No meio do caminho até a casa de Sina, acabo esbarrando sem querer no ombro de alguém. Minha reação automática é me virar de imediato para me desculpar, mas, assim que meus olhos recaem sobre o homem de aparência jovial e despreocupada que me encara, todas as palavras parecem desaparecer da minha mente. Todas menos uma: merda!
— Noah? — ele pergunta, parecendo surpreso, assim como me sinto.
— Lamar. — Não é uma pergunta. Isso só pode ser brincadeira!
— Eu não acredito que é você, cara! — exclama, surpreso, tentando me abraçar, mas não estou nada empolgado por revê-lo, principalmente hoje.
Não faço esforço algum para abraçá-lo de volta e ele me solta, percebendo minha frieza.
— Há quanto tempo, né? — ele diz, sem jeito, enfiando as mãos nos bolsos.
— Não tempo suficiente, eu acho — replico, sarcástico.
— Ah, deixa disso, Noah! — Esse sorriso um dia já partiu o coração de alguém que eu amo.
— O que você faz por aqui? — pergunto, não só por educação, mas por precaução também. Se eu tiver sorte, Lamar vai embora antes de causar mais danos. — Não sabia que tinha voltado.
— Voltei a trabalho. Vim fechar uma venda para a empresa em que estou trabalhando, em Londres. — Londres? Puta merda! — Mas ainda não sei quanto tempo vou ficar na cidade. Vai depender das negociações — ele explica, sorrindo mais abertamente, como se estivesse mesmo feliz em me rever. Inferno. Isso não vai acabar bem.
— Espero que você aproveite a sua estadia. — Não, eu não espero. Na verdade, estou rezando para ele ficar trancado dentro de casa, sem pôr o focinho na rua, até chegar o dia de entrar de volta no avião e sumir da cidade novamente. — Foi bom te ver! — digo, me virando para ir embora e acenando em despedida, dando a entender que não foi bom revê-lo. Mas Benjamin volta a me chamar.
— Noah, espera! — Ele corre até mim para me oferecer um cartão. — Me liga uma hora dessas. Vamos tomar uma cerveja, conversar e relembrar os velhos tempos.
— Aqueles em que eu quebrei a sua cara na porrada? — Enfio o cartão no bolso da bermuda e cruzo os braços. Ele parece envergonhado, e tem que ficar mesmo.
— Como ela está? — pergunta de repente, em um fio de voz. Meus punhos cerram e sou obrigado a respirar fundo para não ir para cima, porque algumas coisas tempo nenhum pode me fazer esquecer. As lágrimas que minha garota chorou por causa dele são uma delas.
— Fique longe dela, Lamar, ou eu juro que você vai se arrepender — murmuro com frieza, dando um passo para mais perto a fim de intimidá-lo e deixar bem claro que minhas palavras não são um mero pedido, mas uma ordem clara. Ele assente, parecendo magoado, e se vira para ir embora. Faço o mesmo, sentindo o sangue ferver.
Era só o que faltava os mortos voltarem à vida justamente agora, mas vou ter muito tempo para remoer esse reencontro depois. Agora, minha única preocupação é como Sina vai reagir quando conhecer a Alice.
Vim antes só para esconder as facas.
Oi.
Gente, eu tô lendo outro livro que é super bom e tem um suspense maravilhoso(vi falar dele no tiktok). Se eu ve que essa adaptação tá tendo resultado eu adapto ele pra vcs. Mas eu não garanto, até porque eu nem tenho certeza se vou conseguir finalizar esse.
Sai mais um capítulo hoje graças a Deus🙏
Nesse não teve pagodin no começo, mas no próximo vai ter.
Votem e comentem pliss.
Jennah♡
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Caçadora de estrelas - Adaptation Noart
Fiksi Penggemar|•Noah and Sina•| Sina, após flagrar o namorado com outro cara (e descobrir que, ainda por cima, ele tem um gosto para homens melhor que o dela!), se arrepende de ter abandonado a família, o gato, o emprego, os amigos e até o país para segui-lo. Mas...