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Pov Enid

Adentrei a limousine com um sorriso tolo, contendo minha vontade de voltar e beijar veementemente aqueles lábios carnudos. Eu amava tanto aquela garota.

- Devo ir para a casa, senhorita Sinclair? -Eugene questionou, esperando por minhas ordens.

- Leve-me para ver Tom! -pedi, recebendo um olhar receoso.

- A senhorita vai se consultar? -indagou, me fitando pelo retrovisor- não quero parecer invasivo, somente me preocupo com você! -explicou desconcertado e eu sorri de forma doce.

- Eu estou bem Eugene, fique tranquilo! -apaziguei o mesmo, que concordou e deu partida.

Relativos minutos depois, o cacheado estacionou em frente a clínica particular de Thomas Welling e eu abandonei o veículo, seguindo para dentro do local.

Me apresentei a secretaria brevemente e ela liberou minha entrada, me indicando a sala de Thomas.

- Enid! -o mais velho exclamou alegremente, se levantando para me abracar- fico tão contente em lhe ver! Sente-se! -pediu, assim que me soltou, e assim eu fiz.

Examinei o mesmo por um instante, aprovando o novo visual, um tanto mais grisalho.

- Eu estou curioso para saber o que lhe trouxe aqui, algum tipo de recaída? -me perguntou, adquirindo uma postura preocupada.

Eu inspirei fundo e engoli a seco, um tanto desconcertada. Aquele não era um assunto, o qual, eu gostava de falar sobre.

- Eu estou bem Tom! Sem qualquer recaída! -afirmei, o tranquilizando, ainda um pouco desconfortável.

- Certo, então, como posso a ajudar? -questionou, com um sorriso gentil.

- Existe uma pessoa, a qual, eu gostaria que você consultasse! Ele está internado em uma clínica de reabilitação e você é o melhor nesta área, então, talvez possua um tratamento mais eficiente! -expliquei sem muitos detalhes, deixando-o curioso.

- O que houve com ele, exatamente? -me arrumou em sua poltrona, tomando um bloco de notas.

- Pelo pouco que entendi, ele passou por uma depressão profundo e perdeu o controle de sua mente, não executando qualquer movimento com o corpo -disse, sem entender muito do real problema de Pugsley.

Tom fez algumas anotações e suspirou, pensativo.

- Então Enid, eu preciso de uma autorização do superior da clínica, para tratar este paciente, mas me passe os dados e vou tentar fazer meu melhor! -prometeu e eu sorri satisfeita, lhe dando toda a informação que precisava saber.

Ao final, agradeci o maior, que prometeu me ligar assim que recebesse uma resposta sobre o pedido de tratamento, e me despedi, voltando para o carro.

Quando avistei meu motorista, ele corria com meu filhote, como se fosse uma criança. Brincando com a bolinha de neve e sua banana de pelúcia.

- Eugene! -chamei pelo mesmo e ele me fitou sem graça.

- Perdão senhorita Sinclair! Eu não percebi que tinha regressado -sussurrou, abrindo a porta para mim.

- Percebi -dei uma risada baixa- Ice? Vamos para a casa criança! -chamei pela mesma, que correu desesperada ao meu encontro.

Me abaixei e a tomei em meu colo, franzindo o cenho ao notar seu pelo com resquícios se chocolate.

- Eu vou matar você Eugene! Chocolate faz muito mal para cães! -rosnei e o rapaz se tornou pálido.

- Desculpe senhorita Sinclair, eu realmente não sabia sobre e senti tanta pena, quando ela me fitou com esses olhinhos pidões! -se explicou nervoso e eu neguei, desistindo de o repreender.

Meu motorista era estranho e atrapalhado, mas, ao menos, possuía um bom coração.

A Princesa e a PlebeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora