Vendida

Quarenta e um

Estávamos cada vez mais grudados depois do nosso pequeno desentendimento, nem em meus sonhos imaginei que um dia iria gostar tanto assim de uma mulher. De querer ficar com ela a todo momento, e sentir dor física quando estamos longe.

Juliette veio para mudar tudo na minha vida, virar meu mundo inteiro de cabeça para baixo, com seu jeito imponente, sorriso doce, e alegria contagiante, ela mudou tudo em mim, me ensinou a amar e a ser amado.

Eu ficava admirado com a força que ela demonstrava, apesar de seus medos e traumas, ela nunca deixou que isso tirasse seu brilho. E eu me sentia um cara de sorte, por ter conquistado seu coração.

- Por que está me olhando com essa cara de besta, ein? – ela se virou para perguntar, e eu dei uma risada fraca, eu realmente ficava igual besta olhando para ela.

Estávamos no jardim, a Ju era apaixonada por flores e estava distraída olhando as flores recém plantadas, quando me flagrou a admirando de longe.

- Não posso olhar para a minha noiva mais não? – perguntei e ela sorriu, correndo até a namoradeira que eu estava sentado e sentando no meu colo.

- Pode.

A puxei para um beijo apaixonado, a puxando pela cintura para aproximarmos nossos corpos, para depois emaranhar minha mão em seus cabelos, tornando o beijo mais intenso e íntimo. Ela estava sentada de frente no meu colo, fazendo um carinho gostoso em minha nuca, puxando de leve os meus cabelos.

Não conseguia me cansar de provar seus beijos, ela parecia uma droga, quanto mais eu provava, mais eu queria. Estava completamente viciado na Juliette.

Nosso beijo foi ficando mais intenso, e ela já começava a subir a mão por dentro da minha blusa, fazendo meu corpo inteiro se contrair e arrepiar, enquanto rebolava no meu colo. Eu a puxava mais para perto, alisando seu quadril, e subindo minhas mãos até chegar nas suas costas, fazendo ela arquear o corpo e se esfregar mais no meu membro.

Eu já estava prestes a abrir seus shorts, quando ouvi alguém pigarrear ao nosso lado, me fazendo soltar a Ju e olhar para o lado assustado.

Em pé ao nosso lado, estava meu pai, com cara de poucos amigos.

- Oi, seu Juarez. – a Ju cumprimentou envergonhada, tentando levantar do meu colo, mas a segurei e impedi que ela se levantasse.

- Não queria interromper o casal, mas preciso falar com você, meu filho. – ele disse ríspido e sério e eu assenti. – Vou te esperar no seu escritório. – ele informou antes de sair, e eu respirei aliviado por ter um tempinho para me recuperar.

- Meu Deus, que vergonha. – a Ju disse tímida, já se levantando do meu colo e ajeitando a roupa.

- Não precisa ficar com vergonha, amor. – eu me levantei, ajeitando meus shorts e respirando fundo, ainda tentando me livrar da excitação do meu corpo. – A gente não tinha como saber que meu pai chegaria aqui do nada.

- Ele tava tão sério, o que será que ele quer, ein?

- Não sei, vou lá ver. – disse, dando um beijo demorado em seus lábios, antes de ir até o escritório encontrar meu pai.

O achei sentado à mesa, assim que ele me viu, fez sinal para que eu me sentasse também.

- Rodolffo, vou direto ao ponto. – ele disse firme. – Sabe das minhas exigências para te nomear presidente, e faço muito gosto desse casamento. A Juliette é uma moça boa, e vejo que parece mesmo gostar dela.

- O senhor disse que iria direto ao ponto.

- Já marcaram a data? – ele questionou e eu fiz que não com a cabeça. – Vocês estão morando juntos como marido e mulher, e do jeito que eu peguei vocês dois quando cheguei, não demora muito pra essa menina engravidar.

- A gente tá se cuidando, pai.

- Mesmo assim, acho que já deveriam marcar logo esse casamento, e pararem de viver em pecado. – segurei para não rolar os olhos e suspirei. – Não me diga que não pretende levar esse casamento a diante?

- Claro que sim, só queria curtir mais nosso noivado.

- Não tem motivos para adiar, marquem logo esse casamento, até pra você assumir logo a presidência da empresa. Queria aproveitar o resto de vida que me resta para viajar com sua mãe.

Eu sabia que não daria para fugir de marcar logo a data, e na verdade, eu nem queria mesmo adiar. Pensei em esperar que ela se formasse para casarmos, mas vi que não teria mesmo jeito.

- Ok, vou falar com a Ju e pedir pra ela escolher uma data.

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N/A: Estamos caminhando para o final, e essa provavelmente será minha última história. 😘