Prefácio

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Há muito tempo, quando eu ainda era uma menininha pura, inocente e imaculada - sim, já fui uma dessas, embora hoje seja difícil imaginar -, a pessoa que mais amei e em quem mais confiei me contou uma história que me marcou profundamente

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Há muito tempo, quando eu ainda era uma menininha pura, inocente e imaculada - sim, já fui uma dessas, embora hoje seja difícil imaginar -, a pessoa que mais amei e em quem mais confiei me contou uma história que me marcou profundamente. Era recheada de significados e criada apenas para embalar o sono infantil. No meu caso, porém, determinaria a mulher que eu me tornaria no futuro e o caminho que eu teria que trilhar nessa jornada sofrida, amarga e dolorosa. Sim, eu sou dramática e posso garantir que esse é o menor dos meus defeitos!

Imagino que a maioria das pessoas já tenha ouvido uma dessas historinhas em algum momento. Afinal, os contos de fadas, as lendas e os relatos de amor verdadeiro estão em toda parte, não é? Em livros, filmes e na mente doentia e recheada de vento de pessoas ingênuas como eu. O único lugar em que não estão é na vida real - pelo menos não na minha, posso garantir.

Enfim, eu acreditei naquilo. De verdade.

Passei todas as noites desde aquele dia pensando na história, em seus personagens fictícios, em suas lutas, amores e, principalmente, em sua moral. Constatei que, se realmente persistisse, eu conseguiria vivê-la um dia. Eu tinha que conseguir, prometi. Maldita hora em que fiz aquela promessa.

Em um momento mais oportuno eu conto essa história, mas já aviso que não me responsabilizo pelos danos que ela possa causar em quem a escuta. Não quero ninguém me culpando se por acaso ficar fascinado pelo conteúdo e o desejar ardentemente, apenas para depois ter seus sonhos frustrados, como aconteceu comigo. Entendeu? Melhor ser sincera e dizer logo que o meu porquinho virou esqueleto - sim, ele é anoréxico por falta de moedinhas - e que eu não tenho um puto na carteira para pagar o tratamento psicológico de ninguém. Deus sabe que eu não posso arcar nem com o meu. E olha que eu preciso!

Neste momento, a única coisa que você precisa saber é que eu passei a vida buscando uma estrela.

Não uma estrela qualquer. Não, senhor! A minha estrela. Uma que brilhasse só para mim e iluminasse a escuridão que me ronda. Uma coisinha incandescente em forma de homem - lindo de morrer, se possível -, que tivesse sido criada para ser minha outra metade, outra face e outra mão. Alguém que me preenchesse.

Se você ainda não compreendeu a moral da história, não tem problema, eu explico!

Alguns chamam essa pessoa de alma gêmea, outros de tampa da panela ou de chinelo velho para um pé cansado. Tem aquelas pessoas que chamam de ilusão. Eu chamo de estrela. O nome pouco importa, porque tudo se resume a amor. Um grande amor.

Estou em busca de uma estrela desde a época em que não sabia nem amarrar meus cadarços. Uma caçada frustrada, admito, porque não achei o sacana! Nunca cheguei nem perto. E eu bem que procurei, viu?

Imagino que você esteja se perguntando quem é a maluca mal-amada, malcomida, mal compreendida e carente que está te metralhando com essa ladainha sentimental. É melhor eu me apresentar, antes que este monólogo encha o seu saco. Porque eu, definitivamente, já estou de saco cheio desse papo.

- Meu nome é Sina Deinert e eu sou uma encalhada convicta. Tenho trinta anos e nunca, nunca mesmo, tive sorte no amor - murmuro tristemente para meu reflexo no espelho, com a escova de dentes entre as mãos, fingindo que é um microfone. É um péssimo reflexo!

Estou me imaginando em um palco, de frente para uma plateia do - Azaradas Anônimas. Muitas mulheres fazem acenos imaginários, me incentivando a continuar. Outras tantas passam lencinhos invisíveis pelas bochechas para enxugar lágrimas também invisíveis. Santo Deus. Eu tenho problemas mesmo!

- Isso não é nem a metade. A quem estou querendo enganar? Dizer que nunca tive sorte é eufemismo. Eu sou uma puta de uma azarada, isso sim!

Depois do meu ataque melodramático, a plateia está de olhos arregalados e boca aberta.

- É isso mesmo. Devo ter quebrado muitos espelhos, passado embaixo de milhares de escadas... Não, não cruzei com nenhum gato preto em uma sexta-feira 13 - resmungo, irritada, lendo facilmente os pensamentos das minhas pessoinhas de faz de conta. Além de ser dramática, não tenho muita paciência; não mais do que tenho criatividade.

- Parem de ser preconceituosos! Eu adoro gatos! No momento o meu felino é tudo que eu tenho e, sim, ele é preto! Bom, quem sabe é tudo culpa dele, afinal? - Eu adoraria pôr a culpa em outra pessoa, mas tenho plena consciência de que a cor do meu gato está muito longe de ser a raiz do problema. - Ok, admito: é culpa dessa minha mania idiota de viver me apaixonando, e, definitivamente, todas as vezes pelo cara errado.

Pronto, falei. Felizes agora?

Esse meu carma, como eu chamo carinhosamente a falta de um homem decente na minha vida, vem se arrastando há muitos anos. Para ser mais precisa, desde o jardim de infância - e, não, pode esquecer: essa história eu nunca vou contar! É vergonhosa demais. Mas, pensando bem, talvez eu devesse contar como foi que a última terminou...

 Mas, pensando bem, talvez eu devesse contar como foi que a última terminou

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Volteiiiiiiii🥳🥳🥳

Gente eu juro pra vcs, o sufoco que eu passei esses dias pra conseguir terminar o livro Jesus. Terminei nao faz nem meia hora e ja to adaptando pra vcs sksksksksk

Enfim, aqui esta a nova história. Nao me responsabilizo em pagar psicólogo pra ninguém em, ate porque eu preciso pagar o meu e nao tenho nem dinheiro pra isso...

Enfim esse foi so o começo🤩

Jennah♡

Caçadora de estrelas - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora