35|O REFÚGIO DAS POBRES ALMAS

107 13 6
                                    

—|CORTE NOTURNA, VELARIS|—

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

—|CORTE NOTURNA, VELARIS|—

•••

—|Ela estava sendo seguida.

A manhã inteira, olhares seguiram-na por todo Olho de Corvo como malditas aves fofoqueiras, e Kizzy estava a ponto de cuspir fogo tamanha era a irritação que sentia.

Após o horário do almoço, Kizzy realmente pensou que explodiria caso não colocasse toda a sua energia para fora do corpo — da mente. Então, mirou na única pessoa que podia entender a sua situação, pelo menos minimamente, já que havia passado por algo parecido.

— Vamos — Kizzy pegou duas espadas; de dois soldados que passavam —, lute comigo.

Seu irmão — adquirindo uma vestimenta mais típica de pirata — estava comendo uma maçã encostado na pilastra no centro do convés, conversando com Zayn, o feiticeiro amaldiçoado.

Ele sorriu, como se estivesse esperando exatamente por isso a séculos. Kizzy arremessou a espada e Rhys não teve dificuldade em agarrar pelo cabo. Ele manejou a espada, desferindo alguns golpes; testando o equilíbrio, o metal e a confiabilidade; Kizzy poderia jurar que algumas fêmeas suspiraram.

— Achei que nunca mais iria pedir. — Ele se aproximou, mais sério ao ver como Kie precisava daquela descarga. — Como quer começar, querida? Sem o uso de magia — ele ponderou —, ou será que vale tudo?

Pelo canto do olho, Kizzy viu uma pequena multidão desocupada reunir-se a certa distância. Avistou Mão-Boba entre eles, de braços cruzados e olhar atento. Suas mangas do antebraço estavam manchadas de sangue; era ele quem cuidava dos ferimentos de Franke.

Kizzy desviou o olhar — não queria pensar no quanto Franke estava machucado, e o quanto era culpada de tudo aquilo.

— Lutaremos com espadas, Rhysand — declarou ela, sabendo que, se valesse magia, não conseguia se controlar.

E isso era justamente o oposto do propósito daquela luta.

Rhysand sorriu de lado, ajeitando a postura.

— Prometo pegar leve, Hae.

Arrogante, a Capitã revirou os olhos.

Então, eles começaram. Kizzy deu os primeiros golpes, e Rhys apenas se defendia, deixando-a extravasar a raiva e frustração que sentia.

As últimas semanas não haviam sido fáceis para a Capitã Kizzy Grimes.

Fazia duas semanas desde o casamento de Dyana e Franke e, sinceramente, tudo desmoronara pouco a pouco. Mas nada como o que ocorrera três dias atrás.

Once, in ParadiseOnde histórias criam vida. Descubra agora