Capítulo 35

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Estaciono na garagem de casa e dou a volta para abrir a porta para Sina

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Estaciono na garagem de casa e dou a volta para abrir a porta para Sina.

Assim que ela pega minha mão, fecha a porta e pisa no chão, nossas bocas se encontram, no automático. É como se ambas agora não pudessem mais ficar separadas por um minuto sequer, e acho que é realmente assim que nos sentimos: como se tivéssemos muitos beijos para pôr em dia.

Sina se apoia nos meus ombros quando agarro sua cintura e afundo os dedos na sua pele, roubando um gemido tímido dos seus lábios.

Arranco muitos outros, nem tão tímidos assim, enquanto percorro cada parte do seu corpo avidamente, explorando, descobrindo, conhecendo de uma maneira que eu ainda não conhecia, tocando de um jeito que nunca pude tocar. Não tenho ideia de quanto tempo continuamos ali, num amasso sem fim, tendo a trovoada como som de fundo, encostados ao carro. Se tivesse durado para sempre, duvido que teríamos nos importado.

Eu queria que ela nunca mais tirasse as mãos de mim.

Nos movemos em sincronia quando decidimos entrar, ainda sem nos soltar. Pisamos na sala nos agarrando. Subimos a escada nos agarrando. Entramos no quarto nos agarrando e ainda estamos nos agarrando quando a empurro para a cama e cubro seu corpo com o meu, sem me importar com nossas roupas molhadas ou com qualquer outra coisa que não seja o sonho que estou tocando. Não me importo nem com o gato, que está dormindo no travesseiro quando chegamos e pula até o teto de susto com seu sono interrompido. E olha que eu amo esse gato.

— Você se perguntou alguma vez como seria este momento? — ela questiona quando recuo para tomar ar, afastando suas pernas com os joelhos para me encaixar no meio delas. Foram tantas que até demoro para responder. — Você pensou nisso, não pensou? — Sina encara o gato, que lhe mostra os dentes. Seus olhos o acompanham, cheios de amargura, enquanto o bichano desce da cama e sai do quarto, todo irritado, antes de se voltarem para mim e um sorriso tímido se abrir no seu rosto. Isso me surpreende. Foram raras as vezes que vi essa garota envergonhada por alguma coisa. Afinal estamos falando de quem, né?

— Jura que está com vergonha de mim? — Rio, afagando sua bochecha, sem tirar os cotovelos da cama. Meu rosto paira a centímetros do seu.

— Talvez um pouco — admite, roubando um beijo.

— Está pensando em quê?

— E se você não gostar?

Abro um sorriso, achando a timidez dela bem divertida. Nem parece a mesma pessoa que me prendeu com uma algema e se jogou em cima de mim, caindo de bêbada, ontem mesmo.

— Que pergunta mais trouxa. — Roubo um beijo, um sorriso e um punhado de dentes bem mais bonitinhos que aqueles que o nosso gato lhe mostrou. Nosso. Agora, finalmente, metade daquele gato é oficialmente minha. — Não tem a menor chance de isso acontecer — garanto, ignorando seus olhos revirados por causa de meu deboche. — Próxima.

— E se você for péssimo de cama e eu odiar? Claro que tem mais chance de acontecer o contrário, porque eu sou a vândala de mercado e tudo que você faz é perfeito...

Caçadora de estrelas - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora