Capítulo 25

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Ele estaciona o carro, mas não desliga. E me encara com um enorme sorriso. Acho que nunca o vi sorrir assim.

— Você confia em mim? _estranhei a pergunta, mas ponderei e assenti

— Então, feche os olhos _ respirei fundo e fechei os olhos. O carro voltou a se movimentar, e alguns segundos parou.

— Posso abrir? _ perguntei assim que senti o carro ser desligado

— Ainda não, calma aí _ ouvi sua porta abrir e se fechar, e senti falta de sua presença. A porta do meu lado foi aberta, senti a corrente de ar. Ele tocou minha mão...—

— Venha comigo, não vale trapacear _ diz em tom de aviso, e eu sorrio com uma tremenda vontade de espiar

Sai do carro segurando sua mão e sentindo sua mão pairar sobre minha cabeça, ouvi a porta fechar e caminhei de olhos fechados. Ouvi portas de correr se abrindo, e senti o ar frio de ar-condicionado e andei por alguns segundos.

— Abra os olhos _ assim que abri, estava em um túnel de vidro e vi muita vida. Estamos no aquário.

— Um passarinho me disse que ainda não conhece esse lugar _ estou maravilhada, é lindo, bem iluminado. Meu coração acelera com a emoção. Passarinho fofoqueiro. 

— Um tubarão!_ disse contente em ver um rei do oceano de tão perto 

— Adoro ver você sorrindo _ voltei os olhos para Oliver, e o que vi fez meu coração errar uma batida. Seus olhos estão com um brilho diferente, me vi presa neles.

— Obrigada! _ disse sem desviar do azul profundo de seus olhos. Ele tem namorada. Minha deusa me lembra de algo que havia esquecido, e eu coço a garganta e olho em volta.

— Estamos sozinhos? _ indaguei, pois percebi que nada ouvia, e nem ninguém, além do som ambiente.

— Sim, reservei o lugar para o hoje, para fazer um tour com você _ disse e fiquei impressionada, minha boca abriu tanto quanto meus olhos

— Você é doido por acaso?
_ ele não pareceu surpreso com minha reação

— Não. E vamos, temos muito para ver _ ele segurou minha mão e andamos por todo lugar, peixes das mais variadas regiões e países.

Após um passeio maravilhoso como o que tivemos, ele me levou para o apartamento dele. Rachel avisou que já está a com Pedro e Arthur nos esperando, o que me deixou mais tranquila.

Um prédio grande e bonito, estacionou no subsolo.

— Pensei que estivesse no hotel _ ele sorriu e entramos no elevador, e ele aperta o último andar.

— Comprei esse apartamento recentemente, gostei do Rio _ assenti e minhas mãos nervosas se entrelaçam, não gosto de elevadores, e temos dezoito andares para cima

— Tudo bem, vai ser rápido e aqui tem geradores funcionando _ sorri ao encontrar seus olhos me analisando.

Ele não mentiu, foi rápido e sem paradas, e tocava perfect de Ed Sheeran, o que me distraiu...

A porta se abriu e saímos no apartamento, estranhei, pois, de cara já vi um lance de escada a sala e Rachel, sentada no enorme sofá preto, Arthur e Pedro no chão com alguns dinossauros de borracha brincando.

Ela estava sorrindo para a cena, a sua frente, e seu sorriso se alargou quando me viu

— Como foi, tia, viu o tubarão? _ Arthur pulou em meu colo

— Vi, sim, e adorei o passeio _ respondi com ele em meu colo, encarando Rachel

— O Pedro o levou lá final de semana _ ela me revelou, e o olhei estranhando

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora