Capítulo 32

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Restaurante do Armando...

- E aí Armando... Quero saber se está tudo pronto para a nossa recepção?

- está sim... Do jeito que Juliette escolheu.

Sorrimos juntos e cúmplices um para o outro.

- está bem perto, estão ansiosos? - perguntou animado Armando.

- estamos. - Juliette respondeu.

- você é parte da nossa história Armando e tinha que ser aqui a nossa comemoração.

- eu fico feliz que meu restaurante tenha sido a porta para o encontro de vocês.

- quero que toda a sua família esteja aqui, como sabe não temos tantos convidados, mas estarão conosco as pessoas importantes.

- com certeza estarão. Obrigado pela consideração. Vou trazer pessoalmente o almoço de vocês.

Armando saiu e Juliette e eu ficamos a conversar.

- você já comprou as passagens? - ela me perguntou.

- já sim... Viajamos logo após o almoço e teremos uma casa de praia só nossa. Já comprou suas roupas de banho.

- ainda não... Não sei se quero usar biquíni.

- Juliette, não precisa ter vergonha. Quero que você se sinta a vontade.

- e eu não quero que você use preto. Já está comprando outras roupas, não está?

- eu gosto de preto. Já te disse que não é tão fácil.

- Rodolffo, você prometeu e ainda não te vi cumprir a promessa. Você não é mais um viúvo, é sim meu noivo e daqui uns dias será meu marido.

- eu vou providenciar isso essa semana.

- eu posso te ajudar se quiser.

- eu quero.

Almoçamos e depois fomos ao shopping. Estava sendo um domingo feliz.

- acho que pitico está sentindo nossa falta. - ela me disse um pouco triste. - vamos levar ele com a gente não vamos?

- claro que vamos... E só estamos a algumas horas longe de casa, ele está seguro, com água e comida. Pitico está bem, ele já é acostumado.

- gosto tanto dele e sou tão apegada.

- eu também sou... Ele vai ser o nosso filho por uns anos, mas temos que entender que cachorros como ele vivem aproximadamente 15 anos.

- não gosto que fale assim. Eu não preciso saber dessa informação.

- quer comprar uma companheira pra ele?

- não sei. Você acha que seria bom?

- acho que sim...

- mas não vamos ter como administrar eles e ainda os filhotes.

- hoje vendem fêmeas que não reproduzem, podemos fazer uma laqueadura na cachorrinha. Eles terão uma vida normal, mas sem filhotes.

- não gosto disso. É judiação com a bichinha.

- então podemos castrar o pitico.

- não Rodolffo... Também não quero isso.

- meu amor, isso é normal... Nós homens, por exemplo, podemos fazer uma vasectomia e ficamos muito bem depois, a recuperação é super rápida.

- mas o pitico é muito pequeno. Por agora não quero isso pra ele. E ainda sou ciumenta para dividir ele com outra.

Eu ri daquela afirmação e de como Juliette era altamente apegada no filhote.

- tá bom então. O quê vamos assistir no cinema?

- filme de aventura.

- então vamos se não vamos perder o início.

Saímos de mãos dadas para a sala de cinema. E o quê parecia um filme de aventura se transformou numa comédia e Juliette ria aos montes.

Era bom vê-la feliz. Era um conforto para qualquer coisa que eu sentisse. Haviam dias que o medo ainda fazia morada em mim, mas eu lutava contra ele, buscando forças para ser mais forte e ter fé que nós dois juntos daríamos certo e que seríamos felizes.

...


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