A sala de estar é iluminada suavemente pela luz da televisão, que está sintonizada em um noticiário. Um sofá confortável ocupa o centro da sala, com três pessoas sentadas nele. Robert, um homem de meia-idade com expressão satisfeita, está ao lado de Clarice, uma mulher mais jovem, com um olhar pensativo. Garret, um amigo deles, está sentado do outro lado de Clarice. Na tela da televisão, a imagem de Marion, com expressão abatida, aparece ao lado das manchetes sobre a prisão por ser o principal suspeito nos assassinatos de sua esposa e do Dr. Pedro. O som da reportagem ecoa na sala.
Robert com um sorriso de satisfação:
- Finalmente, parece que a justiça foi feita. Olha só, Clarice, eles prenderam o Marion.
Clarice com um olhar sério:
- É verdade, Robert. Parece que todas as evidências finalmente se encaixaram. Foi um caso tão complicado, mas você sempre afirmou que a verdade viria à tona.
Garret inclinando-se para frente:
- Você estava certo Robert desde o início. Lembro-me de quando tudo isso começou, e você estava convencido de que algo não estava certo.
Robert acenando com a cabeça:
- É difícil acreditar que alguém possa esconder algo assim por tanto tempo. Mas aquele comportamento estranho do Marion sempre me deixou desconfiado. E a forma como o Dr. Pedro foi morto, isso simplesmente não tinha sentido.
Clarice olhando para a tela da TV:
-E apesar de que eu dizia que o Robert estava vendo coisas, não consigo imaginar como Marion sofreu com a morte de Cintia, sendo que ele mesmo a matou, mas uma coisa não entra na minha cabeça.
Robert olhando para ela pergunta:
- Como ele a matou, sendo que ela estava junto com Antônio, e Marion estava em casa? Me lembro muito bem do dia, Marion tinha me ligado, perguntando se eu sabia onde ela estava, e logo depois a policia chegou na casa dele relatando o que tinha acontecido.
Robert:
- Como você sabe disso?
Clarice:
- Eu estava indo na casa deles, quando no caminho ele me ligou, e cheguei quase na mesma hora da policia tinha chegado.
Robert:
- Não tenho resposta para essa pergunta, só sei que as evidências foram encontradas na casa dele, isso que importa não?
A reportagem na TV continua, mostrando imagens das cenas do crime e depoimentos das autoridades policiais.
Garret franzindo o cenho:
- É chocante, mas ele poderia ter mandado alguém fazer o serviço, mas quem seria? E se realmente fosse ele o mandante.
Robert:
- E por que você está dizendo isso?
Garret suspirando:
- Alguém muito próximo pode está tentando incrimina-lo.
Robert assustado pergunta:
- Mas que ideia é essa? De onde você tirou isso?
Garret apontando o dedo indicador para Clarice:
- O que Clarice disse faz sentindo, talvez Marion seja inocente, e Clarice seja a prova disso, e também Antônio, mas ele está morto.
Clarice:
- Preciso ir à policia, dar meu depoimento, isso não está batendo.
Robert:
- Você não vai a lugar nenhum, Deixei isso com a policia, ela resolverá.
Clarice:
- Não pense que você possa mandar em mim, quero que a justiça seja feita da maneira justa.
Robert:
- Isso pode ser perigoso, você vai está em sérios problemas.
Clarice:
- Por que você está dizendo isso? Sabe de alguma coisa?
Robert:
- Se alguém estiver tentando incriminar Marion, o verdadeiro culpado está por perto, você quer que ele ou eles venham atrás de você também?
Clarice:
- Não importa, Cintia era minha amiga, a justiça vai ser feita de maneira correta, e eu sou a única que pode provar isso, alguém está tramando contra Marion, alguém que o odeia, e quer vê-lo atrás das grades.
Parte 2
O cenário é sombrio e melancólico, o céu está nublado e o ar é pesado com tristeza. Caio e Rute estão parados na entrada da soverteria doce veneno após saírem do velório de Antônio, o irmão de Marion. A notícia que receberam deixou-os perplexos e abalados.
Caio com voz trêmula e olhos marejados:
- Não consigo acreditar, Rute. Isso não pode ser verdade... Marion... matar a Cintia? Não faz sentido... não faz sentido!
Rute com uma expressão de choque e preocupação:
- Eu sei, Caio. Eu sei como você se sente. Isso é simplesmente inacreditável. Marion... ele nunca faria isso, certo?
Caio chorando desesperadamente:
- Eu não consigo aceitar isso. Não posso acreditar que ele faria algo assim. Ele a amava, como pode?
Rute tentando ser reconfortante:
- Caio, eu entendo o que você está passando. Mas precisamos manter a calma. Pode haver um engano, uma explicação para tudo isso.
Caio irritado e confuso:
- Uma explicação? Rute, como você pode dizer isso? Eles estão dizendo na televisão que Marion é acusado disso, que há provas. Ele é um assassino?
Rute com voz firme:
- Eu sei que é difícil de acreditar, mas precisamos considerar que pode haver circunstâncias que não conhecemos. Marion não é esse tipo de pessoa. Ele não pode ter feito isso.
Caio com raiva:
-Marion nunca foi confiável, Rute! Sempre envolto em problemas, em segredos. Eu sabia que ele tinha suas falhas, mas... isso? Matar a minha Cintia?
Rute com convicção:
- Caio, escute-me. Não estou dizendo que ele nunca cometeu erros, mas isso é diferente. Isso é algo terrível demais para ser verdade. Vamos pensar no que sabemos dele.
Caio com tristeza e dor:
- Eu não sei mais o que pensar... tudo está tão confuso. Por que isso está acontecendo conosco?
Rute colocando a mão no ombro de Caio:
-Vamos encontrar respostas, Caio. Vamos investigar, conversar com Marion. Não vamos nos precipitar em julgamentos.
Nesse momento, Caio sai enfurecido e desolado do local, deixando Rute para trás, perplexa e preocupada com o que o futuro reserva para todos eles. O mistério e a tragédia pairam sobre eles, deixando-os em um estado de choque e confusão profunda.
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Amor e Ódio
Mystery / ThrillerMarion é um professor dedicado enfrentando um desafio profissional único: ajudar Lycon, um de seus alunos, a superar o terrível bullying que sofria. Em meio a essa missão, ele se depara com uma surpresa inesperada: a mãe de Lycon é ninguém menos que...