Capítulo 47

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Os dias vão passando rápido, o senhor Zahar tem aparecido mais vezes na empresa, e ainda leva a Karen em algumas visitas.

Sai mais cedo hoje, resolvi pegar um café na cafeteria da empresa, um expresso para Oliver e um cappuccino italiano para mim. Estou na fila e tem apenas dois funcionários à minha frente.

— Bom dia, sumida _ Luciana engancha o braço no meu, e eu sorrio para minha amiga

— Bom dia, que tem feito de bom? _ pergunta para mim, e sorrio

— Malhando muito, a ideia da academia aqui foi perfeita. _ respondo ela que me encarou com estranheza

— Que horas você vai? Eu e a Dani vamos depois do expediente. _ não posso dizer que Oliver e eu temos malhado juntos, só nós dois antes de todo mundo, antes de amanhecer estamos aqui suados essa semana.

A musculação tem feito maravilhas para meus nervos, e me sentir cansada e com dores musculares é bom demais.

— Às vezes na hora do almoço, às vezes entre uma reunião ou outra. _ as palavras saem meio atropeladas

— Pensei que tivesse desistido. Que bom que tem ido... Essa academia aqui é perfeita. Se tiver algum assédio, é justa causa, então não tem perigo.

_ diz um pouco alto e os dois na minha frente se viram para olhar para nós.

Concordei balançando a cabeça, e me aproximando da bancada de frutas.

— O que deu em você? Vai comer kiwi e mamão? _ me olhou espantada assim que servi minha bandeja, com os dois expressos. Culpa do Oliver, que me fez experimentar, e eu adorei.

— Estou tentando ser fitness aqui. _ digo brincando enquanto fecho os potinhos de transporte.

— Que orgulho, o que acha da gente sair amanhã, vamos beber e dançar. Um sextou completo, faz tempo que não fazemos nada.

_ a culpa me atinge, e tenho certeza que essa era sua intenção. Assenti e ela deu uns pulinhos, como se tivesse ganhado um doce.

— Então vou falar com a Dani, e tudo certo. _ me deu um beijo e saiu mais rápido que chegou. Uma amiga doida, é isso que eu tenho.

Subi de elevador, mais dois senhores, que me cumprimentaram com um menear de cabeça. Conversavam entre eles. Mas o que me chamou a atenção, foi o nome de Rodrigo surgir entre eles.

— Ele é tão jovem e já divorciado, nem sabia que ele tinha um filho, o garoto tem cinco anos. _ esperei quieta e de cabeça baixa.

— A Ex dele é também uma advogada excelente, se conheceram ainda na faculdade, ela trabalha no direito trabalhista. _ não tive contato com mais ninguém da época, em que estávamos na faculdade, então nem imagino quem seja.

As portas se abrem e eles descem no quinto andar, e eu fico até o meu.

Dani não está em sua mesa, então me aproximei da porta e bati, como ele devia fazer, civilizadamente. Ouço um entre com a sua voz máscula dele e entro.

Abro a porta e entro e o observo assim que fecho a porta, ele está com o que penso ser um documento, que analisa com total atenção.

— Está ocupado, eu volto depois. _ ele solta o papel rapidamente e se levanta, quase que num impulso rápido que eu o compararia com o flash, se aproxima de mim, tomando a bandeja de transporte das minhas mãos e a coloca na mesa do seu mini bar.

— Nunca vou estar ocupado o suficiente para você. _ me abraçou e tomou minha boca num beijo faminto, como se não estivéssemos amanhecidos juntos na casa dele essa manhã.

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora