Um momento de dificuldade, às vezes faz com que a gente tome atitudes precipitadas e estúpidas. Fui em busca de um sonho, uma oportunidade de ouro para me livrar das dívidas adquiridas pelos tratamentos da minha mãe, mas fui enganada. O conto de fad...
Na segunda de manhã, me senti um pouco envergonhada quando me encontrei com Lúcia na cozinha, ela provavelmente já havia visto os lençóis com manchas de sangue e já deveria estar pensando milhões de coisas.
- Bom dia, Ju. – ela desejou sorridente, quando me viu entrar na cozinha, e eu respondi ao seu cumprimento, também com um sorriso nos lábios. – Está com dor, querida? – arregalei os olhos e senti minhas bochechas arderem, não imaginei que ela faria esse tipo de pergunta. – Tudo bem, Ju. Eu já imaginava que você deveria ser virgem, quando vi que dormiam em quartos separados, não precisa ter vergonha disso.
- Ele me pediu em casamento, e ...
- Não precisa se justificar, casais apaixonados fazem essas coisas, não sou antiquada, apesar da minha idade. – ela disse, colocando um prato com panquecas na minha frente, juntamente com algumas frutas picadas e mel. – E você não respondeu a minha pergunta, sente dor, algum desconforto?
- Uma leve ardência, mas nada que incomode muito.
- Mesmo já tendo uma certa idade, ainda me lembro da minha primeira vez. Foi muito estranho e eu não consegui relaxar e muito menos gostar, precisei de bastante tempo antes de querer repetir. Mas pela sua carinha, vejo que com você não foi assim.
- Foi muito bom. – sorri tímida, colocando um pouco de mel em minhas panquecas e partindo um pedaço. – Não pensava que pudesse ser tão bom assim.
- Meu patrão não é muito romântico, mas parece gostar mesmo de você.
- Também gosto dele.
- Então ele te pediu em casamento, ein? – ela deu uma risadinha. – Não faz ideia de quanto tempo os pais dele tentam fazer com que se case, sempre o chamaram de rebelde. Ele tem sorte de ter encontrado você.
- Ele chegou no momento certo em minha vida, sou grata por tudo o que ele fez por mim.
- Tenho certeza que serão felizes.
Terminei meu café, e agradeci a Lúcia pela sua gentileza. Subi para o quarto e peguei os meus materiais, descendo em seguida para a faculdade.
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Rodolffo conseguiu a consulta com a ginecologista. Depois de fazer alguns exames e contar sobre o histórico médico de mainha, ela me receitou um anticoncepcional com baixa dosagem de hormônio, ela me certificou que seria tão eficaz quanto os outros, mas que ele ofereceria menos risco à minha saúde.
Minha menstruação ainda demoraria alguns dias, então Rodolffo e eu ainda precisaríamos do preservativo. De certa forma, era até bom que eu não menstruasse agora, queria aproveitar essa viagem romântica que faríamos.
Ele ainda se mantinha misterioso com o destino, só disse que eu precisaria de roupas leves e biquínis na mala.
Somente quando entramos no jatinho, na sexta-feira à tarde, que soube que iríamos para Florianópolis. Ainda precisamos pegar um helicóptero para chegarmos ao nosso destino final. E eu olhei embasbacada para o resort que ficaríamos, era um local idílico, rodeado de montanhas e muito verde.
- Pena que já é noite, aqui é muito mais bonito durante o dia. – Rodolffo disse, enquanto ainda sobrevoávamos a ilha.
Eu já achava lindo mesmo sendo noite, e fiquei ansiosa para ver tudo no dia seguinte.
Assim que o helicóptero pousou, seguimos juntos para o quarto que ficaríamos aqui. O lugar era lindo, e foi todo decorado com velas e haviam pétalas de rosas vermelhas jogadas no chão e em cima da cama. Na mesa, havia uma champanheira com gelo e champanhe, além de duas taças e uma bandeja com frutas.
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- Não sabia que era romântico. – comentei, enquanto eu olhava para todos os detalhes do lugar, inclusive as pétalas de rosas que estavam espalhadas pelo quarto.
- Não sou. – ele deu um riso fraco. – Mas você merece, então pedi para preparem o quarto assim. Gostou?
- Eu amei. – me aproximei dele e pulei em seu colo, entrelaçando minhas pernas em sua cintura e passando meus braços pelo seu pescoço. – Quer começar a fazer amor em qual lugar? – perguntei travessa, e ele deu uma risada escandalosa.
- Acho que eu criei um monstro. – ele respondeu e eu dei risada. – Vou preparar um banho de banheira pra nós dois, e aí depois a gente pode fazer amor em todos os cantos desse quarto.