Capítulo 58

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Ele continuava a chutar a porta com força, até que seus estilhaços voaram e ela abriu, ele viu o rosto da Maria pálida e assustada como um animal ferido e sem saída.

- Agora você não me escapa, você vai se arrepender de ter jogado aquele vaso na minha direção.

- Me deixa em paz, você não cansa de fazer o mal não?

Disse ela fadigada.

Ele agarrou pelos cabelos e disse:

- chega de fazer perguntas, agora sente aqui.

Ele puxou uma cadeira que tinha quarto e mandou sentar, amarrou seus pés e suas mãos e ficou de frente com ela:

- Então, Maria, é esse o seu nome? Já pensou no seu belo corpo se deteriorando até virar cinzas?

As primeiras lágrimas correram do rosto dela demonstrando medo.

- Quero ver você sair dessa, o jogo está empatado, agora está dois a dois, saindo daqui, vou garantir a minha vitória sobre Marion. Eu iria por fogo nesse quarto, mas vou por fogo na casa toda, aqui a fumaça vai consumindo toda a casa e você vai morrer aos poucos...

Disse ele rindo e completou:

- não vejo a hora de ver a cara do Marion quando te ver toda queimadinha.

Ele saiu e a deixou, ela começou a gritar e pedir socorro.

Ele desceu as escadas e retornou à cozinha, buscando algo para incendiar a casa. Descendo até a garagem, examinou as ferramentas e uma bicicleta. Ao lado da bicicleta, encontrou um galão de gasolina. Agarrou o galão e dirigiu-se ao quarto.

- Socorro! Socorro! - Ela gritava e batia na porta.

- Não adianta, você não escapará! - Ele respondeu friamente.

Começou a derramar gasolina na porta do quarto e, em seguida, pelo resto do corredor até chegar às escadas. Pegou um fósforo, acendeu-o e o lançou ao chão. Parecia que o fósforo aceso caía em câmera lenta em direção à grande poça de gasolina espalhada pelo chão. O fogo se espalhava gradualmente, alcançando os degraus superiores da casa. Maria sentiu o cheiro da fumaça invadindo por baixo das portas e começou a gritar ainda mais alto.

Marion chegou à casa de sua mãe e, logo em seguida, notou um movimento estranho. De longe, avistou Maria através da janela do quarto no andar de cima. Sem hesitar, correu em direção à entrada da casa, sentindo um certo alívio por ter chegado a tempo.

Com um chute poderoso, forçou a porta da cozinha, adentrando rapidamente, e seguiu em direção à sala para alcançar os quartos superiores. No entanto, sua progressão foi abruptamente interrompida quando se deparou com Caio, que já estava em fuga.

- Olha Clark, não me diga que você é o Herói?

Disse ele zombando de Marion.

- Herói não. Vim aqui para te matar com minhas próprias mãos, imprestável.

- Olha só, quer virar um assassino de verdade, você acha mesmo que vai conseguir me matar? Você não vai conseguir fazer isso, escute, escute, sua namoradinha está gritando, está gritando... até você passar por mim, ela já vai está toda queimada, o fogo vai demorar ela rapidinho.

- Isso não vai acontecer.

- Terá que passar por cima de mim.

Ele avançou com uma velocidade assustadora em direção a Marion. Um soco rápido atingiu o rosto de Marion, fazendo-o cambalear para trás. Caio, ágil como uma fera, se reergueu imediatamente e agarrou o pescoço de Marion com força. Marion reagiu da mesma forma, e os dois se envolveram em uma luta desesperada, tentando estrangular um ao outro.

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