Restaurante do Armando...
- E aí Armando... Quero saber se está tudo pronto para a nossa recepção?
- está sim... Do jeito que Juliette escolheu.
Sorrimos juntos e cúmplices um para o outro.
- está bem perto, estão ansiosos? - perguntou animado Armando.
- estamos. - Juliette respondeu.
- você é parte da nossa história Armando e tinha que ser aqui a nossa comemoração.
- eu fico feliz que meu restaurante tenha sido a porta para o encontro de vocês.
- quero que toda a sua família esteja aqui, como sabe não temos tantos convidados, mas estarão conosco as pessoas importantes.
- com certeza estarão. Obrigado pela consideração. Vou trazer pessoalmente o almoço de vocês.
Armando saiu e Juliette e eu ficamos a conversar.
- você já comprou as passagens? - ela me perguntou.
- já sim... Viajamos logo após o almoço e teremos uma casa de praia só nossa. Já comprou suas roupas de banho.
- ainda não... Não sei se quero usar biquíni.
- Juliette, não precisa ter vergonha. Quero que você se sinta a vontade.
- e eu não quero que você use preto. Já está comprando outras roupas, não está?
- eu gosto de preto. Já te disse que não é tão fácil.
- Rodolffo, você prometeu e ainda não te vi cumprir a promessa. Você não é mais um viúvo, é sim meu noivo e daqui uns dias será meu marido.
- eu vou providenciar isso essa semana.
- eu posso te ajudar se quiser.
- eu quero.
Almoçamos e depois fomos ao shopping. Estava sendo um domingo feliz.
- acho que pitico está sentindo nossa falta. - ela me disse um pouco triste. - vamos levar ele com a gente não vamos?
- claro que vamos... E só estamos a algumas horas longe de casa, ele está seguro, com água e comida. Pitico está bem, ele já é acostumado.
- gosto tanto dele e sou tão apegada.
- eu também sou... Ele vai ser o nosso filho por uns anos, mas temos que entender que cachorros como ele vivem aproximadamente 15 anos.
- não gosto que fale assim. Eu não preciso saber dessa informação.
- quer comprar uma companheira pra ele?
- não sei. Você acha que seria bom?
- acho que sim...
- mas não vamos ter como administrar eles e ainda os filhotes.
- hoje vendem fêmeas que não reproduzem, podemos fazer uma laqueadura na cachorrinha. Eles terão uma vida normal, mas sem filhotes.
- não gosto disso. É judiação com a bichinha.
- então podemos castrar o pitico.
- não Rodolffo... Também não quero isso.
- meu amor, isso é normal... Nós homens, por exemplo, podemos fazer uma vasectomia e ficamos muito bem depois, a recuperação é super rápida.
- mas o pitico é muito pequeno. Por agora não quero isso pra ele. E ainda sou ciumenta para dividir ele com outra.
Eu ri daquela afirmação e de como Juliette era altamente apegada no filhote.
- tá bom então. O quê vamos assistir no cinema?
- filme de aventura.
- então vamos se não vamos perder o início.
Saímos de mãos dadas para a sala de cinema. E o quê parecia um filme de aventura se transformou numa comédia e Juliette ria aos montes.
Era bom vê-la feliz. Era um conforto para qualquer coisa que eu sentisse. Haviam dias que o medo ainda fazia morada em mim, mas eu lutava contra ele, buscando forças para ser mais forte e ter fé que nós dois juntos daríamos certo e que seríamos felizes.
...
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O solitário
FanfictionUm homem solitário, conformado e acomodado com sua condição. Ele leva a vida no automático e é extremamente metódico, tudo gira em torno de si e assim ele acha que está feliz. Mas até quando?