México.
Seis meses depois...
- Hola chico... - disse gritando Guilherme.
- cara... Cê chegou. - dei um abraço apertado nele e também na Jéssica sua esposa.
- rapaz... Cê não vai voltar não? - ele disse dando uma tapa no meu ombro.
- talvez não. Estão com saudades de mim?
- puta que pariu... Estamos mofinando sem você. E aí... Tá sozinho?
- Das Dores está aqui. - disse de forma baixa.
- é mexicana?
- sim... Mexicana com russo.
Das dores surgiu na varanda e logo se aproximou de nós, colocando a mão sobre minha cintura.
- Buenos días... - ela cumprimentou.
- essa é Maria das Dores, minha namorada Guilherme.
Vi Guilherme olhar para a Jéssica com um olhar feliz e sua esposa o retribuiu.
- Bienvenido. El desayuno esta listo. - minha linda ruiva disse aos dois.
Das Dores tinha uma beleza única e era dona de um coração bonito, que me lembrava muito o modo de ver a vida da minha mãe. Ela era carinhosa, gentil e doce, era como um antídoto para toda a dor que eu já vivi. Sua presença alegrava a minha existência.
- mas quem diria hein? A quanto tempo estão juntos?
- dois meses.
- está apaixonado?
- estou envolvido. Gosto dela e ela me faz muito bem.
- não vai mesmo voltar? Vejo que é outra pessoa no mesmo retrato. Está muito bem Rodolffo.
- penso sim em voltar. Quando é que eu não sei ainda.
- acha que ela não se adaptaria? É esse o seu medo?
- não... Das Dores irá comigo. Ela não se opõe a isso.
- fico tão feliz por você. Vir essa viagem renovou sua vida cara... Foi a coisa mais certa que cê já fez.
Guilherme ficaram conosco até o meu aniversário de 34 anos e foi maravilhoso tê-los aqui.
- parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades e muitos anos de vida.
Nós batemos palmas em celebração a minha vida e depois de anos de dor, esse ano eu estava bem animado e feliz. Guilherme e Jéssica me trouxeram um presente diretamente do Brasil e eu sorri satisfeito.
- cê merece muito mais que isso. - concluiu Guilherme.
- Ahora es mi turno. - tomou a fala Das Dores. - Esto es para usted. - ela me entregou uma caixinha quadrada e pequena.
- ¿qué hay aquí? - perguntei a olhando.
- Abrir porfavor. - ela me disse sorrindo.
Abri com medo do que tinha dentro e gelei quando vi o conteúdo da caixa.
- Estoy embarazada mi amor. Será papá. - ela me disse emocionada e eu a abracei.
Foi uma notícia repentina, mas não classifico como inesperada.
- nunca mais estará só meu irmão... Nunca mais. - me ofereceu outro abraço Guilherme.
Não sabia se sorria, chorava ou se me desesperava. Nunca fui de romantizar gravidez e depois do bebê que perdi muito menos. Tive medo de perder tudo de novo. Temi perder tudo de novo por que eu não sou o cara mais sortudo do mundo com essas coisas. Mas tentei não transparecer para que Das Dores não ficasse triste. Eu tinha que me alegrar, afinal agora eu seria pai.
...
Enquanto isso no Brasil.
- Bom dia Juliette. A senhorita está bem? - perguntou alegremente Jorge.
- oi Jorge... Sim estou bem. Algum problema?
- não... Nenhum. Ei nosso amigo Rodolffo será pai, sabia? - vi meu sorriso se ir com a notícia.
- não... Ele ainda tá no México?
- sim... O bebê dele será uma junção de México com Brasil, isso não é fantástico. E eu serei dindo.
- parabéns.
- obrigado Juliette. Bom trabalho.
Achei que um dia ainda iria reencontrar Rodolffo, nem que fosse para lhe dizer "obrigada", mas pelo visto, ele não volta mais ao Brasil.
Estava distraída nos meus papéis e relatórios quando meu celular toca.
📱Oi Jussara. - cumprimentei minha vizinha.
📱Filha... Sua mãe está passando mal. Venha logo, acho que está infartando.
📱Por Deus cuide de mainha...
Sai desesperada da empresa e a todo instante pedia a Deus para dá saúde a minha mãe. Quando ia para casa, fui informada que ela estava indo para o hospital de ambulância e rumei para lá imediatamente.
...
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O solitário
FanficUm homem solitário, conformado e acomodado com sua condição. Ele leva a vida no automático e é extremamente metódico, tudo gira em torno de si e assim ele acha que está feliz. Mas até quando?