Capítulo 46

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Oliver Zahar.

Ela me evitou o dia todo, nem na reunião geral ela apareceu. Compreendo, mas não me sinto confortável em pensar nisso.

— Concorda comigo, CEO Oliver Zahar? _ Francisco, nosso mais antigo acionista, chama minha atenção, mas nesse exato momento, não tenho cabeça para está conversa em particular.

— Olha, podemos continuar essa conversa depois? Preciso resolver uma coisa.

_ Ele assente, não muito feliz. Mas mesmo assim, se levanta e me deixa só em minha sala.

Peguei meu celular e escrevi uma mensagem para ela.

— Você está bem? Não precisa se esconder em sua sala. Posso ir até aí?

Enviei, e não tirei os olhos da tela, ela me preocupa, se faz de forte, mas sei como está frágil.

Ela respondeu em seguida, prendi a respiração ao ler.

— Estou em casa, tive uma dor de cabeça. Nos vemos amanhã. Beijo.

Um vazio estranho atravessou meu peito, nunca em minha vida pensei que me sentiria assim. Ainda mais por uma garota.

Senti como se não tivesse serventia, sendo descartado as traças. Meio doentio pensar assim.

Gosto realmente dela e isso doeu, mais do que pensei que deveria.

Jane Browm

Uma droga de uma crise, é isso que me faltava, mesmo com as medicações e a terapia. Sinto meu corpo todo dolorido, me sentindo como se estivesse com uma gripe forte.

Não posso envolver Oliver, em mais um dos meus problemas, não quero ser um peso. Gosto dele, gosto de como sou com ele. Me equivoquei quando pensei que fosse apenas um riquinho mimado.

Ele tem sido muito importante, não vou sobrecarregá-lo, ele tem sido muito atencioso.

Tenho medo que ele se sinta responsável por mim, eu não posso admitir que ele assuma um papel que não é dele.

A culpa pode ser uma arma poderosa, e o primo morrer, por mim, não ajuda.

Enquanto transávamos como coelhos, o primo sofria e planejava me matar e a si próprio no processo.

Batidas na porta chamam minha atenção.

— Vou esganar aquele porteiro! _ me levanto e vou direto para a porta. Pelo olho mágico vejo Rachel. Olho no relógio, e vejo que ainda está em horário de trabalho.

— Não acredito que matou hora de trabalho, para vir me passar um sermão.

_ Digo assim que abro a porta. E sou abraçada, sinto meu coração acalentado. Choro, tudo o que segurei esses dias.

— Que merda pensa que está fazendo? _ diz me apertando mais forte, e isso pareceu juntar meus pedaços.

— Não estou fazendo nada. _ fungando em seu ombro, tento firmar minha voz, mas sai chorosa

— Vi ele. Imagino o que deve estar passando! _ diz e meu choro toma uma proporção maior. Minha respiração fraca, não me ajuda.

Ver ele, me faz revisitar todas as lembranças do acidente, com cada emoção e sentimentos que gostaria de nunca mais sentir.

Compartimentei tudo, e não me afetava mais, ou pensei que não.

Tudo estava enterrado tão fundo, e repelir pessoas da minha vida, só ajudou a concretar as paredes dessa avalanche que caiu sobre mim.

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora