Última semana dos preparativos do nosso casamento, serei Jane Browm Zahar, nunca estive mais ansiosa.
É tanto detalhe que espero não esquecer nada, minha sorte é a organizadora. Que não para de me ligar.
Abrindo meus e-mails, que não tive muito tempo, reparei que os meus exames haviam chego. Preciso marcar uma consulta, com os preparativos para o casamento, acabei esquecendo, já tem dois meses que deveria ter voltado.
Decidi marcar e ir sozinha, não vou aguentar ver a cara de Oliver quando o médico disser ser minha culpa, eu não posso engravidar.
Marquei para o meio da tarde, no mesmo horário que sei que ele tem uma reunião.
Oliver entra em minha sala, como de costume. O lindo não bate.
— Olá, amorzinho. Não viu a porta? _ brinquei, mas não parecia que ele queria brincar
— Jane, amor. Fala uma coisa aqui para mim. O Rodrigo, andou atrás de você? _ abri minha boca, eu poderia contestar, mas seria mentira. Eu jamais mentiria para ele.
— Ele tentou, sim, mas não me interessei no que ele tinha a dizer. E eu o ignorei._ Disse, mas sei que não é o suficiente, não para Oliver. Que andava de um lado para o outro.
— Sabe que eu me interessaria, e muito. Não faça isso, não me exclua de nada da sua vida. _ ele esfregou as mãos no rosto enquanto dizia, sempre faz isso quando se sente frustrado. E ficou vermelho.
Estancou os pés no chão e me encarou com a imensidão azul.
— Acabei de me segurar para não ir preso, não quero faltar em nosso casamento.
_ me levantei e abracei sua cintura, colei meu rosto em seu peito e ouvi seu coração acelerado.— Amo o samba no seu peito! _ ele deu um tapa em minha bunda e eu ri.
— Prefiro quando estou gozando em você. _ adoro quando ele fala assim.
— Tenho duas reuniões hoje, você vai me esperar para ir para casa? _ pergunta beijando e mordiscando meu pescoço
— Vou mais cedo, e passar no açougue. B1 está comigo hoje. _ Gustavo, o cara é um armário, é bem simpático
— Tudo bem, até mais tarde. _ nos beijamos e mais uns amassos e nos despedimos.
Assim que deu horário, fui a consulta. Pedi descrição para Gustavo, que revelou ser de confiança.
— Está tudo bem com seus exames, não há problema algum, pelo menos com você, para engravidar. Podemos começar a analisar a tabela de ovulação, para ver o melhor período para o coito.
_ ele falou e falou, e eu só pensei. Se o problema não sou eu. Não, como ele ficará?
— Não estamos planejando nenhum bebê, por enquanto. Era só uma dúvida, mas obrigada. _ me despedi do médico, e sai do consultório
— Tudo bem? _ B1, o Gustavo, me perguntou assim que me encontrou na recepção. Com certeza minha cara não é das melhores.
— Estou, só vamos para casa. _ chegamos em casa, me joguei na banheira, com uma taça de vinho e uma garrafa ao lado.
...
Oliver Zahar
Gustavo me avisou estarem em casa, que ela o pediu para a trazer e que parecia que não estava bem.
Por que ela não me ligou? É a pergunta que me faço desde a mensagem, que ele me enviou, após minha tentativa de ligar no celular de ambos.
Assim que entrei em nosso quarto, vi a garrafa de vinho, caída ao lado da cama, com uma taça com menos da metade.
Ela está apenas enrolada com uma toalha, e seus cabelos estão molhados e cobrem seu rosto.
Me sentei ao seu lado, e tirei os fios de cabelo de seu rosto. Ele se mexeu um pouco, mas não acordou.
Minha princesa, meu primeiro e último pensamento do dia, e é o rosto que quero ver todos os dias da minha vida.
Oi, Faz tempo que chegou? _ sua voz de fala lenta, denuncia como o álcool a afetou
— Não, cheguei agora, só estava vendo a mulher mais linda do mundo, dormir.
_ Voltei a passar a ponta dos meus dedos em seus cabelos, ela fechou os olhos, absorvendo minha carícia— Onde está essa mulher? Terei que surrar ela. Meu cara está de olho nela! _ disse com sua voz arrastada, agora tirando a toalha de seu corpo
— Não posso lhe ajudar, eu durmo com ela todo dia, e se você a machucar? Como gozo nela, toda vez que eu quiser? _ ela abriu os olhos e me encarou, sorrindo. Eu a cobri com o lençol e ela se aninhou no travesseiro.
— Você é um bobo. E eu te amo. _ sua voz foi sumindo, e ela sussurrou o eu te amo.
A deixei descansando, e fui até Gustavo. Ele estava com ela, o dia todo, será que alguma coisa ou alguém fez algo a ela?
— Gustavo. Você viu se alguém se aproximou dela, antes dela querer vir para casa? _ ele baixou a cabeça, e não me olhou nos olhos.
— Não, senhor, não que eu saiba. _ disse e não me convenceu. Cocei a garganta.
— Vou refazer a pergunta. Gustavo, o que aconteceu para ela querer vir para casa? Acho que você sabe! _ ele me olhou espantado, e deu um passo para trás
— Senhor, ela me pediu. Não podia. Bom, eu a levei a uma clínica obstétrica, ela não saiu com boas notícias, pelo que percebi. _ assenti. Ela foi sozinha, não queira que fosse assim, eu devia estar lá para ela.
— Não diga a ela que me contou. Para todos os efeitos, eu não sei. _ foi a vez dele assentir.
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SOS JANE BROWM
RomanceJane Brown, uma camareira dedicada em um prestigiado hotel cinco estrelas, encontra seu mundo tranquilo e rotineiro virar de cabeça para baixo quando um evento inesperado coloca sua vida em trajetória de colisão com o destino. Enquanto descansa em s...