Capítulo 16

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Há cinco anos. - Jane Browm.

- Rodrigo, pega minha blusa na escrivaninha, se eu me atrasar dessa vez minha mãe me mata _ ele corre até seu quarto e volta em segundos em mãos minha blusa verde

- Como ela foi parar lá em cima? _ Diz segurando a blusa e me puxando para mais um beijo

- Não podemos nos atrasar, eu prometi _ ele aperta minha bunda e sota após mordiscar meus lábios

- Eu não prometi nada, e sua mãe me ama, ela não vai se importar de um atraso dê o quê? Dez minutos! _ Visto minha blusa e pego minha bolsa

- Vamos Rodrigo, temos que pegar o bolo a Lucy, não podemos atrasar dez minutos _ aniversário de dois anos da minha irmãzinha, meu maior amor no mundo todo

- Eu sei, bobinha _ pegou as chaves do carro e saímos. Passamos na padaria pegar o bolo e logo chegamos em casa. Estava ansiosa para esse dia, ver ela apagar as velhinhas, assim como treinamos.

- Tata _ assim que abri a porta da sala, Lucy me chamou, ela está uma graça em seu vestido de branca de neve, andando com dificuldade, arrastando sua manta rosa

- Oi, meu amor, não está me chamando mais e mãe? _ Disse baixinho assim que a colhi em meus braços, seu perfume gostoso de bebê me deixa de uma maneira inexplicavelmente feliz

- Deve ser porque sou a mãe! _ A voz da minha mãe atrás de mim me faz virar lentamente com um sorriso amarelo

- A mãe, ela é minha também _ ela apertou os olhos e encarou o bolo nas mãos do Rodrigo

- Oi, tudo bem, meu filho? _ Cumprimentou tirando o bolo de sua mão

- Oi, sogrinha, estou ótimo, louco para comer a sua comida _ ela sorriu e se virou para ir para a cozinha

- Faço para você, meu filho, com muito prazer _ disse antes de atravessar a porta

- Ela me ama, a dona Lourdes me ame _ mostrei a língua para ele, e quando percebi, Lucy estava me imitando

- É isso que ensina para ela, não tem vergonha? _ Disse todo se fazendo de indignado, cobri o rosto dela com a mantinha e mostrei o dedo do meio

- Tem sorte de seus pais estarem aqui _ disse e seus olhos tomaram um tom que gosto muito, e a boca linda abriu um sorriso cheio de malícia

- Por quê? _ Indaguei e ele se aproximou e deu um selinho na minha boca, ainda com seu sorriso safado

- Te amo sabia? _ Sabia que era ele, entregar meu coração a ele, é uma escolha que eu nunca vou me arrepender

- Também te amo _ devolvi o selinho, sorrindo

- Te amo _ a voz de Lucy nos meus braços, ainda com a mantinha rosa na cabeça, me fez rir

- Gravador, é, eu te amo muito minha princesinha _ disse tirando a manta e cheirando seu pescocinho, isso a fazia rir, e o som é a coisa mais maravilhosa do mundo

- Vamos fazer cinco iguais a Lucy _ Rodrigo me tira do momento de prazer, como se me arrancasse do céu e jogasse na terra

- Está louco? _ ainda no segundo ano da faculdade, nem sonho com filhos, na verdade, só quero me formar, ser uma advogada de sucesso

- Oi, filha, como vai Rodrigão?_ dou um beijo no meu pai, que sorri e me abraça. Se vira e estende a mão para ele, e eu os deixo lá com suas conversas de homens. E saio atrás da minha mãe, na área dos fundos tem preparada uma mesa com salgados, doces e agora o bolo.

Cantamos parabéns para uma alegre garotinha, mas a vela quem soprou fui eu, já que ela queria pegar de todo jeito, teremos que treinar mais para o ano que vem.

O salgadinho estava ótimo, mas o melhor foi o brigadeiro, que minha mãe mesma fez, ela arrasa, tudo que faz é a melhor.

- Mãe, acho que aquele o Isaac gosta da Lucy, não larga a mão dela, nem a irmãzinha gêmea dele é tão grudenta quanto ele _ disse para minha mãe que estava servindo salgadinhos

- Ele é uma graça, não é mesmo?_ minha mãe disse sorrindo meio sem graça, e olhava sem jeito para o casal sentado ao meu lado, um loiro tatuado bonito e uma loira magrinha

- Ele não para de falar dela, é Lucy para lá, Lucy para cá _ disse sorrindo orgulhosa, então entendi minha mãe, são os pais dos gêmeos

- Lucy não fica atrás, ela gosta da Isa, e do Isaac _ ela sorri toda amorosa encarando os três que estavam com os brinquedos que Lucy ganhou de presente de aniversário

- Eles dão muito trabalho? Dois deve ter sido muito doido! _ Digo e recebo um olhar repreensivo de minha mãe, mas a mãe dos gêmeos ri

- Quando descobri, eu pirei, tive muito medo, e quando nasceu, se não fosse Gael, tinha surtado _ o brilho nos olhos dos dois, é isso que tenho com Rodrigo, teremos uma família, um dia, daqui a alguns anos

- Vocês gostaram do bairro? Não acho muito seguro, mas moramos aqui há muito tempo _ digo baixinho, para não atrair a atenção de ninguém.

- Nenhum lugar é seguro _ Gael afirma nos encarando e volta a olhar para as crianças, sorrio e me levanto indo me servir de mais refrigerante, ele é sério

- Gostou dos novos vizinhos, Helena é ótima, e Gael mesmo novinho assim joga truco com seu pai, é uma família bonita _ os encaro e estão de mãos-dadas, ela está encostada em seu ombro enquanto namoram os filhos que brincam com Lucy

- Minha gata, que acha de mais um pedaço de torta? _ Rodrigo me abraça por trás e beija meu rosto

- Não se importa, né... sogrinha, posso roubar sua filha, uns minutinhos? _ minha mãe sorri e nos dispensa com a mão direita, e ainda abraçados andamos, o acuso com as mãos na cintura

- O que queria que eu dissesse, para a sua mãe? Que quero agarrar a filha dela, que queria entrar nela de novo como entrei nessa manhã! _ se aproxima de mim com a cara de safado, e beija me dá selinhos enquanto me afasto

- Alguém pode entrar, para com isso! _ Digo em tom de aviso, e alguém limpa a garganta atrás dele, alguém não, meu pai

- Sogro, viemos buscar torta, quer também? _ Rodrigo diz se afastando de mim, eu rio, meu pai é um homem-grande e forte, senhor José é amigável, mas parece um urso de tão grande

- Rodrigo, se me prometer que vou ganhar netos, finjo que você não estava agarrando minha filha na minha cozinha

_ Continuo rindo enquanto Rodrigo estava esfregando uma mão na outra, meu pai dá um passo a frente e estende a mão a ele, que exita um pouco, deve ser de medo, mas pega

- Combinado, será pelo menos cinco _ reviro os olhos e bufo alto

- Gostei de ouvir isso! Quero essa casa cheia de netos _ meu pai sai pela porta da cozinha com a boca cheia de dentes. É doido, tenho muito tempo para isso.













SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora