Capítulo 18

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Após sair da sorveteria Doce Veneno, Marion caminha em direção à casa de seu pai. O cenário ao seu redor é composto por ruas movimentadas, com pessoas apressadas indo e vindo, carros passando e o barulho constante da cidade. No entanto, Marion parece estar em um estado de espírito diferente, imerso em suas próprias reflexões e memórias.

Enquanto dirige, ele não consegue evitar que lembranças de Cíntia continuam a surgir em sua mente. Ele revive momentos compartilhados com ela, lembrando-se de seu sorriso cativante, dos gestos delicados e das conversas cheias de cumplicidade. Essas memórias trazem uma sensação de alegria e um leve toque de tristeza, pois Marion sente falta daquela conexão especial que tiveram.

A mera menção de Maria em sua mente provoca um turbilhão de sentimentos dentro de Marion. Ele se lembra dos momentos de felicidade compartilhados com ela, das brincadeiras de infância e da intimidade que construíram juntos. Maria sempre teve a habilidade de mexer com Marion, despertando sentimentos intensos e contraditórios. Seus encontros eram marcados por uma mistura de paixão, ternura e um certo grau de turbulência emocional.

Essas experiências entrelaçadas criam um cenário interno rico em sentimentos, onde a doçura dos momentos vividos com Cíntia e a intensidade dos momentos compartilhados com Maria se misturam em um emaranhado emocional dentro do coração de Marion.

Marion finalmente chega à casa de seu pai após o percurso cheio de memórias e reflexões. Ao entrar, ele é recebido por uma cena familiar reconfortante. Seu pai está na sala, imerso em músicas internacionais que ecoam pelo ambiente, criando uma atmosfera relaxante. O som preenche o espaço, transportando Marion para uma sensação acolhedora e nostálgica.

Enquanto observa seu pai entretido com a música, Marion percebe o aroma delicioso que se espalha pela casa. O cheiro inconfundível da janta sendo preparada, ativa suas papilas gustativas e desperta seu apetite. A cozinha está iluminada, com seu pai concentrado em sua tarefa culinária, movendo-se com familiaridade entre panelas e ingredientes.

Marion se aproxima, e seu pai, ao notar sua presença, sorri calorosamente.

- Ah, meu filho! Que bom que você chegou. Estava te esperando. Venha, sente-se e relaxe um pouco. Estava curtindo essas músicas que me trazem lembranças tão boas.

Marion responde :

- Oi, pai. É bom estar aqui. Essas músicas realmente criam um clima agradável. Parece que voltamos no tempo.

- Exatamente, meu filho. Às vezes, a música tem esse poder de nos transportar para momentos especiais, não é mesmo? Ah, a janta está quase pronta, mas a sua mãe ainda não chegou. Imagino que esteja ocupada com suas coisas.

Marion assente, sentindo-se reconfortado pela atmosfera familiar que envolve a casa. Ele se acomoda em uma das cadeiras da sala, enquanto seu pai continua a cuidar da janta.

- Tenho certeza de que a sua mãe aparecerá em breve. Ela sempre encontra um jeito de fazer as coisas funcionarem. Como foi seu dia, pai? Alguma novidade?

Erick respondeu:

- Ah, meu dia foi tranquilo, filho. Nada de muito emocionante aconteceu. Apenas trabalhei, fiz algumas tarefas por aqui e agora estou aproveitando um pouco de música e cozinhando para a família. E o seu dia? Como foi?

Marion:

- Bem, papai. Eu trabalhei, passei na sorveteria, e tive algumas lembranças que mexeram comigo. Mas isso faz parte da vida, não é? Relembrar momentos, sentimentos... É inevitável.

Pai:

- Compreendo, meu filho. Às vezes, as memórias podem ser um pouco agridoces. Mas lembre-se de que elas nos ajudam a crescer e a valorizar ainda mais os momentos presentes. A vida é cheia de altos e baixos, e é assim que aprendemos a apreciar cada experiência.

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