Eduardo Ribeiro estava sentado ao volante de sua Tucson, o motor ronronando enquanto ele dirigia pela estrada escura e sinuosa que o levava em direção à delegacia. O cenário noturno era iluminado apenas pelos faróis do carro, lançando feixes de luz que cortavam a escuridão como lâminas afiadas. Uma tensão palpável pairava no ar, deixando Eduardo com os músculos tensos e alerta.
Enquanto ele seguia adiante, um carro misterioso emergiu das sombras, ganhando velocidade rapidamente e se aproximando perigosamente pela lateral. O brilho fraco da lua revelou o contorno do veículo invasor - uma silhueta sinistra que se movia com propósito implacável. Eduardo apertou o volante com força, sua intuição gritando que algo estava errado.
Antes que ele pudesse reagir, o carro desconhecido se aproximou, manobrando bruscamente para bloquear a passagem de Eduardo. Os pneus cantaram em protesto enquanto a Tucson foi forçada a frear violentamente. A colisão iminente foi evitada por uma fração de segundo, mas o suficiente para fazer o coração de Eduardo acelerar.
O silêncio tenso foi quebrado pelo estampido agudo de tiros, e o som de vidro estilhaçado ecoou pelo ar. Eduardo instintivamente se abaixou, buscando abrigo atrás do volante enquanto os projéteis zuniam perigosamente pela cabine. As balas perfuraram os vidros e a lataria, espalhando estilhaços e estalos metálicos por todos os lados.
A adrenalina inundou o sistema de Eduardo, dando-lhe a coragem para reagir. Com mãos trêmulas, ele acelerou bruscamente, tentando escapar da situação ameaçadora. No entanto, o carro ainda estava bloqueando parcialmente a estrada e, no calor do momento, Eduardo perdeu o controle da Tucson. O veículo deslizou, derrapando fora da estrada e colidindo violentamente contra um barranco coberto de vegetação densa.
A colisão foi uma explosão de som e sensações. A Tucson sacudiu com a força do impacto, o cheiro acre de borracha queimada e metal retorcido preenchendo o ar. Eduardo lutou para manter a consciência, sua visão embaçada e seus ouvidos zumbindo. Ele sentia a dor latejante em seu corpo e percebeu que estava ferido.
Enquanto a poeira assentava e a quietude se instalava novamente, Eduardo tentou reunir suas forças. Seu coração martelava no peito enquanto ele avaliava a situação. O carro desconhecido havia desaparecido, mas o perigo ainda estava presente. Ele estava sozinho, ferido e encurralado no meio da noite escura.
Com determinação, Eduardo lutou para sair do carro destroçado. O suspense pairava no ar enquanto ele examinava seus arredores, consciente de que seus agressores poderiam retornar a qualquer momento. Com cada movimento lento e doloroso, ele começou a se arrastar em direção à vegetação densa, usando-a como cobertura enquanto tentava chegar à segurança.
A noite estava repleta de incertezas e o desconhecido se escondia nas sombras. Eduardo Ribeiro estava agora em uma luta pela sobrevivência, com o passado e o presente se entrelaçando em uma dança perigosa de ação e suspense. Ele tentou fazer uma ligação, mas seu celular quebrou, ficou perdido sem poder pedir socorro, só esperando o dia amanhecer.
Parte 2
Caio estava ofegante, as mãos tremendo no volante enquanto dirigia pelas ruas escuras da cidade. O rosto estava tomado por uma mistura de raiva e ansiedade. Ele não conseguia acreditar que Eduardo Ribeiro tinha escapado de sua tentativa de assassinato. A adrenalina corria em suas veias, e o desejo de eliminar de uma vez por todas a ameaça que Eduardo representava queimava dentro dele.
Em um ato de desespero e pensamento rápido, Caio decidiu não voltar atrás para confirmar se Eduardo estava realmente morto. Ele precisava se afastar da cena o mais rápido possível.
Ao chegar perto da casa de Marion, Caio estacionou em uma rua lateral e ficou observando cautelosamente as casas ao redor. Seu olhar se fixou em uma casa em particular, a única com uma câmera de segurança posicionada de maneira estratégica, apontada diretamente para a residência de Marion. Um arrepio percorreu sua espinha enquanto ele imaginava as implicações dessa descoberta.
Determinado a eliminar qualquer evidência que pudesse conectá-lo à casa de Marion, Caio não hesitou. Com movimentos ágeis e furtivos, ele se aproximou da câmera de segurança, arrancando-a da parede com um estalo abafado. O suor escorria por sua testa enquanto ele se forçava a permanecer calmo e focado.
Sua pulsação martelava em seus ouvidos enquanto ele usava força bruta para arrombar a porta. Um estalo ecoou pela noite quando a trava cedeu, e ele entrou na casa escura.
A respiração acelerada ecoava no silêncio, cada passo ressoando como um eco de sua determinação. Caio revirou cada canto da casa, vasculhando freneticamente por qualquer sinal de prova incriminatória que pudesse ligá-lo a seus atos. Finalmente, ele encontrou um casal, aparentemente surpreendido pela intrusão repentina.
A arma em sua mão era uma ameaça latente, seus olhos brilhavam com a intensidade de sua determinação. Caio fez sua presença ser sentida, apontando a arma para o homem e forçando a mulher a se trancar no banheiro. O casal estava aterrorizado, sem saber o que estava acontecendo e por que estavam sendo alvos dessa violência.
Caio conduziu o homem através dos cômodos, exigindo que ele o levasse até o notebook que armazenava as imagens capturadas pela câmera de segurança. A voz de Caio estava fria e calculada, as palavras carregadas de um perigo iminente. Ele estava disposto a fazer qualquer coisa para proteger sua posição.
O homem, agora refém de circunstâncias aterrorizantes, obedeceu a Caio e o levou até o notebook. As mãos trêmulas digitaram a senha sob a mira da arma. O silêncio na sala era quase palpável, a tensão preenchendo cada centímetro de espaço. Caio finalmente conseguiu acesso às imagens que poderiam incriminá-lo.
Com as provas em mãos, Caio percebeu que tinha o poder nas mãos. Ele ameaçou o homem, deixando claro que qualquer colaboração com a polícia teria consequências terríveis para sua esposa. Com a promessa de violência pendendo sobre ele, o homem não teve escolha senão obedecer.
Caiosaiu da casa de Marion, o notbook em mãos e um sorriso sombrio de vitória emseus lábios. Ele sabia que agora tinha uma vantagem sobre qualquer um que seatrevesse a cruzar seu caminho. O suspense estava longe de acabar, e os eventosque se desdobrariam a partir desse ponto seriam carregados de ação e perigoiminente.
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Amor e Ódio
Mistério / SuspenseMarion é um professor dedicado enfrentando um desafio profissional único: ajudar Lycon, um de seus alunos, a superar o terrível bullying que sofria. Em meio a essa missão, ele se depara com uma surpresa inesperada: a mãe de Lycon é ninguém menos que...