Capítulo 2

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- Ela veio, e aí está a gata _ Lucas quase grita

- É, eu vim, o que estão bebendo? _ pergunto a Rachel e a Mari que estão com uns copos com líquido colorido

- Os gatinhos da mesa do lado mandaram o garçom entregar, é um coquetel de morango _ Mari leva a taça bonita a boca e olha para a mesa, eu olho na mesma direção

- Gêmeos? Danadinhas hein _ Rachel me passa a taça, eu inalo o odor fresco.

- Prova, é uma delícia _ eu levo aos lábios, e o sabor é ótimo, bem docinho

- O lugar é legal _ e é um pouco próximo ao hotel, a música não é tão alta que nos obrigue a berrar um com o outro

- É tranquilo, que acha de dançarmos um pouco?

_ Mari diz, e olho ao redor, há algumas pessoas dançando na pista de dança mais ao fundo, talvez eu deva, Rachel me olha e vejo cintilando uma expectativa nos olhos castanhos dela

- Claro, vamos

_ nos levantamos e fomos os quatro para a pista, começamos a dançar e os gêmeos que mandaram bebidas para elas, se juntaram a nós e eles começaram a dançar, e céus teve momentos em que Mari e um deles pareciam um só,

Rachel e o outro irmão, já estavam em um ritmo totalmente diferente, mais calmo, eles conversavam, e eu?

Sinto que não deveria estar aqui, não faz sentido ficar me balançando na pista de dança, uma repentina agonia começa surgir em meu peito

- O que foi? _ Lucas me pergunta, e não sei o que responder

- Nada, eu vou ao banheiro _ fugi o mais rápido que consegui, entrei em uma cabine, me encostei na porta e me forcei a respirar mais calmamente, já estava hiperventilando, mais uma crise, droga.

Alguns minutos, que passaram bem lentamente para mim, e eu já estava me sentindo melhor, sai do banheiro molhei a nuca um pouquinho e voltei a mesa, que agora estava mais cheia

- Jane, conheça nossos novos amigos Samuel e Pedro _ Mari diz assim que me sento, olho para os rostos idênticos dos irmãos gêmeos

- Olá, Jane _diz o irmão que está agora com a mão da cadeira de Mari, não sei qual deles

Sorrio para ambos, e me viro para Rachel e aproximo minha boca de seu ouvido

- Eu acho que vou para casa, você pode ficar, eu olho o Art. _ digo bem baixinho.

Ela aperta os lábios, e olha para trás de mim, eu me viro e meus olhos vão de encontro com os dele, o neto do senhor Zahar, Oliver, com um rapaz junto dele

- Boa noite a todos, Samuel e Pedro, vovô sentiu falta de vocês no jantar _ o rapaz de olhos azuis junto dele diz. Ele olha para todos e volta os olhos para mim

- Oi, de novo Jane _ coloco um sorriso fingido em meus lábios

- Oi. _ não sei o que dizer

- Já se conheciam? _ Rachel me encara com aqueles olhos enormes

- A conheci na praça, ela é a heroína da Karen _ disse ele em um tom que parecia, um tanto debochado

- Eu não precisaria ser a heroína, como você diz, se alguém tivesse cuidando de verdade da garotinha _ quando vi saiu, eu e minha boca grande, ele me encarou com o maxilar trincado

- A gata tem as garras afiadas, muito prazer, sou Otto primo desses abobalhados, mas pode ter certeza que eu sou mais legal _ me estende a mão e sorri todo galante, eu pego e já me coloco em pé

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora