Capítulo 22

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— Sina?

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— Sina?

Viro para trás, ainda mantendo a chave na fechadura. Encontro Lamar saindo do carro depois de estacionar em frente à casa de Noah.

— Oi? — cumprimento espantada por vê-lo. — O que você está fazendo aqui? — pergunto, curiosa, enquanto continuo a abrir a porta.

— Eu poderia te fazer a mesma pergunta. Você sabe do Noah? — ele devolve, com urgência.

— A gente se viu de manhã, quando ele saiu para trabalhar. Por quê? — arqueio as sobrancelhas, confusa.

— Ele me ligou há alguns minutos, me pediu ajuda e depois a linha ficou muda.

Enfio a mão na bolsa atrás do meu celular na mesma hora, com o coração saindo pela boca, porque isso é ruim. Noah não pede ajuda.

— Ele não está mais atendendo — Lamar avisa quando ergo a mão, segurando o aparelho, mas não respondo. Estou ocupada ignorando o frio na barriga enquanto continuo procurando por um número nos contatos. Se Noah estiver com problemas, Krystian vai saber. Ele atende no terceiro toque.

— Cadê ele? — pergunto, na lata.

— Saiu faz uma hora, Sininha. Está tudo bem? — ele pergunta quando solto um lamento.

— Não sei ainda — respondo, olhando para a garagem, apavorada. — Merda, Krystian! — grito.

— O que foi? — ele indaga, urgente, percebendo, pelo meu tom, que algo deu errado por aqui.

— Ele ligou para o Lamar e pediu ajuda, depois sumiu. Mas o carro está na garagem — conto, em pânico.

— Sai da casa — ele ordena, com autoridade, mas a esta altura já entrei, à procura de Noah.

— Noah? — chamo, sem obter resposta.

— Sai da casa, Sina! — Krystian vocifera. Agora ele está com medo.

— Já saí — minto.

Disparo escada acima depois de apontar a porta da cozinha para que Lamar olhe no jardim.

— Tem alguma coisa errada aqui. Estou sentindo o cheiro dele...

— Você não estava fora da casa?! — Krys urra.

Noah já me fez repassar isso um milhão de vezes. Se eu entrar na casa e achar que tem alguma coisa estranha, preciso sair correndo e ir para o mais longe possível.

— Não vou a lugar nenhum com o carro dele na garagem, Krystian. — Sou bruta, para que ele cale a droga da boca. Sei que já mandou alguém para cá e está vindo também. Posso ouvir as ordens que está cuspindo aos garotos. Em segundos a rua vai estar cheia de polícia.

— Então continua falando comigo — ele instrui. — Já mandei as viaturas mais próximas até aí. Eu e o Rodrigo estamos a caminho. — Escuto o barulho de uma sirene ao fundo ao mesmo tempo em que meus olhos desviam para o banheiro e meu mundo cai.

Caçadora de estrelas - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora