Capítulo 28

143 9 0
                                    

Oliver Zahar

Filho-da-puta, ele voltou para o Rio sem me avisar, ele sabe que deveria ficar longe da empresa, mas não, ele tinha que aparecer e apavorar Jane, seus olhos estavam cheios de medo.

Pego meu celular para ligar para o chefe da segurança, tenho que tirar ele daqui.

- Bruno, Otto está proibido de entrar na empresa, e está aqui, encontre-o e jogue porta fora! E quero as filmagens dos últimos vinte minutos do elevador principal. _ ouço um, sim, senhor antes de desligar

Se eu o encontrar, não acabará bem, desgraçado, já disse para ficar longe daqui, longe dela.

Vou até minha sala e em frente ao notebook, assisto e vejo como o idiota aterrorizou ela, seus olhos amedrontados, ela estava acuada, sorte dele não te-la tocado, eu o mataria. O telefone não me faz tirar os olhos da tela.

- Senhor, ele saiu do prédio há alguns minutos. _ informou assim que atendi

- Okay, que não aconteça novamente, e descubra quem o deixou entrar
_ Instruo, me segurando para não ser grosseiro. Quando se trata dela, não consigo me controlar normalmente, ela é muito importante.

- Sim, senhor _ respondeu antes de eu desligar. O que faço agora?


Jane Browm

Hoje me senti tão invadida, e o sentimento de medo que poucas vezes assumiu o controle.

Descalça girava meus pés, na tentativa de relaxar, mas minha mente está com os pensamentos tão altos, que chega a ser inútil.

Otto está maluco, preciso ter cautela, ele não parece ser do tipo que desiste fácil.

A porta da minha sala de repente é aberta, e meu coração que já estava se acalmando, volta a tocar um samba no meu peito.

- Me desculpe, eu te assustei _ Oliver entra em minha sala como de costume, sem bater, e fecha atrás de si, e com o olhar baixo ele se aproxima

- Tudo bem, mas preciso realmente te ensinar a bater na porta!_ que pensei ter trancado quando saiu. Ele fica em pé próximo de mim, e parece estudar meu rosto.

- Estava estudando os documentos da construção, que o engenheiro nos entregou _ bom, tentando e falhando miseravelmente

- Como está? Vim lhe dizer que, o idiota do meu primo saiu do prédio, e investigarei como ele conseguiu entrar _ ele se sentou junto a mim no sofá, e tirou a pasta fechada de minhas mãos.

- Estou bem! Não se preocupe _ quem sabe se repetir isso, talvez vire verdade. Ele encarou meus olhos e passou uma mecha minha de cabelo para trás da orelha.

E seus olhos azuis cavando os meus. Engoli seco, e soltei o ar que reparei que prendia. Sentindo sua mão ainda acariciando meu cabelo, fez com que meu corpo todo se arrepiasse.

- Quer me dizer alguma coisa? _ indaguei com dificuldade, e com minha voz falha. Seus olhos escureceram.

- Preciso tirar isso de mim _ sua voz rouca e baixa, pareceu travar uma batalha interna, ele intercalou seu olha entre minha boca e meus olhos, ele se aproximou mais e fechei os olhos e esperei ansiosa pelo contato.

Sua boca tocou a minha, num encaixe perfeito e suave, numa dança sensual, sua língua atraiu a minha com apenas um toque. Sua mão em minha nuca, segurava com firmeza e delicadeza em meio aos meus cabelos.

Cada pedacinho do meu corpo aquecido como um vulcão em erupção, e meu centro pulsando e molhando minha calcinha

Um gemido involuntário rasgou minha garganta, e ouvi sair dele um rosnado como de uma fera faminta.

Não quero que termine, nem sei quem sou, qual meu nome, e nem onde estou!

Nossos lábios se separam e ofegantes nos encaramos por um tempo, tentando raciocinar. O que aconteceu aqui?

Seus dedos acariciando a palma da minha mão, e ainda nos encarando.

- Então? _ depois de um tempo, e ter recuperado o fôlego, questionei. E suas lindas sobrancelhas se juntaram.

- Conseguiu tirar de você, seja lá o que for? _ sua expressão mudou rapidamente, crivou os lábios e seus olhos voltaram a escurecer enquanto perfuração os meus

- Não, só... _ não terminou o que queria dizer, mas ficou implícito, se ele sentiu o mesmo que eu, esse beijo foi só a ponta do iceberg.

Batidas na porta atraiu nossa atenção, paramos de nos beijar e tentei ajeitar ainda no sofá, passei as mãos nos meus cabelos, tentando organizar o que penso que deva estar uma bagunça.

- Está linda _ a voz de Oliver me fez desviar da porta e encarar seus olhos que me estudavam, sua boca avermelhada e inchada pelo melhor beijo que já dei em minha vida, creio não estar diferente

- Entre _ disse e desvie os olhos dele, e encarei a porta e Thomas, um acionista chato, entrou com uma caixa-preta

- Mais documentos? _ indaguei já sabendo do que se tratava, documentação de um hotel na Austrália

- Sim. E, olá, Oliver, como vai? _ disse com um enorme sorriso, enquanto entrava. Ele empurrou a porta com o cotovelo, que fechou com um baque.

- Posso deixa aqui? _ indagou já depositando a caixa na minha mesa, junto a pasta que nem tive oportunidade de abrir

- Sim, e assim que estiver a par de tudo, eu te aviso

_ além do trabalho da Zahar, tem a faculdade, e mais esse chato que parece estar adorando me encher de mais trabalho, com esse hotel específico

- Obrigado, e até mais, na reunião geral, e me desculpem por incomodar

_ Oliver se empertigou ao meu lado, enquanto encarava Thomas com suas narinas dilatadas. Ele saiu tão rápido, quanto entrou.

- Oliver, eu preciso trabalhar _ disse me levantando, mas senti sua mão segurar a minha, me virei e ele estava em pé e seus olhos estavam escuros, sua boca avermelhada entreaberta, eu não consigo raciocinar.

Onde está minha deusa quando preciso dela?

- Eu não terminei _ ele me puxou contra si, e me abraçou, segurou entre meus cabelos com uma mão e com a outra espalmada em minhas costas, me pressionando contra ele.

Seu beijo quente, me fez gemer e querer mais, minhas mãos enroscadas em seu pescoço, me mostrando o quanto ele é alto, e seu coração batendo rápido e forte, assim como o meu.

Seu celular, me fez tentar recuar, mas ele apenas me pressionou contra seu corpo e afundou o beijo, senti minhas pernas falharem, mas esse homem me segurou firme.

Afastamos nossos lábios, relutantes em busca de ar, e seu celular voltou a tocar.

- Pode ser importante _ disse, respirando com dificuldade, com minha testa encostada em seu peito, com minha voz falha, ele parecia não ouvir o celular.

Isso o fez a contra gosto alcançar o celular no bolso, olhou a tela, bufando baixinho.

- Preciso ir _ assenti e o assisti caminhar até a porta, ele abriu e olhou para trás antes de atravessar e sair

- O que aconteceu aqui!? Puta merda, como aconteceu isso? _ louca devo estar louca. E ele? Por que me beijou?

- Pirou de vez! Só pode!

- Pirou de vez! Só pode!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Curta e comente, até o próximo capítulo.

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora