Capítulo 39

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Alguns dias depois...

Nossa viagem ao nordeste foi incrível e nunca vivi dias tão divertidos alegres e leves como aqueles. Depois daquele encontro inesperado com o Jorge, graças a Deus nem sinal daquele despeitado.

Levantei cedo, já me arrumando para começar mais uma semana de trabalho e Rodolffo também se arrumava por ia viajar ao estado do Goiás.

- você está bem mesmo?

- estou sim... Não é nada demais.

- você tava tomando remédio... E disse que tava com dor. Deveria ficar em casa hoje.

- estou só com cólicas amor e já já passa. Eu gosto de produzir, isso me faz tão bem.

- promete que vai se cuidar?

- prometo. Vá em paz que eu ficarei em paz.

- vou sentir muita saudade.

- eu também... Serão três dias longos.

- será que quando eu voltar... - ele disse com cara de menino levado. - o meu parquinho estará liberado para visitações?

- talvez... Não posso afirmar nada.

- tá bom. Se cuida amor, eu vou te ligando.

- tá bem.

Ainda conseguimos tomar café juntos e logo Rodolffo saiu para ir ao aeroporto.

- não fique aflita filha... Três dias passam logo. - me disse Maria.

Todos os dias quando eu saia da área de refeições da casa, eu dava de cara com Rodolffo e Das Dores. Eu ficava observando aquela foto e o modo como ele estava feliz a espera da bebê e ela também estava.

- não tenha ciúmes... - me alertou Maria.

- eu não tenho.

- ela só foi uma moça que morreu cedo demais e seu Rodolffo não amava ela. Ele ama a senhora muito mais.

- não se trata disso Maria. Só queria saber quando vou viver esse momento com ele. A espera por um filho.

- acho que em breve, não?

- não faço a mínima ideia.

Maria me olhou confusa e eu peguei minha bolsa e fui de táxi para a empresa.

O caminho inteiro eu ficava martelando as coisas e me perguntando por que Rodolffo tinha engravidado Das Dores e resistia bravamente a querer o mesmo comigo. Esse assunto virou tabu dentro de casa e para não gerar conflitos, eu não falava mais nada.

- É aqui... - falei para o taxista que disse o valor da corrida e eu desci do carro em seguida.

Eu havia acabado de bater a porta do carro, quando uma moto desgovernada passou roçando em mim. Foi questão de milímetros, se eu me movo um pouco mais para frente teria sido acidente na certa.

- esses motocas são doidos. - disse o taxista. - a senhora esteja sempre atenta.

Fiquei ali parada e sem muita reação até que consegui entrar na empresa. Cumprimentei a todos na recepção e fui para minha sala.

Ainda estava atônita com o quê poderia ter acontecido ali, mas sempre soube que Deus cuida de mim.

- bom dia Juliette. - falou Guilherme entrando na sala. - Rodolffo viajou mesmo?

- bom dia Guilherme. Sim, hoje bem cedo ele saiu.

- você concorda com esse negócio dele vender tudo e ir para o Goiás viver numa fazenda?

O solitário Donde viven las historias. Descúbrelo ahora