Capítulo 18

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Assim que Lamar vai embora, meu celular toca

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Assim que Lamar vai embora, meu celular toca. Estou com a cabeça tão quente que decido ignorá-lo. Pego mais uma cerveja e volto para o sofá para fazer companhia ao gato, mas quem quer que seja é insistente:

continua a ligar sem parar. Porra, será que não dá para ter um dia de paz? Provavelmente é da delegacia. Nunca tenho um dia de folga, e, quando acontece esse milagre, aquele lugar só falta pegar fogo. Enrolo mais um pouco, na vã esperança de que a pessoa do outro lado desista, mas isso não acontece. Levanto, me preparando para xingar quem quer que seja, mas resolvo pensar bem depois de ler o nome de Heyoon no identificador de chamadas.

— Noah, fala pra mim que a Sina está aí — ela implora, em evidente desespero, sem ao menos me cumprimentar. Quanta educação!, penso, revirando os olhos.

— Não. Ela esteve aqui mais cedo, mas já foi. Está tudo bem?

Essa menina nunca para de dar trabalho?

— Não, nada está bem.

Não respondo de imediato. Primeiro volto para minha cerveja e meu sofá, e somente quando estou sentado confortavelmente disparo a pergunta de praxe:

— O que a Sina fez agora? — Meus olhos se fecham instintivamente e eu respiro fundo, me preparando mentalmente para o quer que ela tenha aprontado desta vez. Roubou um banco, assassinou alguém, se apaixonou por um camelo e se mudou de mala e cuia para o Saara?

Todas as alternativas anteriores? Vindo dela, nada mais me surpreende, mas eu tenho pena do camelo...

— O que fizeram para ela, você quer dizer, né? — retruca a defensora dos fracos e oprimidos, irritada. Heyoon nunca fica brava com as merdas de Sina. Eu adoraria ser assim. — Any aprontou uma boa hoje.

— O que ela fez? — Não vou me dar o trabalho de defendê-la, porque Heyoon é igualmente irritante e isso só gastaria mais do meu precioso tempo em outra briga desnecessária. Eu só queria um dia de folga. Só isso.

— Ela contou para a Sina da mãe dela, Noah.

Meu sangue gela.

— Do que você está falando? — pergunto, me levantando em um pulo, rezando para que não seja o que estou pensando. Não pode ser.

Não teria como Any saber uma coisa dessas.

— Ela contou! — berra exasperada, e isso responde a minha pergunta.

— Como a Sina está, Yoon? — disparo, pegando a carteira no aparador e a jaqueta jeans no encosto da cadeira da mesa de jantar. Eu não fazia ideia nem que a Heyoon sabia disso. Pensei que Josh não tivesse contado.

— Ninguém sabe onde a Sina está, Noah. Ela fugiu com uma mala e não atende o celular. Não apareceu em casa e nem aí. Não sei mais aonde ela pode ter ido com esse temporal. Estou entrando em pânico! Todo mundo está! — Ela parece mesmo assustada, e eu também estou. A esta altura Sina já deveria ter procurado abrigo com um de nós há muito tempo. — O Joah e os outros saíram para procurar, mas até agora nada. Até a Clara está na rua atrás dela.

Caçadora de estrelas - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora