Capítulo 11

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— Como assim a porcaria desse prédio não tem gerador?
_ eu o via apenas pela luz vermelha minúscula de emergência

— Tem, mas está em manutenção, então teremos que esperar_ disse e meu medo substituiu minha raiva

— Não posso ficar aqui!

_alguns minutinhos até que vai, mas já tem tempo demais _ me sentei, hiperventilando aos prantos

_senti ele se aproximando, ele passou o paletó por meus ombros e me abraçou, encostei minha cabeça em seu ombro e ele acarinhou meus cabelos

— Calma, vai passar rápido, estou aqui _ disse com uma mansidão em sua voz, fui acalmando, enquanto ele passeava os dedos em meus cabelos

— Você precisa ser tão babaca comigo? _ senti ele rir

— Precisa ser tão mandona? _ dessa vez eu ri

— Preciso ter controle, é meu jeito de me proteger _ ele respirou fundo, e continuou passeando seus dedos pelos meus cabelos

Oliver Zahar

Ela dormiu, em meus braços, essa garota que me irrita demais, que é linda demais e maluca demais, que diabos está acontecendo comigo?

Nunca pensei tanto em uma garota como penso nela, tenho que parar com isso, Otto gosta dela, mesmo ele sendo um idiota, é da família.

Seu perfume está até nos meus pensamentos, meu celular apitou uma mensagem, era Megan, essa gosta da posição de destaque, eu gosto de foder ela, mas relacionamento está complicado, a louca vem falando em casamento, eu tô fora, muito superficial.

— Desculpa, babei em você _ sua boca estava encostada em meu peito, e jamais tiraria dali, merda, estou pensando besteira

— Mandei mensagem para a manutenção, e disseram que provavelmente volta a energia daqui a uma hora

Ela se arrumou e encostou as costas na parede gelada.

— Você e meu primo, a coisa é séria? _
não pensei nas palavras, mas elas saíram, era tudo o que eu queria saber. E vislumbrei seus olhos como se pensasse no que iria dizer

— Bom, não sei ainda, ele às vezes, parece um pouco instável, como ele foi com outras namoradas?

_ inquiriu, e eu não posso dizer, vai que ele mudou, e se diferir dessa vez. E se com ela for diferente, ela não é nada como as garotas com que ele é acostumado.

— Não sei exatamente _ desviei os olhos dela, não gosto de mentir, mas ele me mataria se soubesse que falei dele

Meu celular tocou, era meu avô

— Oi, vovô, estamos bem_ disse assim que atendi

— A ligação está ruim, como assim estamos_ questionou ao perceber o que falei

— Jane, está comigo, estávamos indo embora

_ olhei para ela que abraçou suas pernas, está quente aqui, por que ela se encolheria?

— Até mais vovô _ desliguei e observei suas lagrimas escorrerem, a pouca luz, ainda me permite perceber a tristeza em sua face
— O que foi? Não fique assim! _toquei sua mão que estava abraçando suas pernas, e estavam geladas e tremendo

— Depois do acidente, nunca mais consegui ficar em local fechado, muito menos tão pequeno quanto esse elevador_ acidente? _apertei sua mão e ela levantou os olhos para mim, e meu coração apertou, tanta dor em um rosto tão lindo

— Estava no carro com minha família, estávamos indo para Arraial do Cabo, um caminhão perdeu o controle e meu pai bateu na lateral e descemos uma ribanceira

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora