Capítulo 34

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A delegacia estava agitada naquele dia. André entrou apressado pelas portas de vidro e seguiu diretamente para a sala do delegado Tony. Com uma expressão séria e empolgada, ele empurrou a porta e encontrou Tony sentado em sua mesa, olhando alguns documentos.

André: (ofegante)

-Tony, eu consegui! Consegui as imagens que tanto precisávamos!

Tony: (surpreso)

- André, isso é ótimo! Mostre-me as imagens.

André rapidamente conectou seu celular ao computador de Tony e exibiu as imagens em alta definição. Nas imagens, era possível ver Marion entregando uma mochila para Pedro em uma rua pouco movimentada.

Tony: (analisa as imagens)

- Isso é realmente importante. Mas o que você acha que tem dentro daquela mochila?

André: (pensativo)

- Eu não tenho certeza, mas estou desconfiando que possa ser dinheiro. Muito dinheiro, aliás. E essa quantia pode ter relação com a morte de Cintia.

Tony: (franzindo a testa)

- Isso é uma séria acusação, André. Precisamos ter cautela e analisar todas as provas antes de fazer qualquer acusação.

André: (nervoso)

- Eu sei, Tony, mas eu estive investigando a fundo o caso da morte de Cintia, e as peças estão se encaixando. Se esse dinheiro estiver relacionado com a morte dela, pode ser a chave para desvendar o verdadeiro assassino de Pedro.

Tony: (ponderando)

- Você pode estar certo, mas não podemos agir precipitadamente. Já liberamos a exumação do corpo de Cintia, mas ainda temos que esperar os resultados da perícia. Precisamos de provas concretas para convocar Marion para depor.

André: (respira fundo)

- Tudo bem, eu entendo. Mas não podemos perder tempo. Vamos trabalhar juntos para descobrir a verdade.

Tony: (firme)

- Concordo, André. Vamos manter tudo em sigilo até termos todas as informações necessárias. Não podemos deixar que nada vaze para não atrapalhar a investigação.

André assentiu, compreendendo a gravidade da situação. Os dois policiais se olharam determinados, sabendo que estavam prestes a mergulhar em uma investigação complexa e perigosa. A verdade sobre a morte de Cintia estava prestes a ser revelada, e ambos estavam dispostos a fazer o que fosse preciso para encontrar justiça.

Parte 2

O ambiente na delegacia estava calmo após a saída de André. Tony, inquieto com as novas descobertas, caminhou até sua mesa e pegou o telefone. Com um olhar pensativo, discou um número que já tinha memorizado. Após alguns toques, uma voz rouca e enigmática atendeu do outro lado da linha.


Tony: (voz séria)

- Alô, sou eu.

Voz Misteriosa: (sussurrando):

- Ah, Tony, eu sabia que você entraria em contato. Aconteceu algo interessante?

Tony: (inquieto):

- Sim, André trouxe as imagens que estavam faltando. Marion entregando a mochila para Pedro. O que você tem a dizer sobre isso?

Voz Misteriosa: (pausando)

- Ah, sim, esse é um capítulo importante da história. Mas não se preocupe, tudo será resolvido em breve, depois de tantos anos.

Tony: (desconfiado)

- Não me sinto confortável com isso. Essa não é a verdade, e você sabe muito bem disso.

Voz Misteriosa: (riso sinistro)

- É interessante como a verdade pode ser tão relativa, Tony. Você também sabe que nem sempre as coisas são como parecem ser.

Tony: (franzindo a testa)

- O que você quer dizer com isso? Por que você fez isso com Pedro?

Voz Misteriosa: (calma)

- Ah, Tony, depois do nosso encontro logo após o sepultamento de Cintia, Lembra? Eu sabia que esse momento chegaria. A morte de Pedro era essencial para a minha trama, para finalmente colocar um ponto final nessa história.

Tony: (assustado)

- Mas isso é insano! Você não pode simplesmente tirar a vida de alguém assim!

Voz Misteriosa: (irônica)

-Eu não ligo para sua opnião Tony. Eu só estava seguindo o que precisava ser feito para alcançar meus objetivos.

Tony: (irritado)

- Seus objetivos? Isso é loucura! Você acabou com a vida de duas pessoas inocentes!

Voz Misteriosa: (rindo)

- Inocentes? Ah, Tony, a vida nem sempre é justa. Agora, tudo está prestes a ser resolvido, e não há mais nada que você possa fazer. Cintia está morta, eu fui o culpado pela sua morte, foi da minha arma que saiu a bala que matou ela, preciso enterrar essa história de vez, e durante todo esse tempo você soube da verdade.

Tony ficou tremulo:

- Eu Deveria te ter jogado na Cadeia isso sim.

A voz misteriosa sorriu:

- Você estava envolvido, se eu fosse preso, você jogaria sua carreira no lixo, não se esqueça, não tem como dar errado, Marion vai morrer na cadeia, eu sempre odiei Marion, era ele que deveria ter morrido naquela noite, não minha Cintia, infelizmente era o irmão dele que estava naquele carro junto com Cintia, não ele, eu vou terminar o que é preciso, de qualquer forma, foi culpa do Marion que aquela noite aconteceu.

Tony ficou em silêncio, processando todas as informações. A voz misteriosa na outra extremidade da linha parecia confiante e implacável. O mistério em torno das mortes de Pedro e Cintia parecia se aprofundar ainda mais, e Tony estava determinado a encontrar respostas, mesmo que tivesse que enfrentar forças desconhecidas e perigosas. A batalha pela verdade estava apenas começando.

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