Capítulo 15

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- Olá, está encantadora está noite, Jane, o vestido te deixou apresentável, até parece uma de nós _Megan como sempre afiada, minha deusa não suporta essa plastificada

- Obrigada, seu vestido também não é ruim

_ devolvi o "elogio", ela segurava uma taça de champanhe, Oliver que estava com o avô a alguns passos de nós, passou os olhos em nossa direção, e pareceu assustado quando nos viu juntas, olhou rapidamente de novo, e em segundos estava ao lado da Barbie

- Olha querido, Jane está bem vestida, não é, nem parece a camareira _ele se empertigou e pareceu, talvez, um tanto incomodado com o comentário de sua namorada, que está corada, deve estar bêbada, encheu a cara de champanhe caro

- Oi, sim, Jane Browm, está belíssima, e você vem comigo _ ele mexeu a boca em um pedido de desculpa, não me senti ofendida, em nenhum momento, mesmo sendo esse o objetivo da Barbie. Tomava mais um gole de champanhe quando um homem muito alto se colocou ao meu lado.

- Olá, se eu não te conheço, deve ser nova por aqui _ disse, agitando o gelo no seu copo de whisky

- Acertou, sou Jane Browm _ele apertou minha mão

- Secretária executiva, é mais bonita do que me disseram _ disse e me deixou sem jeito, minha deusa não é tímida, por que isso agora?

- Thomas, vai com calma, ela não é como, bom, você sabe quem

_ Danielle nos interrompe, não entendi nada

- Jane, já provou os canapés de palmito? _ nossa relação é um tanto complicada, um dia ela me ama, no outro me odeia, e no outro também

- Jane, eu não mordo, só se me pedir _ entendi, o moreno gigantão, é um galinha. Não faz meu tipo, se eu tiver.

- Vocês, com licença _ me retirei, pois hoje não posso abrir minha boca mais do que o necessário, vou até a mesa do bufê, preciso me divertir um pouco, em uma festa chata, qual seria a melhor maneira? Comendo.

- Desculpe Megan, ela bebeu um pouco além do limite _ Oliver chegou que nem vi, ao meu lado, enquanto eu enfiava na boca, dois canapés ao mesmo tempo

_ele estava sorrindo, enquanto eu quase engasgava com o susto, e tentava mastigar rapidamente, com a mão na frente da boca

- Você quer me matar engasgada? Não se chega assim perto de ninguém, muito menos uma que esteja comendo _digo e ele me entrega uma taça de champanhe.

- Não, para mim chega, ou vou fazer alguma burrada _ ele colocou na mesa, e segundos um garçom surgiu sumindo com ela

- Vou lhe apresentar aos acionistas, mas só depois que terminar de comer, sei que só está começando, aonde vai tudo isso? _ disse rindo da minha cara, me irritou, de novo

- Como consegue ser assim? Nóxio! _disse e o vi revirar os olhos, e alcançar um copo de whisky na bandeja de um garçom que passava por nós

- Não sou nocivo, e não estou falando nenhuma mentira, você come como uma criança _ disse, e seu tom era de deboche, ele debochou de mim, minha deusa quer tirar os saltos e dar na cara. Espera, ele sabe o que é nócio. Constatei.

- Escuta...

- Boa noite, deve ser a senhorita Jane, estava muito ansioso para conhecê-la, já está famosa _ um senhor surge do além, como uma assombração e interrompe no meu do momento em que minha boca grande iria despejar obscenidades a Oliver

- Famosa, é, me conte como senhor... _ segurei na mão do senhor, gorducho de cabeça branca, e smoking preto e gravata borboleta,

- Sou Francisco, sabe, Oliver tem dito maravilhas a teu respeito _ me faltou o ar, minha cara só não está branca como papel, pelas camadas de maquiagem, como assim?

- Faço apenas o meu trabalho _digo com dificuldade, e Oliver parece se divertir

- Bom, vou deixar a senhorita aproveitar a festa, experimente o Canapé de abóbora, está maravilhoso _ assenti sorrindo, mas segurei muito para não fazer careta, é doido cara, abóbora não. Ele se afastou, então regressei os olhos para Oliver que estava sorrindo, o que acha tão engraçado?

- Se fecha borboleta, não sei do que tanto ri, é bobo por acaso? _ ele automaticamente fechou cara e me encarou, levemente irritado

- O que dizia sobre me apresentar aos acionistas? _minha deusa está de salto esta noite, e está louca para agitar

- Tem um grupo de advogados, ali naquela mesa, vamos, vou lhe apresentar _ele indicou uma mesa no centro do salão, e caminhávamos até ela.

- Que merda! _tapei minha boca imediatamente ao ver Rodrigo, é muito azar, logo ele estar aqui

- O que foi isso? _Oliver questiona sem entender, pois travei no momento em que o vi, e segurei em seu braço, o colocando bem na minha frente

- Nada, não _disse e ele me encarou por alguns segundos, totalmente perdido, pois eu estava com certeza com cara de desesperada

- Então, o que foi? O que está acontecendo? Maluca! _minha deusa se escondeu, não me ajudaria em nada nesse momento

- Cala a boca, não é nada _me fingi de forte, me endireitei no salto, e o induzi a andar, segurava em seu braço a todo momento

- Boa noite, gostaria que conhecessem formalmente a senhorita Jane, nossa secretaria executiva _ disse e uma mistura de "olá, boa noite, prazer" foi dito por pelo menos seis homens

- Esses são, José, Ricardo, Rodrigo, Miguel, Mathias e Nathan, nossos advogados e estagiários _ o José senhor apresentou todos da mesa, incluindo a si memo. Sorri e assenti para cada um que ele me apresentava, a cada nome dito, e quando disse Rodrigo, ele estava pálido, parecia mais que viu um fantasma, talvez pense que sou mesmo.

- Boa noite, e muito prazer conhecer vocês

_ dei meu melhor sorriso e me retirei com a vontade de chorar entalada, parece que voltei para o dia que acordei no hospital, totalmente sozinha, quando percebi que nunca mais os veria e que ficaria nesse mundo sem nenhum deles. Praticamente corri até o banheiro, mal ouvi as palavras que Oliver disse enquanto minhas pernas me levavam para longe daquela mesa;

não queria borrar a maquiagem, mas a crise foi forte, tive que tirar o vestido, pois parecia estar sufocando, meu coração doía, e tudo que via, era meu pai

- Jane, fala comigo, o que houve? _Oliver estava no banheiro feminino? _ para ser mais exata, ele está rente a cabine em que me tranquei, por não sei quanto tempo

- Sai daqui _esbravejei, mas minha voz embargada não teve o efeito que queria

- Não até abrir a porta, e eu ver que está bem _disse e parecia estar encostado na porta da cabine

Abri a porta, muito irritada, e nem me importei por estar de calcinha e sutiã, o misto de emoções em que estou não deixa muito espaço para timidez ou pudor.

Ele tirou rapidamente seu smoking e jogou em meus ombros;

- O que pensa que está fazendo? _ ele me encara sem dizer uma palavra

- Como pode fazer isso comigo? Eu estava num quarto de hospital, deveria ter morrido, eu queria ter morrido, minha família morreu, eu perdi tudo, e você simplesmente me abandonou!

_ eu estava agitando os braços e brigando com ele, ele não precisa ouvir isso, não é para ele que eu queria gritar tudo o que saiu da minha boca

- Me desculpa _ disse e meu corpo perdeu as forças, minhas pernas não me obedeciam, então soltei todo o peso que carrego há tanto tempo

_Mas Oliver não me deixou sentir o chão frio do banheiro, me segurou firme e em segundos não verei mais nada, sinto a escuridão chegando, assim como senti a morte passando por mim há cinco anos

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora