Pov Enid
Os raios fracos de sol bateram contra minha face e eu franzi o cenho, abrindo as pálpebras preguiçosamente.
A primeira coisa que senti, quando tomei total consciência, foi o pequeno corpo preso ao meu, me abraçando com veemência.
Eu suspirei apaixonadamente e deixei um beijo leve em seus lábios carnudos, com muito custo, abandonando o cama. Sabia que era seu dia de folga e queria deixa-la descansar.
Sendo assim, mandei uma mensagem para Eugene, fiz minha higiene matinal, e escrevi um breve bilhete para Wendy, me aproximando de si, quando meu motorista me avisou sobre sua chegada.
- Eu acho que te amo, minha plebeia! -sussurrei, depositando um beijo terno em sua testa, apanhando meus pertences e abandonando o lugar.
Eugene me saudou e abriu a porta para mim, partindo quando eu estava devidamente acomodada.
Dutante nosso caminho para casa, encostei na janela, setindo-me satisfeita com a noite que tive. Ter Wednesday em meus braços, durante meu sono, havia sido perfeito e eu estava feliz por ainda estar com sua camisa, podendo aspirar seu perfume embriagante.
Assim que o carro atravessou os portões de minha casa e estacionou, eu voltei a realidade, pedindo para que meu motorista recolhesse minha fantasia, afinal, somente ansiava por um banho e a pequena bolinha de pelos em meu quarto.
Todavia, antes que sequer conseguisse subir a grande escadaria de minha casa, uma voz cortante se fez presente.
- Enid! -papa chamou rígido e meu corpo estremeceu de medo- precisamos conversar! -ele afirmou da porta do escritório, esperando impacientemente por mim.
Eu pensei seriamente em fingir desmaio, no entanto, meu coração estava disparado, tão desesperadamente, que eu deduzi que não precisaria fingir coisa alguma, afinal, poderia cair morta ali mesmo.
- Enid! -papai bradou mais uma vez e eu me obriguei a ir ao cômodo.
Assim que o adentrei, o mais velho fechou a porta, nos dando total privacidade e aumentando meu temor. Me sentei e ele se sentou a minha frente, me analisando por breves segundos.
- Eu tinha um assunto diferente para tratar com você, mas antes, eu quero saber onde passou a noite? -perguntou seriamente, com firmeza absoluta.
Mordi o lábio inferior, tentando decidir se contava, ou não, a verdade. Contudo, pensei demais e o maior perdeu um pouco da paciência.
- Sei que a festa não durou a noite toda! Então, diga-me! Com quem estava? Lucas? Ele fez alguma coisa? -questionou e eu franzi o cenho, confusa.
- Lucas? Por que todos implicaram com a ideia de que fui com ele a festa? -indaguei ranzinza, lembrando-me de minha discussão com Wednesday.
- Ele veio me pedir permissão para lhe levar ao baile e eu concedi, mas não imaginei que passaria a noite toda com ele! -chiou enfurecido, batendo seus punhos, levemente, contra a mesa em nosso meio.
- Calma papa! Eu sequer fui com Lucas ao baile, não suporto aquele garoto! -retruquei, revirando os olhos ao me recordar da insistência do Walker.
- Não me peça para ficar calmo, Enid! Como você pensa que eu me sinto ao lhe ver chegando em casa pela manhã! Sem sequer ter a consideração de pedir permissão para dormir fora! -bradou irritado, com uma expressão nenhum pouco boa.
Eu perdi o fôlego, incrédula, e demorei a responder, não conseguindo formular frases com sentido.
- Como você esperava que eu pedisse permissão? Marcando um horário em sua agenda com sua secretária? -ironizei amargurado e ele piscou seguidas vezes, descrente.

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A Princesa e a Plebeia
Fiksi PenggemarEnid podia se parecer com um ser celestial, todavia, a verdade impolida, era que a menina dos fios dourados era a personificação do mal, repleta de arrogância, e um sorriso prepotente. Sinclair era o sol, todos orbitavam ao seu redor, e isso era usu...