Capítulo 2 | Minha Lolita

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Sr. Griffiths

Saio de casa agitado, sem conseguir acalmar meus pensamentos que voam de Cordélia para Fohre e para os meus planos que precisam acontecer logo, antes que algum filho da puta consiga passar a perna em mim.

Nesse jogo eu não poderia me dar ao luxo de me apaixonar, mas não consegui evitar e agora eles tem mais uma moeda de troca para usar contra mim: Cordélia. Não sei o que essa ninfeta fez comigo, mas, naquele momento, naquela primeira noite em que eu enfiei meu pau na boceta apertada de Cordélia e escutei aquele gemido delicioso sair dos lábios dela soube que eu tinha sido fraco, porque, porra, eu queria meter nela pelo resto da minha vida.

Entro no carro, a porta mal fechou e eu já dei partida. Foi uma noite longa e uma manhã ruim, para dizer o mínimo. Com Fohre vindo para Londres preciso manter Cordélia por perto, preciso buscar minha pequena. E acertar minhas contas com Drevon. Aquela besta doente vai se arrepender de ter tocado nela.

Conforme dirijo pelas ruas vazias de um dos bairros mais ricos de Londres minha mente viaja antecipando os próximos dias. É um fato que se eu não tivesse me apaixonado por Cordélia minha vida estaria três vezes mais fácil. Estaria como sempre esteve. Eu teria o controle de tudo, como sempre. No entanto, não consigo repensar minha vida sem ela. É intolerável.

Ligo o som para tentar focar minha mente. Bach soa, com seu característico piano melancólico e acolhedor. O som faz minha mente divagar ainda mais, porém de uma forma mais leve, embora intensa.

Eu não acreditava que tinha a capacidade de me apaixonar por alguém depois de uma vida inteira manchada por pecados e crimes - em grande parte cometidos contra mulheres. Assim como eu não esperava encontrar uma garota que trouxesse á tona esse sentimento que só esteve presente uma vez na minha vida. Mas, independente da idade, eu não mudaria nada em Cordélia.

Porra, eu não poderia querer nada diferente do rosto doce e leve dela que ainda carrega traços da adolescência, dos olhos vibrantes, vivos e curiosos que fazem um conjunto perfeito com o cabelo longo e ondulado que chega até a curva da bela bunda voluptuosa. E aquele corpo macio, dourado, delicioso e tão apertado. Sem falar naqueles seios redondos e pequenos sempre tão duros perto de mim...

Meu pau já está duro como pedra ao lembrar dela tão aberta e molhada embaixo de mim, delirando pelo que eu a faço sentir, mordendo os lábios e fazendo aquele som delicioso que faz quando está excitada.

Merda. Com a vontade que Cordélia me deixou depois daquele estúpido alarme soar eu não sei se vou raciocinar muito bem quando vê-la.

Fecho os olhos e me concentro. Posso pensar em Cordélia quando estiver entrando nela mais uma vez.

Um toque irritantemente alto carrega-me para fora dos meus pensamentos. Abaixo a música e atendo a chamada de vídeo. O rosto branco rosado da minha irmã caçula aparece. O cabelo preto e curto balança ao vento. Ela caminha por uma das colinas da nossa propriedade em Chianti.

- Por que está me ligando, Mab? - Digo em saudação. - Sabe que não podemos falar nada por aqui.

Em resposta, Mab dá uma leve risada e respira fundo.

- Sem sorte com a garota, eu imagino, dado a todo esse mal humor. - Ela sorri e eu tenho que respirar fundo para não desligar o celular. Mab não sabe quando parar de levar tudo na brincadeira. Quase não acredito que em meio a essa situação ela está realmente fazendo piadinhas.

- Mab, vá direto ao ponto. Não tenho tempo.

- Calminha... Te liguei porque é de fato importante. Uma reunião foi marcada na sede em Roma. Eles mantiveram essa reunião em segredo e eu não vou conseguir chegar a tempo. Acho que fizeram de propósito.

Com amor, Cordélia (Daddy!)Onde histórias criam vida. Descubra agora