Capítulo 22

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Alguns dias depois...

Tinha uma semana que eu procurava a Juliette em casa e ela nunca estava. Eu sabia que ela não estava trabalhando, mas onde ela ia depois do trabalho, ainda era algo novo para mim.

Nessa noite resolvi esperar e seja a hora que fosse eu iria encontrá-la.

Estacionei meu carro do outro lado da rua e vi quando ela se aproximou do porta da sua casa. Ela estava linda e aparentemente vinha de uma academia.

Ela tinha a chave na fechadura quando eu me aproximei.

- ei sumida. - ela virou instantaneamente para mim.

- oi Rodolffo.

- como está?

- estou bem e olha o quê inventei de fazer? - ela disse estendendo os braços sobre o corpo. - mas estou precisando.

- não está. Seu corpo está maravilhoso. - a olhei e vi que ela ficou envergonhada com essa afirmação. - Não me convida pra entrar?

- claro... E tem um bolinha peluda que sente sua falta.

Caminhei com ela até ser notado por pitico.

- ei sapeca... Cê cresceu cara.

- ele tá tão esperto. Pitico é muito inteligente.

- tem alguma dose dessa inteligência pra mim também?

- você é muito besta. Me espera tomar um banho?

- espero.

Vi ela entrar no quarto e deixar a  porta semi aberta.

Fiquei brincando com o cachorro e ouvi o barulho do chuveiro ligado e também quando ele desligou. Parecia que aquele som de alguma forma me atormentava e era muito errado o quê eu ia fazer, mas ao perceber que ela tinha chegado no quarto, eu caminhei lentamente até a parte aberta da porta e a vi de costas, de frente para o guarda. Não era uma visão total, mas a vi de calcinha e fiquei paralisado com suas formas tão bem desenhadas.

Voltei para a sala imediatamente e me senti mal por trair a confiança dela. Isso não era bom e era quase um abuso sexual da minha parte. Ela não estava nua, mas usava uma mini calcinha preta que a deixava uma baita gostosa.

Meu amigo, ficava pulando em mim enquanto ela ainda estava no quarto.

- voltei... Já jantou? - ela perguntou agradável como sempre.

- não... Mas se não quiser cozinhar, a gente pede alguma coisa.

- aceita um sanduíche natural com um suco de laranja?

- aceito.

- enquanto eu preparo, escolhe um filme pra gente. - ela me falou apontando para o controle.

Escolhi alguns e ela deu o veredito final.

- quer comer na mesa ou aí mesmo?

- pode ser aqui.

Nos sentamos no tapete e pitico ficou entre nós enquanto comemos nosso sanduíche.

- estava delicioso Juliette.

- que bom que gostou.

- vou deixar as coisas na pia.

Fui e voltei rápido me sentando ainda mais perto dela.

- senti sua falta Juliette. - falei enquanto juntava seu cabelo numa forma que eu já tinha costume de fazer.

- também senti a sua.

- está me evitando? - perguntei e ela se virou para mim.

- acho que é melhor assim.

- é melhor para quem?

- para você.

- não é nada. Juliette procurei um psiquiatra e pasme, não estou louco.

- apesar de parecer bem. - ela disse rindo.

- mas ele me encaminhou para a terapia e só essa semana já fiz três sessões.

- e se sente melhor?

- me sinto, mas eu falei de você nas três sessões e a terapeuta acredita que você é alguém importante para mim.

- e você o quê acha disso?

- ela tá certa. Você é importante e especial para mim.

- uma boa amiga... Uma irmã... Acho que é assim que você me ver. - vi que seu olhar se entristeceu.

- Juliette...

- eu sei que não vai ficar Rodolffo e eu não vou me iludir. - ela se afastou de mim. - eu acho que é melhor você ir e não voltar mais.

- mas eu não quero ir... Eu te procurei a semana inteira.

- por que precisa de um ombro amigo para desabafar e eu sou esse brother. Mas eu estou um pouco cansada disso Rodolffo e sinceramente, também estou sem tempo. - ela falou se levantando e eu levantei também.

- agora você quem está confusa, me chamou pra entrar e me deu jantar, disse que íamos ver um filme e agora está me mandando embora. Você é a sensata dessa relação.

- não sou sensata, mas você nunca conseguiu ver isso.

Me aproximei dela e não encontrei resistência em colar seu corpo no meu.

- me faz enxergar então Juliette. - a tomei num beijo cheio de vontade e ela me correspondeu completamente.

Estava tomado pelo bruto desejo quando a coloquei nos braços e a levei até o seu quarto. Era a primeira vez que eu estava ali e senti que Juliette tinha as mãos trêmulas quando tocou o meu rosto.

A depositei sobre a cama, me deitando por sobre seu corpo e toquei seu rosto.

- estou te amando Juliette. - vi ela fechar os olhos e lágrimas rolarem. - e não estou dizendo isso por que quero fazer amor contigo, mas por ser o sentimento do meu coração.

Ela tocou meu rosto e acariciou minha barba.

- então me ame. - ela respondeu com uma voz embargada.

A beijei novamente e a cada novo beijo, eu sentia mais vontade de estar totalmente nela.

...

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