Capítulo 41

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— O que você está fazendo? — ele pergunta quando emerge de um mergulho e me encontra socando a água da piscina com raiva

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— O que você está fazendo? — ele pergunta quando emerge de um mergulho e me encontra socando a água da piscina com raiva.

— Tentando que nem idiota não afundar, porque adoraria olhar para as estrelas confortavelmente... Me ajuda? — pergunto quando ele para atrás de mim, beijando minha nuca.

— Já pensou no que vai querer fazer daqui para a frente? — Olho para ele com ar de interrogação. — Quer ficar na escola para sempre? — Noah me pega no colo e me ajuda a deitar reta na superfície da água, apoiando uma das mãos nas minhas costas para me fazer boiar enquanto a outra está por pura safadeza apertando minha bunda e confundindo meus pensamentos. É até difícil pensar na resposta.

— Hum... Quero abrir o meu consultório um dia, eu acho... — Um sorriso se abre fácil nos seus lábios. — E eu quero você, é isso que eu quero para o futuro. Quem sabe alguns filhos, umas paredes azuis e mais um gato ou dois. — O sorriso se mantém, mas os olhos ficam tristes.

— Você tem que pensar no que quer da vida se eu não conseguir...

— Não vamos falar sobre isso, Noah — corto, saio do seu colo e me afasto, engolindo um litro de água no processo.

— Nós vamos sim, Sina — ele determina às minhas costas enquanto saio da piscina e acendo um cigarro, caminhando até o outro extremo do jardim para que a fumaça não chegue nem perto nele. Noah não se aproxima. Já briguei com ele por causa disso. Não fumo mais perto dele. Também não consigo parar, piorou; ando nervosa. É uma droga. — Se acontecer, nós vamos estar ocupados demais nos desesperando para ser racionais, então temos que conversar agora. Tem coisas que eu preciso te falar — insiste, apoiando os braços na borda. Eu me viro de costas.

— Você já planejou tudo, né? — digo, irritada, dando uma tragada.

— Precisa mesmo perguntar? — Não, fui idiota. — Por lei eu sou obrigado a deixar metade da minha herança para o meu pai, mas não vou fazer isso. Ele não merece o meu dinheiro, muito menos o dinheiro que era da minha mãe ou dos meus avós. Você sabe que, somando tudo, é uma quantia alta e eu nunca toquei nela desde que comecei a trabalhar, mas o que a grana rende por mês pode ser um bom salário para você, enquanto descobre o que quer fazer. Vai te bancar de maneira mais do que confortável quando eu e meu salário não existirmos mais. Vou cuidar para que a única beneficiária do testamento seja você.

— Como você vai passar por cima da lei? — Ignoro o resto. Como sempre cuidei da sua conta e dos investimentos, entendi o que Noah quis dizer. Ele ainda foi gentil em usar a palavra “confortável”. Os avós eram ricos, e ele e a mãe conseguiram guardar uma boa grana também, mas, por mais que seja bonito da parte dele se preocupar em me deixar bem de vida, o assunto só me magoa.

Quero ele, não o dinheiro dele.

— Me casando com você. — Eu me viro como um raio. Até engasgo com a fumaça.

Caçadora de estrelas - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora