Capítulo 5

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Rachel acabou me convencendo, a um final de semana com os mauricinhos. Droga, o pior é que os irmãos irão estar lá, menos Samuel que estuda no exterior.

Otto me manda mensagens que não faço questão de responder.

Ele pensa o que, meu namorado?

— Estou falando com você, terminou a sua mala? _ Rachel diz toda estressada, ela está uma pilha de nervos, ela acha que Pedro pedirá ela em namoro.

Só sei que se ele magoar minha amiga, perderei meu emprego.

— Já terminei, para com isso, você não vai se casar hoje, e juro que se ele te zua, eu arrebento aquela carinha linda dele _ ela sorri e me abraça

— Te amo minha irmã_ eu retribuo o abraço, e escutamos conversa na porta, a voz de Pedro e Otto, os primos riquinhos e gatos, eu que não me iludo, Pedro pode até não ser como imaginei, mas Otto, ele tem algo que não encaixa

A campainha toca, é esperamos eles tocarem, Rachel ficou ouvindo a conversa deles, geralmente eu faria isso, mas imagino que eles estavam discutindo algo que no momento não teria peso algum.

— Meninas e Arthur, estão prontos? _ Pedro está levemente vermelho, ele realmente parece ser um dos bonzinhos, realmente espero não estar enganada com ele.

— Jane, quer ajuda com a sua mala? _ Otto diz com aquele sorriso grande na boca

— Não, obrigada _ digo subindo as escadas e entrando em meu quarto para buscar minhas coisas, me assustei quando o vi passando pela porta de meu quarto

— Você consegue aceitar ajuda? Eu só quero te conhecer, mas é difícil, não me dá uma brecha _ ele diz fechando a porta do meu quarto após entrar _ eu respirei fundo

— Tá tudo bem, pode me ajudar Otto, obrigada _ ele sorri e se aproxima, segura em minha mão com a mão esquerda e passa a mão direita em meu rosto

— Você é linda, teimosa e eu quero muito te beijar, podemos ir devagar, como você quer 

_ eu respiro fundo, hesito um pouco, mas o máximo que pode acontecer é um sexo talvez bem feito e um pé na minha bunda, não abrirei meu coração, e se não der uma chance para mim, nunca descobrirei a real intensão do cara, e Rachel vai me matar.

Fecho os olhos e o deixo me beijar, e é bom, mas tem algo que não encaixa

— Nossa, você é perfeita _ separamos nossos lábios e eu encaro seus olhos, e ele sorri

— Vamos indo, não quero atrasar ninguém _ digo me virando de costas para ele e pego meu celular

— Claro, vamos _ ele pega minha pequena mala e eu minha bolsa, desço a escada atrás dele, observo o olhar de seu primo para ele, uma incógnita, será que está bancando o cunhado superprotetor?

Fomos de carro até o aeroporto de carro, se eu tenho medo andar de carro imagina de jatinho, isso não é para mim.

Fiquei a semana toda tentando me concentrar em não surtar, mas agora olhando esse pequeno avião

— Tia, eu estou com medo _ Arthur diz segurando em minha mão, sua pequena mãozinha estava mais fria o que a minha

— Eu vou te contar um segredo, eu também _ digo assim que me abaixo

— E como faz para passar o medo? _ ele diz com seus olhinhos azuis brilhantes

— Vamos fingir que não temos medo, até ser verdade _ ele dá um meio sorriso e assente _ ele vai até a mãe e segura sua mão

— Se quiser, pode segurar minha mão _ Otto diz e estende a mão para mim, segurei e entramos todos no teco, teco.

Mentira, é um jatinho de luxo _ não demorou para decolar e meu coração bater mais rápido do que jamais bateu em minha vida

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora