Capítulo 45

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"Seus olhos
São faróis me ajudando a encontrar o meu caminho
Depois que você chegou não sei o que é estar sozinho
Você foi a melhor coisa que me aconteceu na vida
Na vida inteira
Mil beijos de manhã pra provar que sou seu fã
E a vida inteira pra mostrar o quanto eu te amo". (Nosso amor se eternizando, Israel e Rodolffo).

...

Uma semana depois do aniversário de  Juliette saímos para nosso passeio em Maldivas. Mas sabíamos que até chegar lá tínhamos longas horas de vôo.

- eu tô enjoada. - ela disse depois de passarmos por uma turbulência.

- vai passar amor. Calma. Respira.

- posso dizer que tô arrependida? Tô com saudades de casa.

- você vai se divertir.

- nesse momento eu quero vomitar. - ela disse respirando fundo.

- volta a dormir. - acariciei seu cabelo e ela melhorou.

Mas na próxima escala não conseguiu comer nada e vomitou até o suco que tomou.

- posso dizer que estou doente?

- cê não tá doente. É só enjôo do avião.  Vou comprar algumas coisas procê comer até lá.

- não... A comida daqui é esquisita, me dá vontade de vomitar.

Comecei a me arrepender de ter trazido ela para tão longe, mas eu sabia que era só falta de hábito. Ela iria melhorar.

...

Depois de mais de 24 horas de viagem finalmente chegamos ao nosso destino final.

- preciso de um banho e de dormir Rodolffo... Hoje não conte comigo pra nada. Tô só o pó.

- eu também tô... Mas a gente tem que comer.

- não tô com fome. Não quero comer nada... Quero dormir.

- cê tá de TPM amor? Por isso tá enjoada?

- TPM? Eu? Nem tinha pensado nisso. Acho que pode ser isso.

- ainda bem que fui prevenido e coloquei várias coisas de higiene... Aqui é diferente do Brasil e cê poderia ter dificuldade.

- ah obrigada amor... Cê é muito organizado. Acho que vou mesmo precisar, estou sentindo uma cólica chatinha.

- Vai tomar seu banho, que vou tentar fazer alguma coisa com o quê tem nessa geladeira.

Nosso guia de viagem se encarregou de abastecer nossa cabana de tudo e a geladeira tava bem cheia, como eu pedi, o único problema era a comida daqui ser diferente e Juliette ter um paladar seletivo.

Improvisei o quê deu e a fiz comer pelo menos umas frutas. Depois ela virou para o lado e dormiu.

Eu não tinha muito o quê fazer além disso e dormi também.

...

- Rodolffo... Rodolffo...

- oi... Como você está?

- tô com fome...

- ainda bem... Se sente bem então?

- sim... Me sinto. Ah... Graças a Deus. Não aguentava mais passar mal.

- e hoje o quê vamos fazer?

- passear com nosso guia. Se vinhemos de tão longe, é para aproveitar. Mas antes café da manhã.

- já tem frutas. Vamos fazer só o café e algum lanche.

Tomamos nosso café em paz e finalmente Juliette comeu sem reclamações.

- leve uma necessarie com o básico e eu farei o mesmo. Vamos ver corais em alto mar e eu talvez mergulhe.

- eu quero ir... - ela fez cara de dengosa.

- cê não nada direito... É melhor só observar e tem que ter cuidado nas pedras e a senhora é um pouco desastrada com pedras.

- fale não... Aquele dia foi horrível.

- horrível? Tem certeza? Ainda lembro do beijo gostoso da gente. - falei a abraçando. - inclusive quero te dá muitos como aquele todos os dias da minha vida, incluindo hoje.

- já vem pensando nisso né? - ela disse rindo.- Não sei... Talvez o parque feche. - disse me provocando.

- mas ainda é um talvez, enquanto isso dá tempo aproveitar um pouquinho.

Nos abraçamos e eu a levei para a cama.

- dá tempo? - ela me perguntou sorridente.

- uma rapidinha, dá.

Amor matinal com minha esposa era a melhor coisa da vida e fazia bem a nós dois.

Saímos para o passeio leves e Juliette não enjôo a lancha.

...



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