Capítulo 49

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Oliver Zahar

É tão bom ver seu sorriso, ela parece feliz. Está leve na pista de dança, sensual pra caralho, sua bunda nesse vestido colado ao seu corpo, desenha perfeitamente suas lindas curvas.

- Como ela tem coragem de estar no meio da nossa família, depois de ser o motivo de Otto ter morrido? _ uma sobrinha distante de vovô, disse a sei lá quem era seu acompanhante. Eles estavam dançando ao nosso lado, e graças a Deus, Jane não ouviu.

Me virei no mesmo estante, e a encarei, enquanto Jane estava de costas para mim.

- Espero que engula cada palavra, e não vomite elas nunca mais! _ ela arregalou os olhos e segurou seu parceiro e o arrastou para longe.

Jane estava com seus braços se enroscando em meu pescoço, não bebeu um gole de álcool hoje, percebi, mas está em êxtase. A alegria lhe cai muito bem.

Não quero que nada e ninguém tire isso dela.

- Que acha de encontrarmos um canto escuro? _ disse em meu ouvido. Suas palavras atingiram direto a cabeça do meu pau, minhas bolas ganharam vida própria, ansiando pelo toque de suas mãos.

- Não diga coisas assim, não em público, como ando de pau duro no meio desse monte e gente? _ disse e ela segurando em meu pescoço jogou a cabeça para trás e riu, seus lábios com esse batom vermelho, parece um convite, tanto para eu morder quanto para mergulhar meu pau.

- Pense em velhinhas, em filhotinhos, pense em bebês! _ disse tentando me ajudar, se acabando de rir. Ela disse bebês, e eu só consigo pensar em fazer bebês, com ela.

- Vou sair primeiro, me encontre la fora, sou a de preto! _ disse e saiu rebolando aquela obra de arte para a saída. Fiquei como um idiota olhando ela sair.

- Não é por nada não, mas irmão, acho que devia ir atrás daquele avião, antes que decole! _ Pedro, que estava dançando todo agarradinho com sua noiva sorridente, me deu uma acotovelada.

Sai apressado, atrás do meu monumento, onde estava com a cabeça quando a deixei sair sozinha?

Ela estava encostada no meu jipe, a noite está fresca, o vento do mar a nossa frente nos proporciona isso, não se vê estrelas, é uma noite de previsão de chuva, mas com promessa de sol pela manhã.

- OI, que acha de uma volta na praia? _ a convidei, e ela sorriu já tirando o salto e assentindo. Tirei meus sapatos e dobrei a barra da calça, e os deixei no carro, com seus saltos.

A peguei no colo, e ela se assustou, e deu um de seus famosos gritinhos de deixar qualquer um surdo, e riu. Eu não queria que ela machucasse os pés.

Saí do estacionamento direto para areia, a desci na areia e segurei sua mão e nos afastamos do salão a beira da praia. Apenas andamos por um bom tempo, eu adoro o silêncio com ela, é bom demais.

- Adoro seu irmão, bom, enquanto ele estiver fazendo Rachel e Arthur feliz. _ disse me fazendo rir. Com ela, é assim, eu amo tudo nela. Mas, sempre um passo a frente, dois para trás.

- Rachel fez algo que eu não esperava, derreteu um coração de gelo. Ele só queria saber de medicina, ele usava as mulheres, nunca mais que uma vez.

_ Gamou no primeiro beijo da morena, meu irmão ficou louco pela Rachel, no primeiro beijo, e eu na primeira vez que Jane brigou comigo, nunca ninguém me peitou como ela.

- E você? _ Parecia ler meus pensamentos, deve ser uma bruxa mesmo.

- Eu o quê? _ me fiz de desentendido, não posso dar meu braço a torcer tão fácil assim. Com ela preciso ir com calma.

- Já se apaixonou?

Jane Browm

Será? Ele parece o tipo, talvez tenha sofrido alguma desilusão amorosa, foi traído ou... Ah! Não, ela tenha morrido! Eu não devia ter me metido nisso, não devia ter perguntado, se ele quisesse que eu soubesse, ele teria dito.

- Não me lembro. No meu mundo, é tudo muito superficial, nunca conheci ninguém que desse para molhar além da sola dos pés. _ confessou, e não vi nenhuma exitação em suas palavras.

- Não até conhecer você.

_ tenho certeza que se não estivesse muito escuro, e só tivéssemos as luzes do calçadão, na orla. Ele veria meu rosto todo vermelho, como se tivesse ganhado uns tapas no rosto.

- Bo, bo, bom, eu só, só, só, sou eu mesma. _gaguejei como uma idiota.

- Pela primeira vez, te deixei sem palavras. _ me encarou sorrindo, e a baixa iluminação não deixaria que a lembrança de seu perfeito sorriso sumisse da minha mente.

- Tem a primeira vez para tudo.
_ ele me pegou no colo e eu gritei e ri, acompanhada por ele. Que entrava mar adentro.

- Oliver, pelo amor de Deus, não me molhe, eu vou te matar! _ ele já estava com água quase na cintura, e me erguia, para as ondas não me molhar.

- O que ganho com isso? _ me perguntou, em tom de ameaça, rindo.

- O que você quer? _ perguntei séria, olhando em seus olhos, bem de pertinho, sentindo sua respiração em meu rosto, e meu coração batendo cada vez mais forte.

- Seja minha, por inteiro. Seja minha namorada. É isso que quero, quero você! _ disse, e eu o beijei. Agarrei com tudo o que tenho. A chuva começou a cair e, não nos importamos, ainda em seu colo, agora as ondas já me molhavam.

- É melhor sairmos daqui _ disse com o rosto a centímetros do meu e ele andou, sem me soltar, para a areia.

Voltamos para o estacionamento, e o som da festa lá dentro continua a todo vapor, mas não estamos nenhum pouco interessados nela agora, agora quero estar longe daqui.

Entramos no novo carro de Oliver, o que ele disse ser mais seguro, mas não me lembro muito sobre o assunto.

Mas me lembro quando ele diz sobre a comida que ele gosta, que é japonesa, e que sempre come, quando não estamos juntos.

Sua cor favorita é cinza, mas fica lindo mesmo é com a cor azul, que destaca seus olhos brilhantes.

Enquanto ele dirigia entre as ruas chuvosas do Rio, ouvíamos umas músicas no aleatório do meu celular.

Meu Deus, eu amo Oliver, eu o amo! Deus me ajude, não o deixe me magoar, não sobreviveria a mais uma rachadura em meu coração.

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora