capítulo 13

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Conciliar trabalho e a faculdade, tem dado trabalho, e ando cansada, mas nunca reclamaria disso, a parte mais complicada, com certeza é evitar Otto, imaginei que daria trabalho, ele tem problema de ouvir a palavra, não.

— Jane, você leu a proposta do hotel do Paraná? _ Oliver entra na minha sala sem bater, talvez ele fizesse isso com Judite, mas ela nem está mais aqui

— Isso ai, é uma porta, é de costume, bater antes de entrar _ ele faz careta e ignora o que eu disse, ainda aguarda minha resposta, reviro os olhos

— Eu li, vale a pena conferir, se o lucro for mesmo o que eles estimaram, é um investimento sem riscos financeiros _ ele sorriu, e se sentou na cadeira a minha frente

— Quem diria, é uma pena você querer se advogada _ dei de ombros

— Pena é de quem for me encontrar no tribunal _ ele assentiu se divertindo, e essa é a primeira vez que conversamos de algo pessoal, desde o elevador

— Como você está? Meu primo pode ser um cara intenso _ apertei os olhos, e analisei suas palavras;

— Gostaria de ter essa informação antes de ter me relacionado com ele _ um estrondo e a porta da minha sala é aberta

— Então é isso, você está rodeando minha namorada Oliver, qual é o seu problema, você tem namorada

_Oliver, que já estava de pé, encarou o primo que estava com cara de maluco, parecia que a qualquer momento pularia no pescoço dele.

— Otto, para com as bizarrices, que namorada? Aqui sou a secretaria executiva, me respeite e saia daqui!

_ele olhou para mim e avançou, Oliver entrou na frente, eu assustei com a reação dele

— Otto, vamos cara, só estávamos fazendo o nosso trabalho _ Otto saiu, mas não antes me encarar, e os olhos que me olhavam com carinho e ternura, continham raiva e ódio

— O que foi que aconteceu aqui? _digo a mim mesma depois que a porta se fecha

precisei de um tempo para me acalmar e tirar o acontecimento da cabeça, Otto pirou, só pode, de implorar para até mesmo me casar com ele, a quase agressão, é um salto muito grande

o final de expediente chegou, juntei minhas coisas para ir para a faculdade, tenho que ir direto, é bom que fico um tempo na biblioteca estudando antes de começar realmente a aula

sai da minha sala e segui em direção ao elevador, entrei assim que abriu, esperei que a porta se fechasse e quando deu sinal, ouvi a voz de Oliver, e Otto entrou me empurrando contra a parede gelada do elevador

— O que está fazendo? _ questionei quando ele apertou o botão de parada total do elevador

— Você vai me ouvir_ ele segurou meus pulsos e aproximou seu rosto junto ao meu

— Eu te amo, você vai voltar comigo_ ele praticamente afirmou

— Eu não te amo, Otto, você é um cara legal, vai conhecer alguém que te ame _ esse alguém estará no hospício, não acredito que estou passando por isso _ ele forço sua boca na minha, e beijou minha boca, eu o empurrei

— Está louco, pare com isso, eu não vou ficar com você, nem que fosse o único homem na face da terra

_o empurrei e ele soltou meus pulsos, eu avancei tentando alcançar o botão, e ele acertou um tapa em meu rosto, que me jogou contra o espelho lateral 

— Me desculpa, amor, eu jamais faria nada assim com você.

ele tentou tocar em meu rosto, mas retesei, desgraçado. O elevador começou a andar, mesmo sem apertar o botão.

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora