Amor e Ódio

Capítulo 6

Enquanto Robert organizava suas roupas e pertences na mala, ele pensava na próxima visita que faria ao seu primo Garret, acompanhado por sua prima Clarice. Ambos eram conhecidos de Marion, embora a relação de Robert com ele fosse marcada por rivalidade.

Clarice, sua prima de primeiro grau, também conhecia Marion e Cintya. Elas eram amigas desde os tempos de escola, durante o ensino médio, e mantinham contato mesmo após o início do relacionamento entre Cintya e Marion.Enquanto dobrava suas camisas, Robert lembrava-se das vezes em que compartilhava momentos de amizade e competição com Marion..

Clarice, por sua vez, era uma testemunha dos altos e baixos do relacionamento de Marion e Cintya. Ela tinha uma perspectiva única sobre a história deles e sempre tentava apoiar ambos os lados. Enquanto fechava a mala e pegava as chaves do carro, Robert sabia que essa visita poderia trazer à tona lembranças e emoções complexas.

- Robert, você tem certeza de que quer voltar para casa e desenterrar coisas que foram enterradas por muito tempo? Você sabe que Garret é vizinho de Marion, você o odeia, você fica dizendo que ele roubou Cintya de você.

- Tenho certeza absoluta, a verdade precisa ser descoberta! Disse Robert enquanto arrumava suas roupas na mala.

Que verdade, Robert? Do que você está falando? Perguntou Clarice.

- Tenho certeza de que ele esteve envolvido na tentativa de assalto que matou Cintia!

- Que? Está enlouquecendo? Marion estava a quilômetros de distância do local do acidente.

- é tão boba, Clarice. Não houve acidente, foi apenas um encobrimento do crime.

- Você é louco, o que você está dizendo não faz sentido. Você quer voltar lá e causar uma bagunça enorme, isso é uma questão policial.

- Se for possível, vou para o inferno para encontrar o culpado e fazê-los pagar por tudo, disse Robert, terminando de arrumar a mala.

- Como saber se foi uma armação? O que você está tentando me dizer?

Roberto parou de arrumar as malas e pensou um pouco, depois disse:

- Eu não posso te dizer agora! Mas se eu puder provar o que suspeito, prepare-se para o final desta história, porque é realmente horrível! Foi um enredo, tenho certeza disso. Cintya foi assassinada, levou um tiro na cabeça!

- Roberto, isso não faz sentido!

- Tem sentido sim.

- Então me explique, estou preocupada! Disse Clarice.

- No dia do funeral, notei manchas de sangue na testa, que haviam coagulado. Tenho certeza de que ela foi baleada na nuca.

- Sim, eu me lembro disso, mas ela poderia ter sido baleada pelos ladrões que estavam atirando constantemente.

- Se isso tivesse acontecido, eles a teriam diagnosticado com morte encefálica, não com politraumatismos! Ele disse.

- Meu Deus, Roberto, isso faz sentido. Por que você acha que eles estão escondendo isso?

- É exatamente isso que estou procurando saber, acredito que falsificaram o laudo cadavérico.

- Mas quem faria tal coisa? Perguntou Clarice.

- Marion, ele foi o único que identificou o corpo dela e levou o laudo da autópsia de Cintya!

Ele fechou a mala e continuou:

- Marion está envolvida em sua morte.

Clarice começou a rir; ela não conseguia compreender o que Robert estava tentando dizer. Ela achou que ele era louco, pois não havia possibilidade de que Marion pudesse estar envolvida na morte de Cintya. Clarice conhecia bem Marion e o via como uma pessoa amável, carinhosa e gentil. Ela não conseguia imaginá-lo fazendo algo assim com alguém, especialmente com Cintya, a quem ele adorava. Não fazia sentido ele chorar a morte de alguém por meses se foi ele quem a matou.

- Você está sendo boba, Clarice. Os psicopatas agem exatamente assim. Marion está doente, e isso o torna suspeito. Ele teve decepções em seus relacionamentos românticos e ainda é afetado por eles até hoje! Disse Robert.

- O que você quer dizer, Robert? Perguntou Clarice.

- Quantas garotas ele já namorou, dizendo que as amava? Depois que eles se separaram, ele chorava por alguns dias, e então ele encontrava outra pessoa e declarava o amor de sua vida no dia seguinte!

- Faz sentido o que você está dizendo, mas você não pode acusá-lo sem provas! Ele ainda está lamentando profundamente a morte dela. Disse Clarice.

- Ele ainda está de luto porque ninguém apareceu para consolá-lo. Basta esperar até que alguém apareça, e você verá que indivíduo doente ele é!

Disse Robert.

- Isso é patético, não sei o que dizer.

- você ainda não ouviu o pior!

Disse Robert.

- Tem mais? Perguntou Clarice.

- Antônio está em uma clínica psiquiátrica, certo?

- Sim. Respondeu Clarice.

- Há algum tempo, ele dormiu com Cintya. Ela traiu Marion!

Disse Robert.

- Que? Agora você passou dos limites. Não quero mais ouvir.

Disse Clarice, já sobrecarregada.

- Será que ele descobriu que Cintya o traiu com seu próprio irmão? Disse Robert.

- De onde você tirou todas essas informações? Quem te disse?

- Vou provar a verdade. Você não sabe nada sobre este caso. Vi a Cíntia com o Antônio, e gravei tudo!

- Onde está este vídeo?

- Ele é armazenado no banco de dados de um banco. Vou provar na hora certa.

- Meu Deus!

Disse Clarice, incapaz de acreditar no que acabara de ouvir.

- Você vem comigo ou fica? A escolha é sua! Perguntou Robert.

- Quero ver de perto onde essa história vai parar.