sua namorada, sua noiva e sua futura esposa, mas não me trate como um item de coleção, eu não sou um objeto.

- Mas eu sou seu também, e eu não me importo com isso.

- É diferente, eu não paguei meio milhão de reais pra ter você.

- E mesmo assim você me tem. – ele afirmou, segurando meu queixo para que eu o encarasse. – Eu sei que foi estranho nosso começo, mas pare de pensar que eu comprei você, e comece a pensar que comprei a sua liberdade, é assim que eu vejo. Você nunca foi um objeto pra mim, sempre foi muito mais do que isso, e sinceramente achei que já tivéssemos superado essa fase.

- Também achei. – suspirei. – Você sabe que não precisa sentir ciúmes, não é?

- Mas sinto assim mesmo, e eu sei que eu deveria saber controlar melhor isso, mas é mais forte do que eu. Quando vi aquele cara chegando perto de você, eu já fiquei puto. Ainda ouvi o folgado elogiando seu cabelo, fiquei mais bravo ainda.

- Não fica com ciúmes, eu não quero mais ninguém além de você.

- Nem eu. – ele afirmou, me puxando pelas pernas e se encaixando entre elas.

- Sem inxirimento, ainda tô braba com tu, visse?

- O que eu posso fazer pra acabar com essa brabeza? – ele sorriu sacana, tirando o cabelo do meu pescoço e beijando a pele exposta.

- Nem vem, a gente perdeu um dia inteiro hoje. Era pra ser um passeio romântico e tu ficasse o dia inteirinho grudado naquele notebook.

- Me perdoa, deixa eu te recompensar?

- Como?

- Primeiro, eu vou pedir nosso almoço. – ele disse e eu fiz careta.

- Se não percebeu ainda, já está escuro lá fora. – debochei e ele deu um tapa de leve na minha bunda, que me fez gargalhar.

- Para de jogar na minha cara que sou um péssimo noivo, e que deixei minha noiva com fome o dia inteiro.

- A Lúcia ia brigar com você se soubesse. – disse divertida e ele me roubou um selinho.

- Ela iria me matar.

Ele se levantou, escolhendo nosso jantar no cardápio, antes de ligar e fazer o pedido. A noite estava linda, e a lua estava cheia no céu. Coloquei meu celular na mesa de centro, e comecei a me despir.

Rodolffo me olhava curioso, com um sorriso nos lábios, mas como ainda falava com o atendente, não esboçou mais nenhuma reação além dessa.

Sorri travessa enquanto caminhava até a varanda, e o ouvi agradecer, antes de desligar o telefone.

- Onde você pensa que vai assim? – ele perguntou, tirando a própria camisa e me seguindo até a varanda.

- Vou tomar um banho de piscina.

- O que eu vou fazer com você, Juliette? – ele sorriu, enquanto terminava de tirar as próprias roupas, e tirava uma embalagem prateada dos bolsos.

Ele me agarrou pela cintura, antes que eu tivesse a chance de entrar na piscina, e tomou meus lábios num beijo voraz.

- A gente não tem muito tempo antes da comida chegar. – ele avisou e eu sorri.

- Vamos ser rápidos então.

Voltamos a nos beijar de forma intensa, sentindo muita necessidade de sermos um do outro. Rodolffo me deitou na parte rasa da piscina, subindo por cima de mim, sem deixar de me beijar e me tocar em nenhum instante.

Nos separamos apenas o suficiente para que ele pudesse colocar o preservativo. Logo ele voltou para cima de mim, chupando meus seios, antes de me penetrar com vontade, se movimento de forma vigorosa dentro de mim.

Nem nos importávamos se algum dos outros hospedes pudesse nos ver ali, continuamos nos amando com fervor, gozando juntos com a lua como nossa testemunha.

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