Amor e Ódio

Capítulo 36

O escritório de Tony estava mergulhado em penumbra, com as cortinas semiabertas deixando passar um feixe de luz crepuscular. Tony, sentado atrás de sua escrivaninha, fitava o retrato do falecido doutor Pedro, seu amigo de longa data. Seus olhos estavam fixos no quadro, mas sua mente estava inquieta, repleta de pensamentos sombrios sobre o crime que havia chocado a cidade. Ele se perguntava como alguém poderia ser tão cruel a ponto de tirar a vida de um homem tão respeitado.

Nesse momento, o telefone em sua mesa começou a tocar. Tony piscou algumas vezes e pegou o aparelho, seu coração acelerando um pouco. A ligação era de um número desconhecido. Ele hesitou por um momento antes de atender.

Dentro do escritório, a voz do médico legista ecoou pelo alto-falante do telefone, relatando os detalhes do laudo cadavérico de Cintia. Tony ouviu atentamente, seus dedos apertando a borda do telefone enquanto as informações eram transmitidas. Quando o médico legista confirmou que a causa da morte de Cintia fora um perfuramento que resultou em morte encefálica, um calafrio percorreu a espinha de Tony.

Médico Legista:

- ...e com base nas análises, podemos afirmar que Cintia faleceu devido a morte encefálica causada por um perfuramento.

Tony (voz tensa):

-Obrigado pelo relatório, doutor. É uma notícia perturbadora.

Após desligar o telefone, Tony rapidamente discou o número de André, seu agente. Poucos minutos depois, a porta do escritório se abriu, e André entrou, uma expressão preocupada no rosto.

André:

- Tony, você me ligou com urgência. O que está acontecendo?

Tony (com voz séria):

- Recebi o laudo cadavérico de Cintia. Ela morreu de morte encefálica causada por um perfuramento.

André (franzindo o cenho): Isso é terrível. Então Marion realmente mentiu sobre a morte dela.

Tony:

- Sim ele disse que Cintia morreu em um acidente de carro, mas isso não bate com o laudo.

André (cruzando os braços):

- Por que você acha que ele mentiu sobre a morte de Cintia?

Tony:

- Não faço ideia, mas agora precisamos ligar os fatos, Como Marion mentiu sobre a morte de Cintia, talvez seja ele mesmo o assassino, e como Pedro Sabia da verdade, ele matou Pedro.

Tony assentiu, a gravidade da situação pesando sobre ele. Juntos, eles estavam prestes a mergulhar em um mistério ainda mais profundo, onde as sombras ocultas poderiam revelar uma verdade chocante sobre a morte de Cintia e sua possível ligação com o crime que vitimou o doutor Pedro.

André:

- Acho que esse laudo cadavérico foi a fator chave, não teria por que Marion esconder o assassino, se não for ele mesmo.

Tony:

- Quero que hoje mesmo você vá na casa de Marion, traga-o aqui para prestar esclarecimento.

Parte 2

O sol da manhã filtrava suavemente através das cortinas, lançando uma luz dourada sobre o quarto de Marion enquanto ele acordava. Ele espreguiçou e bocejou antes de se levantar da cama. Vestindo uma camiseta e jeans, ele desceu as escadas até a cozinha. O aroma do café fresco o saudou, e ele preparou uma xícara, sentindo o calor reconfortante em suas mãos.