Capitulo 10

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Chegamos à casa do meu pai minutos depois

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Chegamos à casa do meu pai minutos depois. Entro usando minha chave e pisando duro, com a caixa de transporte e a bolsa bem presas nos braços.

Minha cara fechada desafia qualquer um, seja Noah ou a sirigaita que casou com meu pai, a falar alguma coisa. Assim que chego à sala e encontro meu pai e sua esposa de mãos dadas no sofá, pouso no chão a caixa de transporte e solto o Cupido, que ainda não calou o focinho. Ele pula para fora da caixa e me olha com ódio mortal antes de sair pela porta da cozinha e desaparecer no quintal. Meu pai suspira.

Sim, você tem uma filha difícil, que não está nem aí se a sua mulherzinha engasgar com pelo de gato. Acostume-se!

— Sina, que bom que você veio! — Clara exclama, levantando-se e caminhando em minha direção com os braços estendidos. Pode parar aí, sirigaita!

— Esta ainda é a minha casa e a minha família — digo, sorrindo. Meu pai me olha feio e os braços dela caem ao lado do corpo, mas não me sinto culpada. — Por que eu não viria?

— Lógico. Foi um comentário bobo da minha parte. — Ela força um sorriso, olhando para meu pai. Em busca do quê? De apoio? Que ele me coloque de castigo? Nunca vou saber, porque bem neste momento uma morena de parar o trânsito desce a escada em um vestido verde deslumbrante, seguida por uma garota mais nova e bem mais sem graça, mas com os mesmos traços marcantes. Odeio as duas, de cara!
Levando em conta minhas mãos, que suam, e o friozinho detestável que se apodera da minha barriga, posso afirmar que meu radar de maus pressentimentos vai explodir...

— Oi, Sina! — a mais velha me cumprimenta, com um sorrisinho de canto de boca. Sua voz macia e meiga me faz ter arrepios, e eu decido que sim, realmente a odeio, provavelmente na segunda piscadinha daqueles cílios imensos e falsos.

— Quem é você? — Por que todo mundo parou de respirar? Por que Heyoon agarrou meu punho direito e o está segurando como se fosse o martelo do Thor? E que raio de olhar é esse nos olhos do meu pai? Tem um pedido de desculpa no olhar dele, juro que tem.

— Prazer. Sou a Alice, sua irmã. — O sorriso dela não titubeia nem por um segundo enquanto me responde, e também não me dá tempo para processar a informação antes de continuar. — E essa é a Joalin.

— Deixe eu adivinhar: mais uma irmã?

Joalin confirma e minhas mãos tremem. Na verdade elas coçam. Só não sei bem em quem vou bater primeiro, mas posso garantir que, se Heyoon não tirar as patinhas omissas de cima de mim e sair de perto tipo agora, vai ser nela.

— Legal, né?

Muito, muito distante de ser legal, pirralha esquisita!

Não acredito que me transformei na Cinderela! Ganhei de presente de Natal atrasado uma madrasta e duas irmãs. Tem como ficar pior? Claro que tem! Que perguntinha mais cretina. Sempre tem como ficar pior!

Noah aparece na sala e se detém imediatamente, me olhando de maneira muito estranha assim que repara na minha animada conversinha com as filhas da minha... minha... daquela mulherzinha. Sinto que ele quer me falar alguma coisa que sabe que não vou gostar. Conheço muito bem aquele olhar, e não gosto dele. Mas, antes que eu possa perguntar que merda o cretino fez, Alice abre um sorriso imenso, correndo ao seu encontro e pulando sobre seu corpo, para ser envolvida por suas mãos. Se isso não bastasse para me tirar do sério, a filha da puta dá um selinho nele, parando apenas para me encarar com superioridade e avaliar minha reação antes de enfiar a língua na boca surpresa e chocada dele.

Caçadora de estrelas - Adaptation NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora