Capítulo 1

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DEDICATÓRIA

A todas as almas feridas, que deixaram seus sonhos de lado, por um evento ou apenas para viver um dia após o outro.

Basta um dia para mudar tudo, basta ficar atenta aos sinais.

ATENÇÃO

GATILHOS: Consumo de bebida alcoólica, agressão física e psicológica, drogas licitas e ilícitas, abuso sexual e doméstico, transtornos como um tipo de transtorno de ansiedade que pode se desenvolver em pessoas que vivenciaram um evento traumático.

espero que se deliciem com essa história e se apaixonem pelos personagens assim como eu.

Nessa história abordo temas polêmicos e sensíveis, recomendado para maiores de (18) dezoito anos.

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Jane Brown

- Anda, ainda temos mais um andar antes do almoço. Está de novo no mundo da lua, né?

Rachel, a morena de olhos castanhos, é minha melhor amiga.

Ela me encara com um olhar de entendimento, sabe que quando me distraio, é porque estou pensando no meu passado.

Moro e trabalho com Rachel. Cursamos o ensino médio juntas. Bom, ela não terminou na época, pois engravidou no último ano. Meu príncipe, Arthur, tem 7 anos agora. Ela foi expulsa de casa pelo padrasto assim que anunciou a gravidez. Trabalhou feito louca desde então e ainda me acolheu, me deu um teto. Trabalho duro para ajudá-la a pagar as contas e cuidar do nosso tesouro.

Trabalho no hotel Villa Real há quase um ano.

- Pode descer, termino aqui. Estou bem - sorrio meio sem jeito, não quero voltar ao assunto.

Ela me olha desconfiada.

- Tudo bem, então vou levar o carrinho.

Assinto, e ela segue para o elevador de serviço. Eu fico com o monstro, o aspirador gigante. Ainda bem que ele tem rodas; se precisasse carregá-lo, meus braços não aguentariam.

Termino e desligo o bicho, que é bem silencioso pelo tamanho. Empurro-o pelo longo corredor em direção ao elevador de serviço.

Distraída, me viro rápido demais e me choco com um hóspede.

- Desculpe, senhorita, se machucou? - fui ao chão pelo encontrão com um senhor todo pomposo, de terno e gravata. Ele estende a mão para me ajudar, mas me levanto sem ajuda.

- Não foi nada, estou bem. E o senhor, está bem? - pergunto, observando o senhor de idade avançada, com cabelos e barba branquinha e o rosto marcado pelo tempo.

- Tudo bem, senhorita. Sou forte para um velhote. Sou Omar Zahar - ele estende a mão, sorrindo. Ele me faz lembrar meu avô, que, quando criança, me empurrava no balanço de pneu que havia no quintal de sua casa.

- Sou Jane Brown, e não quis dizer... - seguro na mão delicada do senhorzinho e retribuo o sorriso. Ele acena com a outra mão para que eu pare de falar.

- Prazer em conhecê-la, senhorita Jane - ele balança nossas mãos.

- O prazer é meu - sorrio sinceramente.

- A senhorita é muito simpática, tem um belo sorriso - ele comenta, simpático, com seus cabelos grisalhos.

- Vou almoçar no restaurante do hotel. Recomenda alguma coisa?

- Recomendo o macarrão à bolonhesa. Sou apaixonada por culinária italiana e, cá entre nós, o cozinheiro daqui é maravilhoso.

- Vou experimentar, obrigado - me sinto à vontade com o jeito calmo e carinhoso dele.

SOS JANE BROWMOnde histórias criam vida. Descubra agora